11 de agosto de 2024

Teatro Ruth Escobar aposta em pluralidade de espetáculos teatrais no mês de agosto

Do drama ao stand-up, tradicional teatro da Bela Vista, promete uma agenda diversificada em Agosto, com múltiplas linguagens teatrais e cartão de desconto como vantagem aos espectadores.


A Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo, APETESP, possui sob a sua direção, um dos mais importantes complexos teatrais na cidade de São Paulo, o Teatro Ruth Escobar, fundado em 1963 pela atriz e produtora cultural portuguesa, radicada no Brasil, Ruth Escobar (1935 a 2017).

Mantendo-se ativo pelos esforços da não menos importante entidade, o teatro promete para esse mês de Agosto, uma programação intensa e diversificada e com vantagens ao espectador que quiser prestigiar esse leque de opções.

Vamos falar nesta matéria dos espetáculos oferecidos ao público adulto, embora estejam também em sua grade, ótimas opções de infantis para a garotada.


FREUD E DITADURA E NO CENTRO DO DRAMA 


“Freud e o Visitante” com a tradicional companhia de teatro paulista, o “Grupo Tapa”, está em cartaz na Sala Dina Sfat, sextas, sábados e domingos até o dia 01 de Setembro, texto do autor belga Eric-Emmanuel Schmitt, coloca em cena o pai da psicanálise, Freud, recebendo um inesperado visitante, na noite em que a sua filha Anna é presa pela polícia nazista.

A direção de Eduardo Tolentino de Araújo é cativante, trazendo leveza e humor a densos conflitos e aproveita bastante o talento de todo o elenco.

As obras de Freud foram queimadas pelos nazistas, que decretaram que, a psicanálise era uma “ciência judia”.

Ao assistirmos o espetáculo e fazermos uma ponte com a realidade atual, impossível não respirarmos aliviados, ao saber que o Brasil tenha escapado de suas várias ditaduras, ainda que ela insista em vociferar em nossas portas.

Ainda dentro da temática “luta contra a opressão”, o Ruth Escobar apresenta mais um interessante espetáculo com dramaturgia nacional, “Se chovesse, vocês estragavam todos”. O texto produzido sob os ‘auspícios’ da ditadura, usa a metáfora como forma de denúncia à opressão. As cenas se passam ora na escola, ora na casa da aluna. Na escola, a professora seduz pela beleza e utiliza-se do ensino como um instrumento de poder a serviço dos interesses do Estado. Em casa, a aluna tem como interlocutores familiares que ousaram duvidar do sistema.


Um espetáculo imperdível apresentado em um teatro, cujo nome e fundadora, fez trincheira a ditadura brasileira e o teatro era um de seus alvos preferidos.


E SURGE A COMÉDIA 


Permanecendo há séculos como uma arte menor, difícil hoje imaginar uma programação em que a comédia não tenha o seu vitorioso reinado.

Para os apreciadores do estilo, o Teatro Ruth Escobar traz duas irresistíveis opções:


Em cartaz há nove anos, “A Banheira“, com um elenco carismático, contando as confusões causadas quando um pai de família leva para a sua casa uma amante e acabam presos em um banheiro por um assaltante! Para completar a amante é parente da esposa do infeliz marido.

A receita de uma boa comédia, está no talento do elenco para essa difícil linguagem e as surpresas que texto e direção possam proporcionar. Todos esses ingredientes são encontrados nessa divertida “banheira”.

O Stand-up, que tomou força na capital a mais de dez anos, também se faz presente nesse leque de opções, prezando muitas vezes por uma simplicidade, geralmente um ator ou atriz, um microfone e um hilário roteiro, onde vida pessoal do artista e ficção se misturam provocando risos, ou melhor gargalhadas. “Desventuras de um quarentão” com Wagner Rodrigues se apresenta às 23 horas na sala Miriam Muniz, confirmando a tese de que a vida começa aos quarenta e também as muitas confusões.


FACILIDADES AOS ESPECTADORES 


Quem quiser desfrutar de todos os espetáculos da casa, a APETESP coloca a disposição o Cartão Fidelidade que garante a quem assistir a um espetáculo, desconto nos demais.


APOIO AOS PRODUTORES CULTURAIS 


Atualmente presidida por Chico Cabrera, diretor e produtor cultural, a APETESP ou Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo, vem desenvolvendo nessa gestão, um trabalho de reaproximação da entidade com a classe artística e as políticas culturais da cidade, bem com o público, ausente das apresentações presenciais por dois anos durante a Pandemia de Covid-19.

Para isso, as Leis de Incentivo garantiram reformas estruturais e manutenção das salas de ensaios e apresentações tanto do Teatro Ruth Escobar, como do Teatro Maria Della Costa, também administrado pela entidade e adquirido em 1972, sendo a primeira sede da instituição em São Paulo.

Desta forma a APETESP continua seu trabalho e relevância no cenário artístico e cultural, zelando pelo passado, ao manter espaços históricos, caminhando para o futuro, ao abrigar e oferecer novas produções ao público.


Serviço: 

Espetáculos Gênero Adulto no Teatro Ruth Escobar 

“Freud e o Visitante” 

Temporada até 01 de Setembro

Sextas, Sábados e Domingos

Horário: 20 horas

Sala Dina Sfat

“Se chovesse, vocês estragavam todos” 

Temporada até 27 de Setembro

Sextas às 20:30

Sala Miriam Muniz

“A Banheira” 

Temporada até 08 de Setembro

Sextas às 20:30

Sábados e Domingos às 9 horas

Sala Gil Vicente

“Desventuras de um quarentão”

Temporada até 31 de Agosto

Sábados às 23 horas

Sala Miriam Muniz

Cartão Fidelidade: Na compra de um ingresso retirar cartão na mesma bilheteria que garantirá descontos nos demais espetáculos do teatro.

Assessoria de imprensa e comunicação, dedicada a pautas sobre serviços, negócios, atividades artísticas, culturais e gastronômicas.


29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff