19 de junho de 2024

Rio Refugia 2024 une cultura, integração e sensibilização para a temática do refúgio


Evento vai acontecer no SESC Tijuca, com atrações gastronômicas, música, dança e artesanato promovidas por pessoas em situação de refúgio

Com foco na celebração do Dia Mundial do Refugiado, instituído pelas Nações Unidas e lembrado em 20 de junho, o evento Rio Refugia oferece uma oportunidade para refletir sobre a importância da integração e do apoio aos refugiados, enquanto une a integração cultural com a geração de renda e o fomento, além de valorizar a força e resiliência das pessoas em situação de refúgio.

Organizado pelo Sesc RJ, Abraço Cultural, PARES Cáritas RJ e Feira Chega Junto, com apoio do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), esta edição acontece no SESC Tijuca, na zona norte do Rio, nos dias 22 e 23 de junho, das 10h às 18h.

A realização do evento em dois dias é uma das novidades deste ano e visa ampliar o impacto e alcance das atividades oferecidas. As edições anteriores contaram com uma média de público de 6 mil pessoas, prestigiando atrações como gastronomia, artesanato, música e dança, além de oficinas para quem deseja ter um contato ainda mais próximo com outras culturas. Entre as nacionalidades representadas no Rio Refugia deste ano estão: Venezuela, Angola, Nigéria, Síria, Colômbia e República Democrática do Congo.

“Tanto o público que participa do evento quanto as pessoas que fazem o Rio Refugia - destes, cerca de 70 refugiados e imigrantes - experimentam um dia de afeto e trocas potentes, evidenciando de forma celebrativa os resultados positivos do acolhimento de pessoas em situação de refúgio. Para mim, participar da organização do evento há 8 anos significa, além de fomentar a visibilidade da causa, é também uma forma de incentivar a quebra de estereótipos, promover a diversidade cultural e valorizar os saberes e fazeres da comunidade refugiada”, comenta Roberta Sousa, diretora de comunicação da Abraço Cultural.

Oportunidade de integração

Segundo dados da organização do Rio Refugia, cerca de 65% dos empreendedores refugiados e oficineiros consideram o Rio Refugia como uma ótima oportunidade de estabelecer novas conexões e apresentar seu trabalho para outras pessoas e instituições. Além disso, o evento é apontado por metade dos expositores como o mais rentável do ano e 75% deles declaram que as atividades representam um momento importante para sua valorização pessoal e cultural.

O venezuelano Jesus Javier Rodriguez Villalobos, que encontrou na culinária da terra natal uma forma de se manter no Brasil, é um dos empreendedores confirmados no evento. “O Rio Refugia para mim é um evento de muitas emoções encontradas, como o orgulho de representar a gastronomia da minha terra, mas também fico feliz de compartilhar com outros colegas de vários cantos do mundo que passam por situações difíceis. Além disso, o evento também representa uma oportunidade de renda muito bem remunerada para todos nós, empreendedores em refúgio”.

“Além de celebrar a resiliência dos refugiados, o Rio Refugia destaca a importância dos direitos humanos e do desenvolvimento social, reafirmando o compromisso do Sesc RJ com a inclusão e a justiça social. O evento promove a inclusão social, fomenta a solidariedade e estabelece parcerias importantes, fortalecendo a rede de apoio aos refugiados. A cooperação com o ACNUR – ONU fortalece ainda mais esse compromisso, combatendo a xenofobia e o racismo, e contribuindo para uma sociedade mais justa e diversa”, completa Daniel Moura, Analista de Projetos Sociais do Sesc RJ.

Refúgio no Brasil e no Mundo

Segundo dados divulgados neste mês de junho pelo ACNUR, o mundo tem atualmente 120 milhões de pessoas em situação de deslocamento forçado, sendo que 43,4 milhões são consideradas refugiadas, incluindo aquelas que buscam proteção internacional - porque foram obrigadas a deixar seus países de origem por perseguições ou conflitos armados. No Brasil, de acordo com informações do governo federal, há 143.033 pessoas reconhecidas como refugiadas no país. 

Luciana Queiroz, diretora de comunicação do PARES Cáritas RJ, lembra ainda que o Dia do Refugiado é uma data importante de reflexão sobre a realidade de milhões de pessoas que são obrigadas a sair de seus países, deixando tudo para trás, porque enfrentam uma situação de ameaça à própria vida. Essas pessoas desejam apenas recomeçar e contribuir com os países que as acolhem.

“O Rio Refugia é um evento de enorme importância para a Cáritas RJ, porque é uma oportunidade não apenas de falar sobre o tema, como também de promover um encontro entre brasileiros e pessoas refugiadas, estimulando o conhecimento de outras culturas, a empatia e trocas valiosas. É uma grande festa, que celebra e valoriza a potência, os talentos e a capacidade de reinvenção das pessoas refugiadas”, ressalta.

 

Rio Refugia 2024
Data
: 22 e 23 de junho de 2024
Horário
: Das 10h às 18h 
Local
: Sesc Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)

18 de junho de 2025
A Sala José Cândido de Carvalho abre, com uma recepção para convidados na terça-feira, 17 de junho, a partir das 18h, a exposição Criaturas de Lucia Costa. Com curadoria de Desirée Monjardim, a mostra, que fica em cartaz até 15 de agosto, explora a inquietante estranheza perturbadora constituinte e escondida do eu através de formas retiradas de moldes de roupas. Carioca, mas niteroiense por adoção, Lucia Costa nasceu em 1961 e é artista visual multimídia há mais de 20 anos. É formada em Design de Interiores (2013) pela Arquitec Escola de Arte e Design de Campinas-SP e Estilismo (1996) pela Escola de Moda Cândido Mendes no Rio de Janeiro. A artista vem participando de exposições no Brasil e no exterior, com trabalhos em diversas coleções particulares. Participou na exposição coletiva na Pinacoteca de Luxemburgo como finalista do Luxembourg Art Prize 2018, recebeu Menção Honrosa no ART MATTERS 3 da Galerie Biesenbach em Colônia (Alemanha) e foi selecionada na 14 a Grande Exposição de Arte BUNKYO em São Paulo (Brasil). Em suas obras - sejam elas pinturas, desenhos, fotocolagens, esculturas em papel ou instalações - encontramos volumes, blocos de cor, geometrização de formas e visões espaciais particulares… em uma linguagem influenciada principalmente pelo Construtivismo. Na sua pesquisa artística explora as memórias, os afetos e as afinidades escondidas nas paisagens imaginárias criadas através de volumes de cor em diversos materiais e técnicas. A artista tem trabalhos em coleções particulares no Brasil e exterior, em cidades como Pavia (Itália), Luxemburgo, Barcelona, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Criaturas, por Cristiane Geraldelli Simulacro, avatar, alter ego. São muitas as possíveis vias pelas quais podemos chegar às Criaturas libertadas por Lucia Costa. Apresentando seres que flutuam entre o estranho e o familiar, o conceito de unheimlich de Freud - uma inquietante estranheza perturbadora constituinte e escondida do eu - parece aqui encontrar uma imagem e encarnar um corpo. Brincando com as sete cores do arco-íris essas Criaturas buscam uma identidade própria. Saem de brechas pictóricas para incorporar formas físicas, relações espirituais ou fantasmagóricas e, a princípio, desorientam qualquer tentativa natural de alteridade com o espectador. Suscitam porém uma identificação indireta através da operação pela qual foram criadas: formas retiradas de moldes de roupas, costuradas em modelagens e escalas alteradas, que ao invés de nos vestir, tornam-se a própria pele de cada novo ser-espelho. De maneira ainda mais pungente, a artista busca dar continuidade à dimensão da interioridade já existente em suas investigações pictóricas com a paisagem emocional. Como corpos deformes, estes dispositivos reflexivos explicitamente disponíveis para serem preenchidos de significados, 'vestem' outros corpos ou 'absorvem' outras identidades em suas mais adversas emoções. Cristiane Geraldelli é pesquisadora e orientadora em artes visuais Serviço Exposição 'Criaturas', de Lucia Costa Curadoria: Desirée Monjardim Assistente de curadoria: Lina Ponzi Abertura: 17 de junho de 2025, às 18h Visitação: até 15 de agosto de 2025 - 2ª a 6ª, das 9h às 17h Classificação indicativa: Livre Entrada Gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho Rua Presidente Pedreira, 98. Ingá, Niterói – RJ
16 de junho de 2025
A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura e Utopias, promove o segundo Festival de Cinema e Política, no Cine Henfil, no Centro. A programação, que acontecerá em dois fins de semana – entre os dias 19 e 29 de junho, terá debates sobre o tema com diversos convidados especiais para debater filmes que abordam diferentes perspectivas da política no audiovisual. A seleção da programação e dos convidados, capitaneada pelo secretário de Cultura e das Utopias, Sady Bianchin, busca valorizar acervos e histórias sobre movimentos políticos, ditaduras, lutas por liberdade e revolução. Antes de cada exibição, serão realizadas mesas de debate com cineastas e especialistas sobre os temas em pauta. Para Sady Bianchin, o 2º Festival de Cinema e Política reforça a missão do Cine Henfil que, por meio da arte e da cultura, torna acessível conhecimentos importantes para a população, em direção à transformação social. “O cinema vai além dos limites de contar histórias que a sociedade quer esquecer: o audiovisual como arte aliada à política ilumina o cotidiano da nossa realidade como uma fúria utópica revolucionária”, enfatiza Sady, que também é ator e diretor de teatro. Toda a programação do Cine Henfil é gratuita. Com o intuito de facilitar o acesso do público, há um sistema de bilheteria totalmente online e automatizado. Para garantir o ingresso, basta entrar no link www.cinehenfil.art.br, escolher o filme e reservar o assento. Filmes e debates A mesa de abertura do Festival será na quinta-feira (19/06), às 17h30, com o tema “Cinema e Política”, com as presenças de Sady Bianchin, do cartunista e diretor-executivo do CECIP, Claudius Ceccon, do coordenador de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Janelson Ferreira, e da cineasta Tetê Moraes. Em seguida será exibido ‘O Sonho de Rose’, premiado documentário da diretora, que narra a luta do MST pela reforma agrária e é um importante retrato da situação das famílias sem-terra nos anos 1980. Na sexta-feira (20), os diretores Léo Edde, Zeca Brito e Ana Abreu (também coordenadora de Audiovisual da Secretaria de Cultura e Utopias) e a produtora-executiva Mariana Marinho compõem a mesa “Política do Audiovisual Brasileiro”, que discutirá a democratização da produção audiovisual no país. Após o debate, o filme exibido será ‘Legalidade’, do gaúcho Zeca Brito. O longa, premiado internacionalmente, retrata momentos marcantes da campanha de Leonel Brizola em defesa da democracia em 1961. No sábado (21), o jornalista Cid Benjamin, a documentarista Susanna Lira e o diretor Guto Neto comandam a mesa “Arte contra a Barbárie”. Depois da discussão, é a vez da exibição de ‘Nada sobre meu pai’. O filme acompanha a busca da diretora pela história de seu pai, um jovem guerrilheiro equatoriano que lutou contra a ditadura no Brasil, e que ela não conheceu. Para fechar a primeira semana do festival, no domingo (22) a mesa “Cinema, Sociedade e Ideias” convida o público para debater sobre roteiros e produções de vanguarda, com a presença dos cineastas Neville D’Almeida e Ruy Guerra, e da coordenadora da Maricá Filmes, Ana Rosa Tendler. Em seguida, serão exibidos dois filmes de Neville: o curta ‘Primeiro Manifesto da Cultura Negra’ e o longa ‘Bye Bye Amazônia’. O evento será retomado na sexta-feira (27/06) com a mesa “Cinema, Religião e Política”, que terá as participações especiais de Frei Betto, do prefeito Washington Quaquá e do secretário de Assuntos Religiosos, Sergio Luiz de Sousa. Após o debate, será exibido o filme ‘Batismo de sangue’, dirigido por Helvécio Ratton, baseado no livro homônimo de Frei Betto, vencedor do prêmio Jabuti. No sábado (28), o tema da mesa será “Cinema e Memória Social”, com participações da documentarista Paula Sacchetta, da gerente de projetos da Secretaria de Cultura e das Utopias, Isis Macedo, da gerente da Incubadora de Inovação Social em Cultura, Mariana Figueiredo, e do professor e pesquisador Beto Novaes (UFRJ). O filme ‘Verdade 12.528’, dirigido por Sachetta, será exibido após a conversa. O documentário trata da importância da Comissão Nacional da Verdade, por meio de depoimentos de vítimas da repressão, ex-presos políticos e outras pessoas afetadas pela ditadura militar entre 1964 e 1985. O encerramento do Festival será no domingo (29/06) com a mesa “Cinema, Política e Contemporaneidade”, com as presenças ilustres da jornalista Hildegard Angel (filha da estilista Zuzu Angel), de Sérgio Rezende, diretor do filme ‘Zuzu Angel’ – cuja exibição fechará a programação -, e do professor Francisco Carlos Teixeira (UFRJ). Serviço: 2º Festival de Cinema e Política Data: De 19 a 29 de junho Local: Cine Henfil (Rua Alferes Gomes, 390 – Centro) Horário: Sempre a partir das 17h30 Programação: ● Quinta-feira, 19 de junho 17h30 – Abertura do evento com a Secretaria de Cultura e das Utopias de Maricá e o CECIP Mesa: “Cinema e Política” — com Sady Bianchin (mediador), Claudius Ceccon, Janelson Ferreira e Tetê Moraes 19h – Filme: O sonho de Rose (Tetê Moraes, 1997) ● Sexta-feira, 20 de junho 17h30 – Mesa: “Política do Audiovisual Brasileiro” — com Léo Edde, Zeca Brito, Mariana Marinho e Ana Abreu (mediadora) 19h – Filme: Legalidade (Zeca Brito, 2019) ● Sábado, 21 de junho 17h30 – Mesa: “Arte contra a Barbárie” — com Cid Benjamin, Lorena Leal (mediadora), Guto Neto e Susanna Lira 19h – Filme: Nada sobre meu pai (Susanna Lira, 2023) ● Domingo, 22 de junho 17h30 – Mesa: “Cinema, Sociedade e Ideias” — com Neville D’Almeida, Ruy Guerra e Ana Rosa Tendler (mediadora) 19h – Filmes: Primeiro Manifesto da Cultura Negra (1984) e Bye Bye Amazônia (2023), ambos de Neville D’Almeida ● Sexta-feira, 27 de junho 17h30 – Mesa: “Cinema, Religião e Política” — com Frei Betto, Marcela Giannini (mediadora), Sergio Luiz Souza, Sady Bianchin e Washington Quaquá 19h – Filme: Batismo de Sangue (Helvécio Ratton, 2007) ● Sábado, 28 de junho 17h30 – Mesa: “Cinema e Memória Social” — com Paula Sacchetta, Isis Macedo (mediadora), Mariana Figueiredo e Beto Novaes 19h – Filme: Verdade 12.528 (Paula Sacchetta, 2013)  ● Domingo, 29 de junho 17h30 – Mesa: “Cinema, Política e Contemporaneidade” — com Hildegard Angel, Francisco Carlos Teixeira e Sergio Rezende 19h – Filme: Zuzu Angel (Sérgio Rezende, 2006)