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10 de maio de 2022
A Constituição Federal, dentre os direitos fundamentais e suas garantias sociais traz, além de muitos outros, o Direito à Cultura e ao Lazer.  No Brasil, o Direito à Cultura é previsto na Carta Magna como um direito fundamental do cidadão. Segundo ela, cabe ao Poder Público possibilitar efetivamente a todos a fruição dos direitos culturais, mediante a adoção de políticas públicas que promovam o acesso aos bens culturais, a proteção ao patrimônio cultural, o reconhecimento e proteção dos direitos de propriedade intelectual bem como o de livre expressão e criação. O direito à cultura é uma eficácia da garantia social ao lazer, uma vez que impõe como competência da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a proteção aos bens de valor histórico e artístico e a promoção ao meio de acesso à cultura, educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação, não perdendo de vista o esporte, como um meio de lazer. Muito embora o lazer e a cultura, na prática, tenham se mostrado direitos relegados ao segundo plano em relação aos demais direitos fundamentais e sociais, eles tangenciam diversas áreas das garantias sociais e individuais, a exemplo do direito à educação, trabalho, segurança, proteção à infância, direitos autorais e artísticos. E portanto, a garantia social ao lazer é abarcada no próprio Direito à Cultura. O Direito da Cultura e Entretenimento pode ser traduzido então como um direito fundamental, como uma garantia social, onde é aplicado às atividades culturais e desportivas, com o objetivo de proporcionar segurança jurídica e garantir o respeito às leis no desenvolvimento das artes e dos esportes, bem como promover seu acesso à sociedade. Não há dúvidas que a Lei de Incentivo a Cultura (Lei Rouanet) e a Lei do Audiovisual (Lei nº 8.685/93) possibilitaram a amplitude das políticas públicas relacionadas à cultura, lazer e esporte, a exemplo do PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura. As leis surgiram com o escopo de incentivar o investimento em cultura em troca, a princípio, de incentivos fiscais, pois com o benefício no recolhimento do imposto a iniciativa privada se sentiria estimulada a patrocinar eventos culturais, uma vez que o patrocínio além de fomentar a cultura, valoriza a marca das empresas junto ao público. Com a Lei Rouanet surgiram três formas possíveis de incentivo no país: o Fundo Nacional de Cultura (FNC), os Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficart) e o Incentivo a Projetos Culturais por meio de renúncia fiscal (Mecenato). Ocorre contudo, que com o tempo a lei foi ficando defasada, além de ter sido totalmente mitigada com a implementação de Medidas Provisórias e destinação de recursos divergentes daqueles do mercado artístico, cultural e desportivo. O surgimento da internet, equilíbrio na inflação, mudança do contexto artístico, cultural, político e econômico do Brasil para o mundo, fez como que o Ministério da Cultura, incentivasse uma mudança, surgindo então o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura – Procultura (Projeto de Lei nº 6722/2010), que veio a alterar a Lei Rouanet. O apoio do Ministério da Cultura aos projetos culturais por meio da Lei Federal e também por editais para projetos específicos, lançados periodicamente, valoriza a diversidade e o acesso à cultura, como um direito de todos dentro da democracia e ampliando a liberdade de expressão. Hoje a cultura tornou-se uma economia estratégica no mundo, que depende não só do investimento público como do privado. O acesso à cultura e ao lazer está diretamente ligado a um novo ciclo de desenvolvimento do país: a universalização do acesso, diversidade cultural, desenvolvimento da economia e cultura. Não se perca de vista a realização da Copa e das Olimpíadas, por exemplo, que levam as empresas a injetarem um maior investimento nos atletas, assim como nos eventos culturais nas localidades onde são realizados. Em meio a esse turbilhão de direitos e garantias fundamentais, mesmo com o esforço do Governo nas diversas tentativas de implementação de políticas públicas, válido destacar que, embora levado a segundo plano, o Direito da Cultura e Entretenimento em verdade está saindo nesta zona de “sub-direito”, para se lançar como uma potencial garantia jurídica. Afora as políticas públicas e ações do governo, que podem ser exigidas a partir de uma Ação Popular, ou em um litígio casuístico, as ações de empresários como realização de eventos por produtores culturais no Brasil, também são alvos de lide, demandas judiciais tanto públicas como privadas. Festivais de artes, espetáculos, shows e festas, estão sujeitos a uma série de controles e restrições, o que ocasiona grande impacto urbanístico e ambiental, e por envolverem interesses de uma grande gama de categorias especiais, como, por exemplo, crianças, adolescentes, consumidores, estudantes, entre outras, exigem um amplo conhecimento nas diversas áreas jurídicas, além de abrangerem um grande número de leis esparsas das mais diversas naturezas; algumas locais, outras estaduais e nacionais, que têm que ser conhecidas por todos aqueles que se propõem e se dedicam à realização de eventos no país. Pode-se concluir que o Direito da Cultura e Entretenimento não só tem espaço no mundo jurídico como reina em diversas áreas que burocratizam e disciplinam a arte, cultura, lazer, o esporte, educação e quantos ramos forem necessários para se garantir a efetividade do exercício da garantia constitucional, seja a um cidadão comum, como ao empresário. Por Suzana Fortuna

29 de abril de 2025
Estão abertas as inscrições para a primeira edição do #LINK:RIO, oficina de cinema voltada para o desenvolvimento de projetos documentais com foco em cineastas cariocas. O evento acontecerá no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF) e no ESPAÇO #LINK:RIO, no Centro da cidade, de 13 a 16 de maio. #LINK:RIO tem direção de Walter Tiepelmann, produção de Leonardo Pinheiro e coordenação de Celina Torrealba. Desdobramento carioca do tradicional #LINK – Encuento Iberoamericano de Cine Documental da Argentina, o #LINK:RIO vai selecionar oito projetos de cineastas emergentes do estado do Rio de Janeiro que tenham forte apelo autoral e uma proposta narrativa ousada e criativa. Totalmente gratuito, o laboratório conta com mentorias de experientes nomes da área, como diretores, roteiristas, produtores e demais profissionais, que compartilharão suas trajetórias, processos e desafios com os participantes. Entre os tutores estão Walter Tiepelmann (coordenador Málaga WIP e diretor #LINK Buenos Aires), Mario Durrieu (diretor do FIDBA - Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires), María Campaña Ramia (programadora do IDFA - Festival Internacional de Documentários de Amsterdam), Allan Ribeiro (diretor) e Renato Vallone (diretor e editor). Já o Comitê de Seleção dos projetos é formado por Rafael Saar (diretor e produtor), Lara dos Guaranys (produtora) e Jana Wolff (EFM - European Film Market e Berlinale), além do próprio Walter Tiepelmann. O objetivo do #LINK:RIO é transformar ideias em projetos consistentes, buscando contribuir com o desenvolvimento de futuros filmes e também na busca por fundos, encontros de coprodução e estratégias de distribuição e exibição. O foco está em produções de não-ficção em fase inicial, que desejam fortalecer a semente criativa e consolidar uma visão autoral. Um espaço de reflexão e desenvolvimento do documentário contemporâneo. Cineastas e produtores poderão inscrever seus projetos até o dia 1 de maio pelo site link-rio.com. Além de receberem tutorias e assessoria, um dos oito projetos será selecionado para participar da 14ª edição do #LINK - Encuentro Iberoamericano de Cine Documental, que será realizada entre 6 a 11 de outubro deste ano na cidade de Buenos Aires, Argentina. “O LINK:RIO busca se tornar um ponto de apoio para cineastas que buscam expandir os limites da percepção e da linguagem documental, apostando em filmes que, ao propor outras formas, desafiem tanto os conceitos da linguagem do documentário assim como o próprio fazer cinematográfico”, explica Walter Tiepelmann, diretor de indústria do evento. MOSTRA DE CINEMA Em paralelo ao #LINK:RIO, nasce o FID:RIO – Festival Internacional de Cinema de Não Ficção do Rio de Janeiro, um panorama do cinema contemporâneo de não ficção autoral limítrofe em termos de narrativa e estética. A primeira edição, com curadoria de Mario Durrieu, será realizada em formato híbrido, com uma programação online acessível a todo o Brasil e sessões presenciais no CCJF, nos mesmos dias dos laboratórios. O FID:RIO é uma coprodução como o tradicional FIDBA e, com a #LINK, sua área de atuação, a única na América Latina dedicada a todas as etapas do cinema de não ficção, de Buenos Aires. Toda programação é gratuita e será divulgada em breve.
29 de abril de 2025
Em Janeiro deste ano, Lucas Felix realizou um sonho antigo e lançou um disco com releituras de canções de seu mestre maior, Gilberto Gil. Com o álbum "Baião de 2222" , Lucas trouxe para o público um trabalho contemporâneo, sólido, artístico e de suma importância para a cultura popular de nosso país. O disco contou com 10 faixas e obteve bastante destaque para as músicas "Estrela" com participação de Larissa Luz, ganhando as rádios de todo o Brasil e a música "Aqui e Agora" que contou com a participação de Mariana Volker numa abordagem sobre a saúde mental e necessidade da conexão com o tempo presente. O projeto contou com uma grande produção de músicos conhecidos de nosso país, como, Jacques Morelenbaum no violoncelo, Gustavo diDalva na percussão e outros talentos da nossa cidade como Sergio Chiavazzolli, André Polvo, Canequinha, além da produção do talentoso músico de longa estrada, Fabio Lessa. No show, Lucas conta com sua banda e mais algumas participações especiais para apresentar as canções do disco Baião de 2222, assim como canções autorais de sua trajetória, celebrando nossa música popular brasileira. Sobre o artista O artista de Niterói tem em seu histórico uma média de 100 mil streams mensais no Spotify e mais de 10 milhões de views em seus clipes no YouTube. Seu primeiro lançamento foi "Céu de Poesias" em 2013, seguido por quatro EP's até 2020, tendo as canções "Perto do Mar" e "Recomeço" como destaque, além de uma versão da música "Clube da Esquina II", de Milton Nascimento, Lô e Marcio Borges. E em seguida, com "Laranjeira", Lucas alcançou a marca de mais de um milhão de visualizações no YouTube e alavancou seu reconhecimento com o público e crítica. Após este primeiro sucesso, Lucas lançou um EP chamado "Convite" que conta com cinco faixas, todas com participações ilustres da música, como Lucy Alves, Mestrinho, Illy, Mariana Aydar, além do saudoso Letieres Leite e sua Orquestra Rumpilezz. Três canções desse EP (Lua e Estrela, com Lucy Alves; Mar de Flores, com Illy; Saudade é Tempero de Vó, com Mestrinho) chegaram até as rádios de todo país e prospectaram Lucas a um novo patamar na cena da música popular brasileira, consolidando seu nome na prateleira de novos talentos da MPB. Em 2023, Lucas Felix lançou o álbum "Canto Que Vem do Mar" com dez faixas autorais, incluindo a canção "Canto das Deusas" que, além de ter alcançado mais de um milhão e meio de visualizações no YouTube, ganhou projeção nas rádios, nas plataformas de áudio e claro, no coração das pessoas. Serviço Lucas Felix lança "Baião de 2222" Datas: Quarta-feira, 30 de abril de 2025 Horário: 19h Duração: 80 min Classificação indicativa: Livre Ingressos: R$60 (Plateia, Frisa e 1⁰ balcão) | R$30 (Valor promocional único - 2⁰ balcão e Galeria) Local: Theatro Municipal de Niterói Endereço: Rua XV de Novembro, 35 - Centro, Niterói  Telefone de contato: (21) 3628-6908
29 de abril de 2025
Com direção de Claudia Ventura e Alexandre Nunes, peça da In Cena Produções chega à Lapa depois de passar por teatros da Gávea e de Ipanema Sucesso da In Cena Produções, o espetáculo “O Auto da Compadecida” volta ao cartaz, a partir de 2 de maio, para curta temporada na Sede Cia dos Atores, na Lapa. Escrito em 1955, o famoso texto de Ariano Suassuna (1927-2014) já ganhou diversas montagens no teatro, no cinema e na TV. Agora, a dupla de d  iretores Claudia Ventura e Alexandre Dantas apresenta uma versão contemporânea das peripécias de João Grilo e Chicó. A peça estreou em 2023 e fez temporada também ano passado, sempre com sessões lotadas. “A gente está muito feliz com a volta do espetáculo, justamente no ano em que o texto do Ariano Suassuna completa 70 anos. Esta nova temporada também é uma forma de honrar o legado deste grande autor. A nossa adaptação está mais próxima do texto original do que a dos filmes, e a gente espera que novos espectadores venham à Lapa conhecer essa história”, celebra a diretora artista da In Cena Produções, Cella Bártholo. Em “O Auto da Compadecida”, somos transportados para o sertão nordestino com uma trupe de circo que recria um retrato abstrato da região. Através das incríveis aventuras e confusões dos conhecidos e amados personagens João Grilo, o típico anti-herói brasileiro, e Chicó, seu fiel escudeiro, a peça aborda temas como a religiosidade popular, corrupção e desigualdade social, sempre com um tom de humor, ironia e irreverência característicos da obra de Suassuna. Apesar de fiel ao texto, esta não é uma montagem com elementos caricaturais do Nordeste, onde a história se passa. Para narrar as trapaças e artimanhas dos protagonistas, os diretores optaram por uma encenação focada no ator e na palavra, isto é, criada a partir da relação do elenco com a obra. “O grande diferencial nesta montagem é a inspiração nas origens do circo-teatro. O elenco é uma trupe, um grupo de contadores, que chega ali para se divertir e contar essa história, sem cair no óbvio. Quisemos trazer uma encenação diferente que toque e fique nas pessoas”, diz Claudia. A ausência do sotaque foi uma das escolhas da direção, assim como o cenário e o figurino, que foram trabalhados sem muitos elementos que remetessem diretamente e/ou sublinhassem as características regionais. “O Ariano é tão genial que a estrutura das frases já evoca esse espaço físico nordestino. Por isso, não precisa ter o sotaque, o padre com a batina. Apenas evocamos esses elementos”, explica Claudia. Segundo ela, a ideia é induzir que cada pessoa na plateia imagine o seu próprio cenário através da palavra, da manipulação dos objetos e do jogo de cena corporal. “A imagem do que está sendo construída em cena só termina na cabeça de quem está assistindo”, conclui. Outra preocupação dos diretores foi tentar manter a originalidade do texto de Suassuna, mas suprimindo aspectos datados, que não cabem mais ser replicados. “Estamos falando de um texto de 1955 e isso nos fez deparar com um discurso patriarcal que está desatualizado. Nesses casos, optamos por suprimir algumas falas, mas sem perder a piada, claro”, explica Alexandre. O mesmo foi pensado para as cenas de violência, mas, dessa vez, o artifício foi se apoiar no humor. “Outro ponto que nos deparamos foi com a quantidade de mortes. Resolvemos, então, ir na direção do humor, pra palhaçaria e teatralidade, buscando suavizar essa violência presente na trama”, diz. A montagem conta com 21 atores, entre profissionais e iniciantes, que fizeram parte do curso de “Prática de Montagem” da In Cena. Serviço: Temporada: 2 a 11 de maio Sede Cia dos Atores: Na Escadaria Selarón – Rua Manuel Carneiro, 12 - Santa Teresa Telefone: (21) 2242-4176 Dias e horários: sextas às 20h, sábados, às 17h e 20h, domingo, às 15h e 18h. Não haverá apresentação no dia 3/5. Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada) Duração: 2h Classificação etária: 12 anos Capacidade de público: 58 pessoas Venda de ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/o-auto-da-compadecida/2915108?
29 de abril de 2025
A “The Friends Experience”, mostra imersiva para fãs da série, desembarcará no Rio de Janeiro em junho deste ano. A mostra chegou ao Brasil pela primeira vez em novembro do ano passado, com uma montagem em São Paulo, que segundo a assessoria do evento, reuniu quase 90 mil visitantes. A experiência acontece no Village Mall, na Barra da Tijuca, a partir de 5 de junho, onde os visitantes poderão explorar a história da série e reviver algumas de suas cenas mais memoráveis, como posar em frente à porta roxa de Rachel e Monica, relaxar nas poltronas de Chandler e Joey, ajudar Ross a mover o famoso sofá “pivot” ou se sentar no icônico sofá laranja em um Central Perk totalmente recriado.  Segundo o evento, os ingressos serão vendidos a partir de R$ 40 (meia-entrada) e clientes Nubank terão acesso a uma pré-venda nos dias 28 e 29 de abril. Já no dia 30, uma pré-venda da lista de espera Fever também dará prioridade para os fãs da série. A venda geral, por sua vez, acontece em 1º de maio. Todas as vendas serão realizadas no próprio site da experiência. Confira o que esperar da “The Friends Experience”. Transmitida de 1994 a 2004, “Friends” é considerada uma das séries mais populares de todos os tempos. Durante suas 10 temporadas, a produção conquistou enorme audiência nos Estados Unidos, Brasil e ao redor do mundo.
28 de abril de 2025
A Galeria Evandro Carneiro Arte apresenta de 3 a 24 de maio a Exposição Colagens, que reúne trabalhos inéditos de colagens em papéis de seda e papéis de origami japoneses de Roberto Scorzelli (1938-2012). Importante arquiteto e artista plástico, Scorzelli seguiu uma sólida carreira com exposições em galerias consagradas, como a Bonino e a Saramenha, e abriu uma loja de design na badalada Ipanema dos anos 70. A galeria apresenta, também, a Exposição Esculturas, de Marcos Scorzelli. A curadoria é de Evandro Carneiro. Serviço: Exposição Colagens, de Roberto Scorzelli e Exposição Esculturas, de Marcos Scorzelli Galeria Evandro Carneiro Arte: Rua Marquês de São Vicente, 124 (Shopping Gávea Trade Center). Salas 108 e 109. Abertura: 3 de maio, sábado De 3 a 24 de maio. Visitação: de segunda a sábado, das 10h às 19h.
28 de abril de 2025
Os caminhos trilhados por Sandra Felzen perpassam as questões femininas, as causas ambientais e suas várias vivências culturais. Seus instrumentos são a arte, a natureza, o estudo da língua hebraica, tudo imerso no contexto da cultura brasileira.Em “O Tempo, O Feminino, A Palavra”, que abre no dia 8 de maio, na Galeria do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto no Humaitá, a artista constrói artesanalmente um caderno, um útero e inúmeros potes, feitos a partir de tiras de vários tecidos afetivos que coletou ao longo da vida. O conteúdo do caderno mostra os desdobramentos de sua trajetória artística, suas reflexões sobre a passagem do tempo, sobre o feminino e sua conexão com a natureza, representada pela árvore. Ela ressalta a importância da palavra como geradora de conteúdos e de sentidos. A curadoria é de Cristiana Tejo. Para a artista, a árvore possui uma grande ligação com o feminino. Além da palavra ser feminina em português, ela simboliza o equilíbrio. Ela é o elo entre a terra e o céu. Enraizada, com uma potencialidade de crescimento, doa flores e gera frutos. É a Árvore da Vida. Árvore da Vida é um conceito na cultura judaica que significa tanto sabedoria como a integralidade do Ser e todas as suas manifestações. As obras de Sandra Felzen contam histórias dos saberes ancestrais e revelam uma visão integrada da experiência humana. Reforçam a ideia de que arte, memória e natureza estão entrelaçadas em um diálogo contínuo com a vida. Esses temas se estendem do caderno, do útero e dos potes até às paredes da galeria, onde suas pinturas se apresentam. Nas telas, a artista se aprofunda nas nuances da cor, da composição e das texturas. “Meus temas principais, o Feminino e a Árvore, estão entrelaçados e dialogam entre si. Na verdade, são um grande tema único. Ao longo da minha carreira, pintei Umbuzeiros, Umburanas, Bacuris, Bambus, Monjolos, Carnaúbas, Veredas. As árvores representam nossas raízes, que nos dão sustentação. Elas nos fincam na história, em nossas ancestralidades. Ao mesmo tempo, nos dão o sentido de direção e nos remetem às alturas”, diz Sandra Felzen. “Outros dois temas recorrentes em seu trabalho, inter-relacionados com o todo de sua obra e retratados nas páginas do caderno são os receptáculos (o útero, inclusive) e as janelas/espelhos, que são, segundo a artista, “Portais no Tempo e no Espaço”. Saiba mais sobre Sandra Felzen Artista visual carioca, Sandra Felzen graduou-se em Química com Mestrado em Ciências Ambientais. Iniciou seus estudos de pintura e desenho durante os anos 80 em Nova York. Participou de vários cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e MAM, no Rio, entre o final dos anos 80 e início dos anos 90. Realizou várias exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior ao longo dos 40 anos dedicados à arte. Serviço “O Tempo, O Feminino, A Palavra” Artista: Sandra Felzen Curadoria: Cristiana Tejo Abertura: dia 8 de maio, quinta-feira, das 17h às 20h Local: Galeria do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto Endereço: Rua Humaitá, 163 (entrada pela Rua Visconde de Silva, s/n) – Humaitá - Rio de Janeiro Visitação: até 29 de junho de 2025 Funcionamento: de quarta a domingo das 16h à 21h Instagram: @sandrafelzen Produção: Marcelo Rezende Entrada gratuita
28 de abril de 2025
Mestra e doutoranda em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Julia Ourique, lança o livro "Feminismo na Indústria da Música", no dia 7 de maio de 2025 (quarta-feira), das 18h às 21h, no Espaço Multifoco, na Lapa, Centro do Rio de Janeiro. Fruto de quase 10 anos de pesquisa, a obra aborda os diferentes aspectos da inserção entre feminismo, artivismo e mercado musical. Editado pela Multifoco, o livro da jornalista, pesquisadora e musicista Julia Ourique traz uma análise minuciosa sobre a presença de mulheres na indústria da música. O exemplar no lançamento custa R$ 55,00 e, posteriormente, poderá ser adquirido por R$ 59,90 no site da editora e na Amazon. “Fruto da minha dissertação de mestrado, esse livro é pioneiro ao investigar o feminismo na indústria da música brasileira. Durante a minha carreira no jornalismo, acompanhei uma série de limitações em relação ao espaço da mulher no mercado da música, principalmente instrumentistas. Este lançamento busca trazer a discussão para a sociedade, sobre como estamos tratando as mulheres que participam da indústria e continuam a ter o seu trabalho invisibilizado. Dentro desta questão, analiso no livro a possibilidade de o feminismo ser essa ferramenta para a mudança”, descreve Julia Ourique, autora do livro. "Feminismo na Indústria da Música” é dividido em três capítulos. O primeiro, introduz uma historiografia do feminismo no Brasil, com ênfase na presença de mulheres no mercado da música brasileiro. Em seguida, apresenta e aprofunda o conceito de ativismo nas artes, ou artivismo (forma de ativismo que usa a arte para expressar ideias e reivindicar causas sociais). Já o segundo capítulo, examina as transformações na indústria fonográfica, com destaque para a atuação e a mobilização das mulheres no mercado da música. Por fim, a última parte do livro se concentra no estudo de caso do selo musical PWR Records, explorando sua trajetória e o modo como articula, na prática, os valores feministas com as dinâmicas do mercado musical. Conheça a autora Julia Ourique é doutoranda em Comunicação, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e mestra em Comunicação pela mesma instituição. Graduada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida (UVA). Atua como professora de Jornalismo, na Universidade Estácio de Sá. Possui Especialização em Linguagens Artísticas, Cultura e Educação, no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). Faz parte do Laboratório de Pesquisa em Comunicação, Interação e Cultura (Lampe) colabora com o grupo de pesquisa Labcult, na UFF. Atua como assessora de imprensa com experiência em estratégia de comunicação nas diversas áreas da cultura, tendo atuado também na Fundação Nacional de Artes – Funarte. Serviço Lançamento do livro "Feminismo na Indústria da Música", de Julia Ourique Sessão de autógrafos com a autora Data: 7/5/2025 (quarta-feira) Horário: 18h às 21h Local: Espaço Multifoco Endereço: Av. Mem de Sá, 126 - Lapa - Rio de Janeiro (RJ) Valor do exemplar: R$ 55,00 (no lançamento) | R$ 59,90 (no site)  Obra disponível para aquisição no dia do lançamento, e no site da Editora Multifoco e da Amazon
28 de abril de 2025
 Diogo Vilela faz brilhantemente Odorico Paraguaçu na divertidíssima comédia que foca na sua candidatura à eleição para prefeito de Sucupira, uma cidadezinha litorânea, da Bahia. A trama retrata o típico político astuto que faz de tudo para atingir seus objetivos. E, na condição de novo prefeito, o que mais Odorico deseja é inaugurar a sua grandiosa obra política, o primeiro cemitério de Sucupira, para enfim cair nas graças do povo. No elenco, estão ainda grandes nomes do Teatro e TV, como Tadeu Mello, Ataíde Arcoverde, Chris Penna, Renata Castro Barbosa, Patrícia Pinho e outros. O Bem-Amado é um clássico atemporal de nossa fértil dramaturgia, pela dinâmica da política brasileira e, principalmente, pela destreza de seu autor no domínio da arte de escrever para teatro, pois seus personagens são criados a partir de uma observação aguda da vida brasileira. Dias Gomes, um de nossos maiores autores, com uma obra vasta e significativa, não só por isso, mas apenas por isso, justifica uma nova montagem desse seu texto. Pensar o Brasil, através do teatro, nesse momento complexo, com um olhar leve, carregado de fraternidade humana, principalmente humor, é imperativo. A peça também aborda questões mais amplas, como a relação entre poder e populismo e a maneira como as promessas políticas podem ser usadas para manipular as massas. O Bem-Amado é uma crítica mordaz à política e à busca desmedida por poder, mando e influência nos meandros mais obscuros das instituições. Nos recantos dos salões onde tudo acontece na calada da noite, ou à boca pequena. 09 a 18 de Maio de 2025 Quinta a Domingo | 19h Teatro da UFF Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí – Niterói Ingressos: Quinta e Sexta R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia) Sábado e Domingo R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Canais de venda: Guichê Web e Bilheteria Classificação Indicativa: 12 anos
27 de abril de 2025
Referência em sofisticação e cultura na cidade, o Fairmont Rio recebe a exposição Tanto Mar, da artista plástica Esther Bonder, com curadoria de Christiane Laclau, que leva expoentes da cena artística local para o hotel. A mostra estará disponível ao público a partir do dia 10 de abril, proporcionando aos convidados uma imersão na poética visual da artista carioca, que traduz em suas telas a efemeridade e a transformação dos elementos naturais.  Inspirada pelo mar e seus movimentos incessantes, Esther Bonder desenvolve uma obra que transcende a simples representação da natureza. Suas pinturas capturam o instante fugaz de uma onda, a dança da luz sobre a água e a impermanência como essência da existência. Com uma paleta de diferentes tons de azul, verde e branco, suas pinceladas materializam a fluidez do oceano e refletem a constante metamorfose que ocorre em cada instante. Tanto Mar promete encantar os espectadores ao convidá-los a mergulhar na contemplação do movimento e da transitoriedade, valores que permeiam tanto a obra de Esther Bonder quanto a experiência sensorial proporcionada pelo hotel. Serviço Exposição Tanto Mar – Esther Bonder Local: Hotel Fairmont Rio – Avenida Atlântica, 4240, Copacabana Horário: Das 19h às 22h
27 de abril de 2025
Uma das maiores referências do teatro maranhense, a Pequena Companhia de Teatro chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro com uma série de atividades que documentam duas décadas de trajetória, marcada por uma obra reflexiva e comprometida com a democratização da cultura e o cuidado com o meio-ambiente. Fundado em 2005, o premiado grupo, composto pelos atores Cláudio Marconcine e Jorge Choairy, pelo encenador Marcelo Flecha e pela produtora Katia Lopes, vai ocupar o Teatro 3 do CCBB RJ, de 24 e abril a 9 de junho de 2025, com quatro espetáculos, uma mostra artística, debates e uma oficina. Todas as atrações são gratuitas. A temporada conta com patrocínio do Banco do Brasil.  A Ocupação da Pequena Companhia de Teatro vai reunir os espetáculos “Velhos caem do céu como canivetes”, a partir da obra de Gabriel García Márquez (de 24 de abril a 5 de maio); “Pai & Filho”, a partir da obra de Franz Kafka (de 8 a 19 de maio); “Ensaio sobre a memória”, a partir da obra de Jorge Luís Borges (de 22 de maio a 2 de junho); e “Desassossego”, a partir da obra de Fernando Pessoa (de 5 a 9 de junho). Haverá debates nos dias 03, 17 e 31/05 e 07/06, após as apresentações, e sessões Inclusivas (com intérprete de libras) nos dias 27/04, 11 e 25/05 e 8/06, aos domingos, às 18h. “É uma alegria poder trazer ao CCBB Rio uma companhia com a qualidade e representatividade da Pequena Companhia de Teatro. No ano em que o Rio recebe o título de Capital Mundial do Livro, temos buscado incluir na nossa programação projetos que se relacionem de alguma forma com a literatura. Os espetáculos selecionados para essa Ocupação, adaptados ou inspirados em grandes textos da literatura mundial, vêm se juntar à nossa contribuição para incentivar a leitura e conectar ainda mais os brasileiros com a arte literária”, comenta Caroena Neves, Gerente de Conteúdo do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. “Estamos com uma grande expectativa porque é a primeira vez em que temos a oportunidade de apresentar, no Rio de Janeiro, o trabalho do grupo de forma tão abrangente”, comemora Marcelo Flecha. “O nosso processo de criação sempre começa com um debate sobre o tema que a gente quer levar à cena. A partir daí, iniciamos uma pesquisa em textos dramatúrgicos e literários. Esses quatro espetáculos têm dramaturgias minhas que partem de outros textos e gêneros literários. Elas nascem de um método que chamamos de transposição de gênero, que inclusive é tema de oficinas que ministramos em várias cidades brasileiras. Entre os temas tratados nessas obras, estão as relações de poder a partir do núcleo familiar, o apagamento da memória, a fé, e o exílio”, detalha o diretor. Além dos espetáculos, o CCBB RJ apresentará a Pequena Mostra de Teatro, uma exposição que vai retratar a trajetória, pesquisa e desenvolvimento do grupo teatral maranhense, em cartaz de 01 de maio a 9 de junho, de quarta a segunda, das 9h às 20h. A mostra vai reunir imagens, diários, iluminações, ilustrações e catálogos, que destacam o conceito de artesania e o compromisso com o teatro de grupo; as tecnologias desenvolvidas para reduzir os impactos ambientais; a construção de uma pesquisa de linguagem focada na dramaturgia do ator; e a visão do teatro como um potente instrumento de reflexão para além do entretenimento. “Nesses 20 anos de carreira do grupo, desenvolvemos um método de treinamento do ator chamado “Quadro de Antagônicos, objeto de estudos e oficinas”, explica Flecha. “A partir dele, criamos personagens que fogem de uma construção naturalista convencional. São trabalhos bem físicos, que colocam uma lente de aumento nesses seres”, acrescenta. Os espetáculos da Pequena Companhia de Teatro são desenvolvidos para dispensar qualquer recurso técnico oferecido pelos espaços onde se apresentem: cenários, iluminação artesanal e sonoplastia estão inseridas nas encenações e são adaptáveis a qualquer tipo de espaço seja ele alternativo ou palco italiano. Esse processo será abordado na oficina “Artesanias iluminocenográficas: desenvolvendo tecnologia a partir da obsolescência”, que será ministrada nos dias 30/04, 14 e 28/05. “É a nossa maneira de, no campo estético, fazer uma crítica à obsolescência programada”, completa Marcelo Flecha. Serviço: Gênero: Drama Datas: 24, 25, 26, 27 e 28/04 e 1, 2, 3, 4 e 5/05 Dias: De quinta a segunda Horário: quinta, sexta, sábado e segunda, às 19h, domingo, às 18h Duração: 60 minutos Classificação indicativa: 12 anos
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