29 de março de 2025

Museu Janete Costa em Niterói expõe a arte feita com materiais descartados




No mês em que a cidade de Niterói comemora seus 451 anos, o Museu Janete Costa de Arte Popular inaugura uma exposição que propõe uma reflexão sobre nosso consumo e tudo aquilo que consideramos descartável, desprezível ou não digno de uma segunda chance.

"Matéria Prima", que conta com a curadoria de Jorge Mendes, apresenta 120 obras de 18 artistas que a partir de materiais descartados, caixotes de madeira, garrafas plásticas, papelão, sobras de tecidos, latas e sucata em geral, encontraram uma fonte para desenvolver seus trabalhos. A mostra fica em cartaz até 27 de abri de 2025.

Além das obras apresentadas, foi criado um setor em homenagem a Estamira Gomes de Souza, que viveu duas décadas em um aterro sanitário situado em Jardim Gramacho, Duque de Caxias. A história de Estamira foi contada em um documentário dirigido por Marcos Prado e uma de suas falas serviu de inspiração para o título do enredo campeão da Acadêmicos da Grande Rio: "Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu".

Outros dois "penetráveis" foram construídos com o intuito de gerar visibilidade para as produções realizadas pelos artistas Hernandes José da Silva, que aos 96 anos ainda produz artisticamente e é proprietário da Casa Museu Rancho Verde, localizada no Morro do Bumba, em Niterói, e o artista Renato Pascoal, falecido em 2023. Sua casa, localizada na rua Novo Mundo, no bairro de Botafogo, foi toda decorada com materiais recolhidos por ele nas feiras e ruas da cidade do Rio de Janeiro.



Serviço

Exposição "Matéria Prima"
Curadoria: Jorge Mendes
Visitação: De 28 de novembro a 27 de abril de 2025
Horário: Terça a domingo, de 10 às 17h
Entrada: Gratuita
Classificação: Livre

Local: Museu Janete Costa de Arte Popular
Endereço: R. Pres. Domiciano, 178 - São Domingos, Niterói



23 de dezembro de 2025
Com uma visão diferenciada sobre o próprio território, 20 jovens da Maré, na Zona Norte do Rio, registraram, pelas lentes das câmeras, o cotidiano do Complexo de Favelas em oficinas promovidas pela ONG Luta Pela Paz. O resultado das atividades integra a exposição “Olhares Negros”, que conta com minidoors distribuídos pelas ruas do conjunto de favelas até o dia 24 de dezembro. A iniciativa busca democratizar o acesso à arte. A população pode encontrá-las em ruas como a Principal, São Jorge, Joaquim Nabuco, do Campo, Maçaranduba e Teixeira Ribeiro, onde fica a sede da Luta Pela Paz. Para Samantha Oliveira, uma das artistas da mostra, a exposição contribui para mudar a imagem estigmatizada da favela. “É um lugar onde também existe a exposição de obras artísticas, existe o levante de pessoas a fim de trazer cultura e arte para comunidade e de incentivar a esperança dos jovens do território”. A mostra valoriza as narrativas e as perspectivas da juventude negra por meio da fotografia, promovendo a expressão artística, o reconhecimento de identidades e o resgate da memória coletiva da comunidade e da trajetória da ONG. “Para mim, é extremamente importante participar da exposição com um autorretrato representando outras mulheres negras e trans como eu, e fortalecendo esse vínculo que a ONG Luta Pela Paz tem com as pessoas à margem da sociedade, as quais não têm sequer uma perspectiva de viver da arte, de fazer arte, de ser reconhecida através das suas obras”, comenta Samantha Oliveira, uma das integrantes do projeto. A jovem, de 25 anos, natural do do Maranhão, veio para o Rio por causa da transfobia que vivia e da vontade de ocupar novos espaços. Foi ainda no Nordeste que conheceu a ONG, por meio da televisão. Em sua vida, a fotografia sempre teve um lugar especial e, por isso, decidiu participar do projeto Olhares Negros. As fotografias foram registradas durante as atividades do projeto. Para Gustavo “Gugah”, um dos alunos, o aprendizado transformou a vida da equipe e criou uma família. “Entrei para o projeto Olhares Negros como um Gustavo e estou saindo como outro. Esse processo de três meses mudou todos nós, tanto alunos quanto os professores. Foi muito bonito, rico de conhecimento e histórico. Quando olhamos para trás, temos orgulho de nos ver, nos sentimos emocionados. É muito lindo.” Ao longo de mais de 36h de aulas, os participantes foram estimulados a desenvolver a criatividade e a ampliar visões de futuro.
23 de dezembro de 2025
Três filmes brasileiros avançaram mais uma etapa na seleção para serem indicados ao Oscar 2026: O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, está entre os concorrentes a Melhor Filme Internacional; Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa, foi incluído entre os 15 selecionados para Melhor Documentário de Longa-Metragem; e Amarela, de André Hayato Saito, permanece na categoria de Curta-Metragem em Live Action. Foram divulgadas listas de finalistas em 12 categorias: • Curta-metragem de animação; • Casting; • Cinematografia; • Documentário; • Documentário Curta-Metragem; • Melhor Filme Internacional; • Curta-Metragem Live Action; • Maquiagem e Penteado; • Música (Trilha Sonora Original); • Música (Canção Original); • Som; • Efeitos Visuais. No caso da categoria de Melhor Filme Internacional, em que concorre O Agente Secreto,15 candidatos avançaram para a próxima rodada, selecionados a partir de filmes de 86 países ou regiões elegíveis na categoria. Os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas votarão, no período de 12 a 16 de janeiro de 2026, para determinar os indicados oficiais ao Oscar. Nessa rodada, eles deverão assistir a todos os 15 filmes pré-selecionados. A lista completa dos nomeados para a 98ª edição do Oscar será divulgada em 22 de janeiro. Conheça os 15 candidatos, em ordem alfabética por país:  • Argentina, Belén; • Brasil, O Agente Secreto; • França, Foi apenas um acidente; • Alemanha, Som de Cair; • Índia, Homebound; • Iraque, O Bolo do Presidente; • Japão, Kokuho; • Jordan, Tudo o que resta de você; • Noruega, Valor sentimental; • Palestina, Palestina 36; • Coreia do Sul, Nenhuma outra escolha; • Espanha, Sirât; • Suíça, Turno Tardio; • Taiwan, Menina de Esquerda; • Tunísia, A Voz de Hind Rajab.