27 de janeiro de 2025

"Poesia a Ferro e Fogo"

Marcelo Rezende abre individual no dia 1º de fevereiro, na Galeria do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto



Em "Poesia a Ferro e Fogo", o artista Marcelo Rezende propõe um olhar particular sobre a arquitetura, a história e a cultura do Brasil. Através de sua obra, ele convida o espectador a um lugar onde a arte não é só uma representação, mas um processo contínuo de reinterpretação e reconstrução dos imaginários de cada um. A Galeria do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto abriga esta exposição individual, que será inaugurada no dia 1º de fevereiro, sábado, das 16h30 às 20h. A visitação segue até 23 de fevereiro, de quarta a domingo, das 16h às 21h, com entrada gratuita.


Com uma trajetória consolidada entre a arte e o design, Marcelo Rezende propõe uma reflexão sobre a urbanidade e a cultura brasileira, utilizando-se de formas e materiais que evocam tanto a memória quanto a transformação. Formado em Design e com estudos em arte na Suíça Alemã e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rezende se coloca como um mensageiro da poética visual, capaz de nos transportar para universos intensos e multifacetados.



A exposição "Poesia a Ferro e Fogo" revela um olhar sobre as periferias, marcadas pela escassez e pela contradição, mas também potentes criadoras de cultura e estética. Trazendo uma crítica à ordem social, o artista revisita o cenário urbano brasileiro através de um trabalho intenso com ladrilhos, gradis e elementos da arquitetura suburbana, criando novas leituras para esses objetos carregados de memória histórica.



Marcelo apresenta em suas obras uma cartografia do imaginário coletivo, onde os espaços sem Estado e sem comando ganham vida através de cores e formas que contestam e reconfiguram a paisagem da cidade. “Em sua pesquisa visual, o artista reconstrói a memória com a força do ferro e do fogo, incorporando o símbolo da luta cotidiana em um campo de ideias onde cada elemento expressa poesia e resistência”, revela o texto crítico de Mario Camargo.



Poesia a Ferro e Fogo


Imaginar é ver sem saber.



Expressar coisas que ainda não podem ser entendidas é função do artista.



O elogio a beleza e a poesia ou mesmo o estranhamento ao conceito do belo é o caminho de Marcelo Rezende.



Formado em Design, estudou arte na Suíça Alemã e com mestres da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, é também produtor de exposições, e toda essa bagagem faz deste artista um experiente mensageiro para nos transportar em universos únicos.



Esta periferia tropical, gerada por muitos sentimentos, fruto de um ambiente contraditório e que serve de espaço de morada dos verdadeiros representantes do povo brasileiro, será o caminho que trilharemos com Marcelo.



No melhor ou pior sentido, estes espaços, são forjados pela escassez, mas conseguem desenvolver uma potência criativa, cultural e estética, capaz de penetrar e influenciar os grandes centros.



Atos gerados por fuzis spray colorem e promovem um paradigma social e incorporam a cidade sua contestação social.



São cidades dentro da cidade, cidades camufladas, poderes e regras paralelas de governos instituídos sorrateiramente. Núcleos onde não existe Estado e comandos são ocultos nos substratos do sistema. Enquanto isto, na superfície, a vida segue, cheia de cores, sabores, sons e potente poética.



Todos estes vetores são desromantizados, desconstruídos e reestruturados artisticamente nesta exposição.



Neste espaço, canteiro de obras, campo das ideias, Marcelo corta a ferro e fogo as grades das janelas e portas suburbanas e fabrica uma nova leitura dos ladrilhos, contadores de história da colonização portuguesa dos nossos casarios.



Sem deteriorar a arquitetura, sem quebrar a marretadas revestimentos e rebocos, Marcelo reconstroem a nossa memória com seus ladrilhos, gradis e com seus Clóvis dos carnavais suburbanos.



Respirar o contemporâneo e processar esta busca das origens, faz Marcelo atravessar a ortogonalidade da arte que promete o que não pode cumprir, e cria dentro de sua impaciência pictórica, uma vertente cartográfica desta reencarnação.



Serviço



"Poesia a Ferro e Fogo" – individual de Marcelo Rezende


Abertura: 1º de fevereiro, das 16h30 às 20h


Visitação: até 23 de fevereiro de 2025


Funcionamento: de quarta a domingo das 16h à 21h


Local: Galeria do Espaço Cultural Municipal Sergio Porto


Endereço: Rua Humaitá, 163 – Humaitá, Rio de Janeiro

29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff