10 de maio de 2022

Reserva Cultural apresenta a mostra individual de Icléa Eccard

“Para um Lugar Suspenso”

Depois de uma longa trajetória que inclui passagens pelas artes gráficas, música, gravura e escultura e após longa jornada de exposições coletivas e individuais, a artista Icléa Eccard ocupa a Galeria Reserva Cultural com seu projeto mais recente: a mostra Para um lugar suspenso. Realizada pela Eixo Arte Contemporânea com curadoria de Vilmar Madruga, a mostra estará aberta ao público até o dia 19 de junho. Para o curador Icléa ultrapassa o lugar fixo da escultura, mantendo fresco seu caráter criativo e experimental. O projeto da mostra foi desenvolvido especialmente para o espaço do Reserva, a partir de uma experiência que a artista fez há alguns anos com telas de arame e limalha, pequenas sobras de alumínio de tamanhos e formatos diversos.


Visitação: Diariamente até o dia 19 de junho, das 12h às 22h.

GALERIA RESERVA CULTURAL

 Av. Visconde do Rio Branco, 880 – Niterói/RJ


A mostra


Uma tela de arame suspensa ocupa o espaço expositivo. Nela são capturados fragmentos de limalha. A teia que se forma ou mesmo os elementos ali pousados, não aparecem para cumprir nenhuma vocação para o repouso absoluto. Há uma espécie de tensão percorrendo a zona ocupada estabelecida pelo jogo que a matéria tece ao redor de si mesma. Sua suspensão no ambiente e o fato de estar tão ao alcance do público é inquietante sem, contudo, perder a leveza. Em sua infância em Itaocara, Icléa Eccard costumava observar a trajetória dos insetos enfileirados, muitos deles carregando suas presas. Admirava o rastro que deixavam pelo caminho. O som que alguns corpos voadores compunham no ar. Mais tarde, durante o ofício da escultura ela própria se surpreendeu ao constatar que depois de dobrar imensas chapas de ferro eram estes seres que lhe pediam passagem. Na obra de Louise Bourgeois a aranha aparece como uma imagem mitológica, arquetípica, um símbolo da matre e da psique feminina. A teia de Icléa, no entanto, não está isolada. Conecta-se ao espaço e sua matéria com ele se articula. Vazios, acúmulos, dobras. Um conjunto de forças oriundo desta cena suspensa se configura diante do olhar como que obedecendo a lógica do instante em que foi criado/tecido. Instante em que este campo expandido toma a sala e nos captura. Apenas pelo olhar. Como já disse certa vez, Icléa ultrapassa o lugar fixo da escultura, mantendo fresco seu caráter criativo e experimental. 


25 de setembro de 2025
O Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, espaço educativo e cultural da Light em Rio Claro, será palco de um grande encontro cultural no sábado, 27 de setembro. O evento ‘Forró do Padroeiro’, gratuito e aberto ao público, começa às 16h e promete unir música, literatura, artes plásticas e contemplação do céu em uma programação diversificada. Programação • 16h – Café de boas-vindas • 16h30 – Abertura da exposição “Cores da Memória”, de Mariane Alves • 17h – Lançamento do livro “Tecidos de Memórias”, de Teresinha da Rocha Pereira, com apresentação de Saulo Soares • 18h – Declamação de literatura de cordel, com Mariane Alves • 18h15 – Show com o grupo Forró Rasta Sandália • 19h – Observação do céu com leitura de poemas • 19h30 – Show com o grupo Forró Rasta Sandália • 20h – Encerramento
25 de setembro de 2025
A Segunda Guerra Mundial é um dos capítulos da história mais bem documentados, com milhares de filmagens, mas sempre há algo a descobrir. Ainda mais com a perspectiva especial, como a apresentada em “Memórias da Segunda Guerra Mundial”, documentário inédito que estreia, com exclusividade, no Curta!, que traz raros registros caseiros do confronto e da vida cotidiana em meio ao caos! A produção integra a programação especial no canal e no streaming CurtaOn - Clube de Documentários que marca os 80 anos do fim da Segunda Guerra. O filme é produzido pela ZED e tem direção de Stéphane Miquel. As memórias esquecidas de vídeos caseiros são resgatadas no documentário a partir dos arquivos de cinegrafistas amadores na Normandia. O cotidiano na costa francesa é registrado antes e durante a Guerra, marcando um contraste claro entre os períodos. A partir dos olhos de cineastas como Robert Dasché, Pierre Le Bihan e Fernand Bignon, e das lentes de suas câmeras 8mm, somos apresentados aos sorrisos e a vida pacata da Normandia, tomada por banhistas no verão. Logo, as filmagens seriam mais discretas, capturando a tensão e aflição às vésperas do conflito que mudaria a vida dos cidadãos locais e de toda a Europa. “A guerra está de volta, porque um louco quis assim”, afirma um dos anúncios militares filmados colados na parede. O documentário mistura crônicas familiares à história com as raras imagens e contam, em silêncio, o desenrolar da guerra. O confronto não mudou apenas o passatempo dos cinegrafistas amadores que, a partir da ocupação nazista, foram proibidos de filmar, mas de toda a localidade. Cerca de 250 mil homens da região foram mobilizados para o conflito e quase 20 mil civis morreram. “Vamos vencer, pois somos mais fortes”, conclamava um cartaz. As gravações, agora clandestinas, mostram como o cenário e a vida mudaram. Da fresta de suas janelas, com coragem para registrar a história e denúncia da violência, os cinegrafistas revelam como pessoas comuns vivenciaram e sobreviveram à guerra e como elas conseguiam recriar momentos de felicidade em meio ao caos, escombros e olhares de medo. As filmagens incluem cenas do Dia D, que iria libertar a Normandia e a França dos nazistas. Eles gravam a esperança com a chegada dos Aliados e, à sua maneira, celebram e homenageiam memórias felizes. “Memórias da Segunda Guerra Mundial” é uma produção da ZED. O filme também pode ser visto no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro TV+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). A estreia é no dia temático Sextas de História e Sociedade, 26 de setembro, às 23h.