20 de março de 2025

Série relembra o naufrágio do barco Bateau Mouche no Réveillon do Rio

Na virada de 1988 para 1989, a comemoração do Réveillon em uma embarcação de luxo no Rio terminou em tragédia: dos 142 presentes, 55 morreram. Essa história, que chocou o país, é contada na série documental de true crime Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça, que estreiou na plataforma de streaming Max no dia 18 de março.

Com três episódios, a produção investiga um dos maiores desastres marítimos do país, que, entre os mortos, tinha a atriz Yara Amaral (que estrelou a novela Fera Radical, de 1988, e a série Anos Dourados, de 1986, ambas na Globo). Foram encontradas diversas irregularidades, como o fato de que o Bateau Mouche IV acomodou mais pessoas do que comportava.

Dirigida e produzida por Tatiana Issa e Guto Barra, os mesmos de Pacto Brutal: O Assassinato De Daniella Perez, a série mostra impacto do naufrágio por meio de imagens de arquivo e mais de trinta entrevistas exclusivas com sobreviventes, familiares das vítimas, advogados, especialistas e pescadores envolvidos no resgate.

Entre os depoimentos inéditos, estão os de Fátima Bernardes, Malu Mader e Bernardo Amaral, filho de Yara Amaral. A produção também traz reconstituições detalhadas, realizadas tanto no mar como em um tanque projetado, com quarenta metros de comprimento, trinta de largura e até 25 de profundidade.

A embarcação chegou a ser interceptada pela Capitania dos Portos, onde passou por fiscalização às 22h. Os passageiros foram contados. Pouco depois, o barco foi liberado para seguir rumo à Praia de Copacabana. Às 23h50, afundou, entre a Ilha de Cotunduba e o Morro da Urca.

Os que lutavam por suas vidas passaram por momentos de pânico, até que duas embarcações avistaram o naufrágio e foram até o barco, para tentar resgatar o maior número possível de pessoas.

Nos anos seguintes, as investigações apontaram que, além de estar superlotado, o Bateau Mouche IV se encontrava em mau estado de conservação, com entrada de água do mar por meio de escotilhas abertas e dos banheiros do convés inferior, uma camada de cimento no convés superior colocada de forma inadequada e distribuição inadequada de mesas, cadeiras e pranchões, que não estavam fixos.

A Marinha também foi acusada por ter liberado alvarás e permissões para os barcos do grupo. Ninguém explica, por exemplo, como a embarcação, que tinha capacidade para 28 passageiros, teve sua capacidade legal estendida para 153. A equipe procurou a Marinha para que ela desse sua versão, mas a instituição não quis participar.


Os dois primeiros episódios contam as histórias das vítimas e recriam o momento em que o barco afundou. Já o terceiro capítulo narra o longo processo de julgamento dos acusados, empresários espanhóis que mantinham diversos empreendimentos turísticos na cidade.

O material dos autos nunca foi digitalizado e estava pronto para ser incinerado quando a equipe da série teve acesso a ele. Apesar da comoção causada pelo naufrágio, ele se tornou um símbolo da impunidade no país: décadas depois da tragédia, nenhum dos envolvidos está preso, e somente uma família recebeu indenização.

15 de julho de 2025
Na quinta-feira, 17 de julho, às 19h30, a Orquestra Forte de Copacabana apresenta na Sala Nelson Pereira dos Santos, o projeto Vibrações Metropolitanas, iniciativa que promove intercâmbios entre grupos de educação musical da Região Metropolitana do Rio. Após passar por Duque de Caxias e Maricá, o projeto encerra suas ações de integração em Niterói, com uma apresentação especial na Sala localizada no bairro de São Domingos. A proposta valoriza a troca de experiências e saberes musicais entre jovens talentos, fortalecendo laços culturais e incentivando o desenvolvimento artístico regional. Serviço Orquestra Forte de Copacabana Datas: Quinta-feira, 17 de julho de 2025 Horários: 19h30 Duração: 70min Classificação indicativa: Livre Entrada franca (com distribuição de ingressos 2h antes do início do espetáculo)  Local: Theatro Municipal de Niterói End: Rua XV de Novembro, 35 - Centro Telefone de contato: (21) 3628-6908
15 de julho de 2025
Ao som de cantigas autorais em yoruba e bantu, sete bailarinas, seis músicos e um cenário que encanta os espectadores, o espetáculo de dança Manifesto Elekô, terá 3 apresentações, de 17 a 19 de julho, sempre às 19h, no Teatro Carlos Gomes. Contemplada no Edital Pró-Carioca Linguagens, a peça, com idealização e concepção de Fábio Batista e realização Cia Clanm de Danças Negras, conecta a orixá Obá, uma das mais fortes da mitologia afro-brasileira, às histórias das mulheres negras da atualidade. Os ingressos variam de R$ 10 a R$ 20. Serão destinados 20% dos ingressos para pessoas em situação de vulnerabilidade social, estudantes, professores, pessoas transgêneras e deficientes físicos. O projeto contará ainda com uma oficina de dança ministrada por Fabio Batistas e as artistas do espetáculo. Mais do que uma análise sobre como mulheres negras vêm se adaptando aos desafios diários, segundo o diretor geral do Manifesto Elekô, Fábio Batista, a peça pretende dar visibilidade aos espaços de destaque que elas vêm ocupando em diversos setores da sociedade. “Obá sai de um sofrimento extremo e chega ao generalato de um exército, ocupando o mais alto escalão da proteção das mulheres. Queremos mostrar que, assim como ela, suas contemporâneas também estão percorrendo esse caminho. A mensagem principal é que ainda que haja dor no processo, é preciso dar ênfase às conquistas e à resiliência”, analisa Fábio. Contrapartida social Após cada apresentação, a Cia Clanm de Danças Negras e o diretor realizarão uma homenagem a lideranças femininas negras e bate-papo com o público presente, além de oficinas de dança, ministradas por Fábio Batista e os artistas do espetáculo. Os interessados em participar devem acessar o formulário disponível no perfil do espetáculo no Instagram. SERVIÇO Espetáculo Manifesto Elekô De 17 a 19 de julho Horário: Quinta à sábado, às 19 h Ingressos: R$30 Inteira | R$15 Meia entrada (prevista em Lei), disponíveis no Sympla Local:Teatro Nelson Rodrigues (Av. República do Paraguai, 230 - Centro, Rio de Janeiro) O espetáculo terá interpretação em Libras. Classificação Indicativa: 14 anos