16 de maio de 2022

Milton Nascimento anuncia que vai se aposentar esse ano

Cantor revelou que fará turnê apenas até o final de 2022, quando completa 80 anos de idade 

Milton Nascimento anunciou na noite deste sábado (14/5), durante participação no programa Altas Horas, que se despede dos palcos em 2022. Nas redes sociais o cantor compartilhou um vídeo emocionante sobre sua relação com a música.

 

O músico revelou no programa de Serginho Groisman o porquê da decisão de parar de fazer shows, mas garantiu que não abandonará a música.

 

"Solto a voz na estrada desde os 13 anos. Minha música me levou aos quatro cantos do mundo em seis décadas. Me tornei cidadão do mundo sem deixar de ser brasileiro. Este ano completo 80 anos e essa turnê marcará minha despedida dos palcos. Da música jamais", disse ele no Altas Horas.

 

No canal do Youtube do cantor, em um vídeo narrado por ele mesmo, Milton fala sobre sua trajetória na música.

 

"Eu me considero o mais 'mineiro' de todos os cariocas", afirma o músico ao relembrar que foi em terras mineiras onde começou sua carreira. "Foi em Minas onde tive o maior encontro da minha vida: o encontro com a música", diz o compositor no início do vídeo. 

 

Milton recorda também dos "gigantes" da música nacional com quem "cruzou o caminho", citando Tom Jobim, Elis Regina, Agostinho dos Santos, Quincy Jones e Eumir Deodato. "[Eles]me ajudaram a levar minha música para o mundo", afirma.

Ele fala também sobre as amizades que todos os anos de estrada lhe proporcionou. "Eu costumo dizer que sem as amizades minha vida jamais teria sido o que é. E nem a minha carreira", declarou Milton.

 

O artista lembrou os 42 álbuns lançados, entre eles nove indicações ao Grammy — desses, cinco ele levou para casa. As parcerias internacionais com Herbie Hancock, Wayne Shorter, Mercedes Sosa, Pat Metheny, James Taylor, Cat Stevens, Bjork, Duran Duran e Paul Simon também foram recordadas. "Me tornei cidadão do mundo sem deixar de ser Brasileiro", se orgulha. 


Agenda

 

A turnê “A Última Sessão de Música" vai ter a primeira parada no Rio de Janeiro, no dia 11 de junho. Já o encerramento, que vai marcar a despedida de Milton dos palcos, será no Mineirão, em Belo Horizonte, em 13 de novembro.

 

Confira as datas:

 

  • 11 jun - Cidade das Artes Rio De Janeiro, Brasil 
  • 15 jun - Torino Jazz Festival 2022 Torino, Itália 
  • 21 jun - Union Chapel London, Reino Unido
  • 23 jun - Coliseu dos Recreios Lisboa, Portugal 
  • 26 jun - Cine-Teatro Avenida Castelo Branco, Portugal 
  • 29 jun -Casa da Música Porto, Portugal 
  • 02 jul - Theatro Circo Braga, Portugal 
  • 10 jul - Teatro La Fenice Venice, Itália
  • 06 ago - Jeunesse Arena Rio De Janeiro, Brasil 
  • 07 ago - Jeunesse Arena Rio De Janeiro, Brasil 
  • 26 ago - Espaço Unimed São Paulo, Brasil 
  • 27 ago - Espaço Unimed São Paulo, Brasil 
  • 30 set - The Parker Ft Lauderdale, Estados Unidos
  • 06 out - Town Hall New York, Estados Unidos
  • 09 out - Berklee Boston, Estados Unidos
  • 16 out - The UC Theatre Berkeley, Estados Unidos
  • 13 nov - Mineirão, Belo Horizonte
11 de agosto de 2025
Um grupo de palhaços parte em busca do famoso “mar de lágrimas”. Entre a sofrência e o melodrama, os artistas abraçam os seus desgostos, sabendo que dentro de todo choro há espaço para uma gota de alegria. A dramaturgia transita por números de palhaçaria, declamações poéticas e performances musicais, buscando transformar o sofrimento em riso e reflexão. A experiência proporciona um olhar bem humorado sobre as dores da vida, reforçando a máxima brasileira de que é preciso “rir da nossa própria desgraça”. A figura do palhaço conduz o público por um percurso de reconhecimento dos desgostos que nos formam. A trilha sonora navega por um repertório que vai da sofrência sertaneja ao samba-canção, passando por clássicos da música popular brasileira. O espetáculo traz ao palco canções e referências de artistas como Beth Carvalho, Cartola, Cauby Peixoto, Chico Buarque, Leandro e Leonardo, o grupo Exaltasamba e outros. Além das músicas, a dramaturgia se inspira em textualidades que tratam do desgosto como matéria, com versos que vão de clássicos de Drummond a prosa poética contemporânea de Angélica Liddell. O Teatro Gláucio Gill, equipamento do estado administrado pela FUNARJ e sob direção de Rafael Raposo, inaugura um novo e vibrante espaço cultural: o Cabaret do Gláucio. O Cabaré do Gláucio é um projeto artístico permanente que acontece no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana, e tem a idealização do diretor Rafael Raposo. A cada mês, o espaço se transforma para receber uma nova criação cênica, proporcionando ao público uma experiência inédita, viva e pulsante. Sob a curadoria e supervisão artística de Christina Streva, cada edição propõe uma atmosfera própria, com diferentes linguagens e formatos, reunindo artistas de diversas áreas como teatro, música, dança e performance. O Cabaré é um lugar de encontros e desencontros performáticos, onde o inesperado e o provocativo são parte essencial da experiência. Mais do que um espetáculo, o Cabaré do Gláucio é um convite para o público vivenciar noites imprevisíveis, carregadas de humor, desejo, crítica e poesia. Um espaço onde a arte se reinventa constantemente e reafirma o Teatro Gláucio Gill como um polo de criação e liberdade artística no coração da cidade “AGOSTO – O Cabaré do Desgosto” convida o público a fazer as pazes com as lágrimas e brindar a beleza que existe na tristeza.  SERVIÇO: Espetáculo: AGOSTO – O Cabaré do Desgosto • Datas: 08, 09, 15, 16, 22, 23, 29 e 30 de agosto de 2025 • Horário: 22h • Local: Teatro Gláucio Gill – Praça Cardeal Arcoverde, Copacabana – Rio de Janeiro • Ingressos: À venda na bilheteria do teatro e na plataforma da FUNARJ • Classificação indicativa: 18 anos • Duração: 60 minutos
11 de agosto de 2025
Com apresentações nos dias 12, 19 e 26 de agosto, sempre às 20h, no Teatro Cândido Mendes (Ipanema), o solo de dança contemporânea “Grito Mudo” marca o retorno da artista Marcella Dale aos palcos cariocas com um trabalho profundamente pessoal, poético e sensível. A montagem é realizada pela SpaçoSala Produções, com ingressos a R$50 (inteira) e R$25 (meia). Fruto de um processo íntimo e visceral, o espetáculo parte do silêncio como território de criação e resistência. “Grito Mudo” é um rito de libertação de um corpo que decide, enfim, não calar mais. A obra nasceu a partir de um longo percurso interno, uma gestação silenciosa de dores que, por muito tempo, não tiveram nome nem lugar. “É o percurso do não-dito à expressão, da opressão à presença. Um corpo que resiste, mesmo em silêncio, permanece sem pertencer e, na solidão, descobre formas de se reintegrar. Agora ele pode ser visto; o grito, ouvido”, afirma Marcella. Na construção cênica, a contribuição do diretor de movimento Toni Rodrigues — que, com sua experiência e sensibilidade, impulsiona o trabalho a um território onde o corpo, no espaço/tempo, se arrisca na quebra de padrões ancestrais — entrelaça-se à direção musical de Vinícius Mousinho e ao desenho de luz de Francisco Hashiguchi. A dança emerge como linguagem primitiva e pulsante, não para ilustrar narrativas, mas para revelar estados. A fisicalidade proposta revela um corpo marcado por tensões, memórias e silenciamentos. O figurino e o cenário integram a dramaturgia de forma simbólica: uma cadeira de madeira assume o papel de uma presença silenciosa, estrutura rígida que sustenta, aprisiona e desafia, marcando o corpo e o espaço como vestígio e testemunha. “Grito Mudo” é também o início de um novo ciclo na trajetória da artista, que assina concepção, dramaturgia e interpretação do espetáculo. Após anos de pesquisas, travessias internas e escritas poéticas de sobrevivência, Marcella assume a cena com autonomia, dando forma cênica a experiências que por muito tempo permaneceram caladas. “Esse trabalho marca um recomeço. É a primeira vez que trago à cena uma vivência tão pessoal, com tamanha escuta e coragem”, destaca. Inspirada por referências como o poema “A infanticida Marie Farrar”, de Bertolt Brecht, e atravessada por sua própria escrita diarística, Marcella constrói uma partitura de movimento que recusa o virtuosismo para alcançar o essencial: a expressão vital de um corpo que encontra no movimento sua única chance de liberdade, o grito sutil de um corpo que transforma dor em presença. Serviço “Grito Mudo” - Solo de dança contemporânea com Marcella Dale Datas: 12, 19 e 26 de agosto (terças-feiras) Horário: 20h Local: Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63, Ipanema – RJ Ingressos: R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia) Venda online Classificação: Livre Duração: 40 minutos