Novo Branca de Neve estreia nos cinemas sob ataque de conservadores nos EUA
Nova versão para o cinema da história da primeira princesa da Disney, Branca de Neve (2025), que estreia no Brasil nesta quinta (20), chega aos cinemas cercado por polêmicas. Protagonizado por Rachel Zegler (a princesa) e Gal Gadot (a Bruxa Má), o longa dirigido por Marc Webb e com roteiro de Erin Cressida Wilson virou alvo de grupos conservadores americanos.
A primeira polêmica surgiu em 2021, com a escalação de Zegler, que tem ascendência colombiana, para o papel principal. Para os chamados “anti-woke” (que são contra as políticas de diversidade e inclusão), escolher uma mulher que não tem o fenótipo imaginado pelos estúdios de Walt Disney na animação de 1937 — pele claríssima e cabelos negros — foi uma heresia.
Além disso, declarações de Zegler sobre a clássica animação de 1937, há cerca de dois anos, botaram mais lenha na fogueira: ela chamou o longa de “muito antiquado” em relação ao papel das mulheres e disse que o príncipe “literalmente persegue” Branca de Neve, comparando-o a um stalker.
Ela também afirmou que no remake a personagem “não vai ser salva pelo príncipe e não vai sonhar com o amor verdadeiro“. “Ela vai sonhar em ser a líder que ela sabe que pode ser”, adiantou a atriz, para a ira dos que são contra os avanços das mulheres.
Além disso, o conflito entre Israel e Palestina colocou as duas principais estrelas do filme em lados opostos. Zegler se manifestou pró-Palestina livre. Já a israelense Gal Gadot apoiou as ações de seu país em Gaza, o que gerou um pedido de boicote ao longa.
Nas eleições americanas, Rachel Zegler atiçou a ira da extrema-direita ao criticar Donald Trump e seus eleitores. Entre as declarações, ela repetiu uma declaração da cantora Ethel Cain: “Que os apoiadores de Trump e os eleitores de Trump e o próprio Trump nunca conheçam a paz.” Zegler também disse: “F***-se Donald Trump.” Depois, pediu desculpas.

