16 de maio de 2022

Petrópolis recebe festival de espiritualidade e autoconhecimento

A cidade imperial vai sediar de 19 a 22 de maio um dos maiores eventos de espiritualidade e autoconhecimento do Brasil com atividades gratuitas e pagas de yoga, meditação e outras práticas da tradição védica. O I Festival de Vedanta e Autoconhecimento: um mergulho cultural em diferentes aspectos da Índia e sua filosofia espiritual vai ser realizado no Parque Municipal Paulo Rattes, em Itaipava, e é uma iniciativa do Instituto VishvaVidya, instituição que há oito anos leva o nome de Petrópolis para o mundo através do estudo de Vedanta, em parceria com o Consulado Geral da Índia, com o apoio da Prefeitura de Petrópolis por meio da Turispetro.


Na programação, na grande maioria aberta ao público, além das práticas de yoga e meditação, o visitante vai poder conferir apresentações indianas e indígenas, palestras, aulas de mantras e cursos sobre os conhecimentos da tradição védica, que beneficiam milhões de pessoas ao redor do mundo com uma vida mais leve e equilibrada. O festival é uma oportunidade para conhecer as diversas vertentes de filosofia, música, dança e artes da cultura indiana, que tem como propósito orientar o ser humano em seu processo de evolução e autoconhecimento.



A cultura indiana é baseada nos Vedas, por isso também é conhecida como tradição védica. Os Vedas são um livro de conhecimento milenar espiritual, sem cunho religioso. É deles que surgiram inúmeros conhecimentos que hoje são populares no mundo como astrologia, yoga, ayurveda, entre outros. “Vedanta é o nome do conhecimento mais profundo dos Vedas que fala sobre a emancipação do ser humano, sobre a jornada de vida de uma pessoa em busca da felicidade. Traz ferramentas para uma transformação pessoal, o que está disponível para todos que têm a mente aberta para essa busca espiritual”, conta o professor Jonas Masetti, um dos embaixadores da Tradição Védica na América do Sul e fundador do Instituto VishvaVidya. 

A expectativa é que o festival receba oito mil pessoas nos quatro dias de evento. Além do espaço amplo e com uma localização central em Itaipava, o Parque Municipal também foi escolhido pela sua área verde, ideal para a realização das práticas. Uma tenda principal vai abrigar palestras, aulas e práticas com professores de várias partes do mundo como Índia e Portugal. Outras tendas menores também vão contar com programações paralelas e com culinária vegetariana indiana e brasileira, de forma que os visitantes possam passar o dia todo no evento.


Além disso, o festival também tem o propósito de destacar a diversidade de conhecimentos, práticas e tradições dos povos originários de matrizes africana, brasileira, americana e da Índia. Vão ser apresentações e uma celebração da cultura ancestral de diversas civilizações. “A Mãe Índia estende sua mão à cultura ancestral indígena brasileira e também de outros povos, ajudando a expor seus valores e sua contribuição para a humanidade”, completou o professor Jonas.


Serviço:


I Festival de Vedanta e Autoconhecimento

Dias:19 a 22 de maio– 7h às 18h

Local: Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes (Estrada União e Indústria, 10.000 – Itaipava)

Entrada Franca. Algumas atividades são pagas.

11 de agosto de 2025
Um grupo de palhaços parte em busca do famoso “mar de lágrimas”. Entre a sofrência e o melodrama, os artistas abraçam os seus desgostos, sabendo que dentro de todo choro há espaço para uma gota de alegria. A dramaturgia transita por números de palhaçaria, declamações poéticas e performances musicais, buscando transformar o sofrimento em riso e reflexão. A experiência proporciona um olhar bem humorado sobre as dores da vida, reforçando a máxima brasileira de que é preciso “rir da nossa própria desgraça”. A figura do palhaço conduz o público por um percurso de reconhecimento dos desgostos que nos formam. A trilha sonora navega por um repertório que vai da sofrência sertaneja ao samba-canção, passando por clássicos da música popular brasileira. O espetáculo traz ao palco canções e referências de artistas como Beth Carvalho, Cartola, Cauby Peixoto, Chico Buarque, Leandro e Leonardo, o grupo Exaltasamba e outros. Além das músicas, a dramaturgia se inspira em textualidades que tratam do desgosto como matéria, com versos que vão de clássicos de Drummond a prosa poética contemporânea de Angélica Liddell. O Teatro Gláucio Gill, equipamento do estado administrado pela FUNARJ e sob direção de Rafael Raposo, inaugura um novo e vibrante espaço cultural: o Cabaret do Gláucio. O Cabaré do Gláucio é um projeto artístico permanente que acontece no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana, e tem a idealização do diretor Rafael Raposo. A cada mês, o espaço se transforma para receber uma nova criação cênica, proporcionando ao público uma experiência inédita, viva e pulsante. Sob a curadoria e supervisão artística de Christina Streva, cada edição propõe uma atmosfera própria, com diferentes linguagens e formatos, reunindo artistas de diversas áreas como teatro, música, dança e performance. O Cabaré é um lugar de encontros e desencontros performáticos, onde o inesperado e o provocativo são parte essencial da experiência. Mais do que um espetáculo, o Cabaré do Gláucio é um convite para o público vivenciar noites imprevisíveis, carregadas de humor, desejo, crítica e poesia. Um espaço onde a arte se reinventa constantemente e reafirma o Teatro Gláucio Gill como um polo de criação e liberdade artística no coração da cidade “AGOSTO – O Cabaré do Desgosto” convida o público a fazer as pazes com as lágrimas e brindar a beleza que existe na tristeza.  SERVIÇO: Espetáculo: AGOSTO – O Cabaré do Desgosto • Datas: 08, 09, 15, 16, 22, 23, 29 e 30 de agosto de 2025 • Horário: 22h • Local: Teatro Gláucio Gill – Praça Cardeal Arcoverde, Copacabana – Rio de Janeiro • Ingressos: À venda na bilheteria do teatro e na plataforma da FUNARJ • Classificação indicativa: 18 anos • Duração: 60 minutos
11 de agosto de 2025
Com apresentações nos dias 12, 19 e 26 de agosto, sempre às 20h, no Teatro Cândido Mendes (Ipanema), o solo de dança contemporânea “Grito Mudo” marca o retorno da artista Marcella Dale aos palcos cariocas com um trabalho profundamente pessoal, poético e sensível. A montagem é realizada pela SpaçoSala Produções, com ingressos a R$50 (inteira) e R$25 (meia). Fruto de um processo íntimo e visceral, o espetáculo parte do silêncio como território de criação e resistência. “Grito Mudo” é um rito de libertação de um corpo que decide, enfim, não calar mais. A obra nasceu a partir de um longo percurso interno, uma gestação silenciosa de dores que, por muito tempo, não tiveram nome nem lugar. “É o percurso do não-dito à expressão, da opressão à presença. Um corpo que resiste, mesmo em silêncio, permanece sem pertencer e, na solidão, descobre formas de se reintegrar. Agora ele pode ser visto; o grito, ouvido”, afirma Marcella. Na construção cênica, a contribuição do diretor de movimento Toni Rodrigues — que, com sua experiência e sensibilidade, impulsiona o trabalho a um território onde o corpo, no espaço/tempo, se arrisca na quebra de padrões ancestrais — entrelaça-se à direção musical de Vinícius Mousinho e ao desenho de luz de Francisco Hashiguchi. A dança emerge como linguagem primitiva e pulsante, não para ilustrar narrativas, mas para revelar estados. A fisicalidade proposta revela um corpo marcado por tensões, memórias e silenciamentos. O figurino e o cenário integram a dramaturgia de forma simbólica: uma cadeira de madeira assume o papel de uma presença silenciosa, estrutura rígida que sustenta, aprisiona e desafia, marcando o corpo e o espaço como vestígio e testemunha. “Grito Mudo” é também o início de um novo ciclo na trajetória da artista, que assina concepção, dramaturgia e interpretação do espetáculo. Após anos de pesquisas, travessias internas e escritas poéticas de sobrevivência, Marcella assume a cena com autonomia, dando forma cênica a experiências que por muito tempo permaneceram caladas. “Esse trabalho marca um recomeço. É a primeira vez que trago à cena uma vivência tão pessoal, com tamanha escuta e coragem”, destaca. Inspirada por referências como o poema “A infanticida Marie Farrar”, de Bertolt Brecht, e atravessada por sua própria escrita diarística, Marcella constrói uma partitura de movimento que recusa o virtuosismo para alcançar o essencial: a expressão vital de um corpo que encontra no movimento sua única chance de liberdade, o grito sutil de um corpo que transforma dor em presença. Serviço “Grito Mudo” - Solo de dança contemporânea com Marcella Dale Datas: 12, 19 e 26 de agosto (terças-feiras) Horário: 20h Local: Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63, Ipanema – RJ Ingressos: R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia) Venda online Classificação: Livre Duração: 40 minutos