21 de março de 2024

Obras de Ziraldo ganham uma nova dimensão em exposição no CCBB-RJ

O Menino Maluquinho, A Turma do Pererê são criações de Ziraldo que se entrelaçam com a vida de crianças, jovens e adultos. As obras do renomado cartunista brasileiro ganham uma nova dimensão na exposição “Mundo Zira – Ziraldo Interativo”,  até 13 de maio, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ), no Centro do Rio. As criações mantêm o amor pela leitura e a imaginação de gerações de brasileiros, como a artista Barbárie Matos, 27 anos. Conhecida como Artestrangeira, ela se inspirou no quadrinista para seguir carreira, através dos livros que ganhou na infância durante o período de alfabetização.


“Eu passava horas a fio lendo os livros, mas muito mais observando as ilustrações e desenhos dele. Isso foi determinante para que eu decidisse me tornar ilustradora e desenhista também. Iniciei meus estudos sozinha aos 8 anos e busquei de todas as formas me tornar uma artista profissional e graças à arte do Ziraldo, isso foi possível! O ‘ABZ do Ziraldo’ é a obra que tem meu coração e foi um presente da minha mãe. Hoje, após 20 anos, eu ainda as tenho intactas”, contou a fã do artista.


“As ilustrações são plásticas, fluidas, modernas e nostálgicas ao mesmo tempo; isso cria um ar atemporal que contempla não só a criança que me habita, como o meu lado adulto que também cria”, acrescentou. A artesã Juliana Nunes, 49 anos, sabe de cor as frases do “Menino Maluquinho”, seu livro favorito desde a alfabetização.


“Quando criança, achava que Ziraldo eram duas pessoas, uma que escrevia para criança e outra que escrevia para meus pais, no O Pasquim. Todos em casa liam Ziraldo, era como se ele fosse um amigo, um vizinho, alguém muito presente”, lembrou Juliana.


Para ela, Ziraldo inspira pela genialidade e facilidade em passar histórias para o papel, em palavras e desenhos, que fazem o leitor viajar para o mundo imaginário. “Tenho dois livros dele que ficam na minha mesa da sala para serem folheados sempre: Flicts e O Menino Maluquinho, autografado para meu filho, num encontro na Livraria Cultura. É o tesouro da casa”, enfatizou a admiradora.


Daniela Thomas, diretora artística e curadora, destaca a importância do cartunista: “O Ziraldo é um artista impressionante porque ele é amado como artista de gerações e por brasileiros que têm uma relação muito profunda com a obra dele, desde o Pererê nos anos 60 e são infinitos personagens e livros. A gente, do Instituto Ziraldo, sempre tem vontade de que as pessoas possam experimentar a obra dele, mas do tamanho da obra dele, quando a gente faz qualquer tipo de exposição. Então, esta é uma exposição que trabalha o Ziraldo hoje em dia, para os desejos das crianças atuais e essa necessidade de interagir na experiência da visita às exposições e museus, interagir com as obras.


Então, na mostra, a pessoa vai ter, ao mesmo tempo, um deleite para os olhos, porque tem alguns dos desenhos mais lindos que a gente selecionou da obra do Ziraldo, e também você vai interagir com ela de todas as maneiras que a gente conseguiu inventar”, contou.


“Eu acho que ele, Ziraldo, não trata a criança com condescendência. Ele acha que a criança é um ser humano completo, não é menos que um adulto, que tem desejos, tem inteligência, tem perspicácia, tem identidade. Acho que por isso as crianças se identificam muito, porque são respeitadas. Meu pai detesta diminutivo, sabe? Então, para ele, a criança é um ser humano, assim, tão complexo quanto qualquer outro, e as pessoas ficam felizes de se reconhecer nas crianças que ele cria”, destacou a filha de Ziraldo.

Interatividade, arte e tecnologia

Segundo Adriana Lins, diretora do Instituto Ziraldo, “essa é uma exposição para ser imersiva, divertida, dinâmica, indo além da contemplação, convidando o visitante a atuar e fazer parte da brincadeira. Pensando nessa interatividade, voltamos ao vastíssimo acervo do Ziraldo com essa ideia de dar vida ao papel, como estamos fazendo com Flicts, seu primeiro livro infantil, quando o visitante se transforma em um maestro da ‘orquestra das cores’ que compõe a história. Em Mundo Zira, o público é ao mesmo tempo personagem e coautor desse universo ziraldiano”.


A exposição apresenta novidades exclusivas para os cariocas com duas áreas inéditas que enriquecem a experiência do público. A primeira, um mini estúdio, onde os visitantes têm a chance de se verem dentro dos desenhos do cartunista. Já a segunda, um caça-palavras cromático convida a uma busca por frases emblemáticas do escritor, envolvendo os participantes em uma jornada lúdica pela literatura de Ziraldo.


O percurso da exposição incentiva a criatividade e a imaginação, com um design que mescla painéis projetados e artes gráficas, criando uma imersão total no “Mundo Zira”.


Adultos e crianças poderão interagir com o universo fascinante dos personagens, vivenciando de perto histórias inspiradoras da literatura infanto-juvenil brasileira.



Serviço: Mundo Zira – Ziraldo Interativo
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Endereço: Rua Primeiro de Março, nº 66 – 4º andar – Centro, Rio de Janeiro/RJ
Período: 06 de março a 13 de maio de 2024
Funcionamento: Todos os dias, exceto terça-feira, das 9h às 20h.
Ingressos gratuitos: site CCBB Rio

 

27 de outubro de 2025
Como parte da programação do 17º Ciclo de Leituras Encenadas de Niterói, a Sala Nelson Pereira dos Santos recebe, na terça-feira, 28 de outubro, o texto "Mandrágora", original de Nicolau Maquiavel, que conta a história do jovem Calímaco, que se apaixona por Lucrécia, esposa de um homem rico e tolo. Com a ajuda de um intermediário esperto, o jovem se passa por médico e convence o marido a usar uma "poção de mandrágora" em Lucrécia, com a desculpa de aumentar sua fertilidade, mas com o aviso de que o primeiro homem que tiver relações com ela após ingerir a poção morrerá. Lucrécia, então, é convencida por frei Timóteo a consumar o ato adúltero, e, no momento em que é revelada a verdadeira identidade de Calímaco, ela concorda finalmente em tornar-se sua amante. Após a noite do engano, Calímaco, desta vez fazendo-se de médico novamente, consegue do marido, satisfeito com a futura paternidade, autorização para habitar sua casa. Serviço 17º Ciclo de Leituras Encenadas de Niterói - Mandrágora Datas: Terça-feira, 28 de outubro de 2025 Horário: 19h30 Duração: 45min Classificação indicativa: Livre Entrada Gratuita (sem ingresso) | O teatro abre 30 minutos antes do início do espetáculo Local: Sala Nelson Pereira dos Santos End: Avenida Visconde do Rio Branco, nº 880, Niterói
27 de outubro de 2025
Sucesso de público, o Manga Festival é um dos destaques da agenda em Paraty. A segunda edição vai acontecer na sede do Instituto Manga, em Paraty, no Rio de Janeiro, nos dias 30, 31 de outubro e 1º de novembro. Pelo segundo ano consecutivo, a Mostra Fotográfica “Territorialidades Daqui” é o destaque do evento. Na abertura da exposição, o festival irá mobilizar outras expressões artísticas da cultura tradicional e contemporânea presentes na localidade. A programação é gratuita, e aberta ao público de todas as idades. O Manga Festival faz parte do programa de desenvolvimento regenerativo do território, criado pelo Instituto Manga, como explica a gestora executiva da entidade, Mírian Machado. “O evento pretende destacar e celebrar as expressões de uma cultura constituída através do encontro de moradores de Paraty. A mostra fotográfica reúne imagens que refletem as raízes, os saberes e a vida cotidiana dos bairros da Ilha das Cobras e do Parque da Mangueira – representações da cultura tradicional, caiçara e contemporânea do nosso território. Colaborar com a preservação dessa riqueza esclarece as forças moventes desse estudo, além da realização desse objeto de estudo, também chamado festival”, ressalta Mìrian. Dentre as atrações da 2ª edição do Manga Festival, a abertura da Mostra Fotográfica “Territorialidades Daqui” é a mais aguardada pelo público, e será revelada no dia 1º de novembro, às 10h. A exposição vai apresentar fotos selecionadas por meio de convocatória pública que representam os bairros da Ilha das Cobras e do Parque da Mangueira. O Instituto Manga, entidade responsável pela iniciativa, buscou mapear, por meio de imagens, expressões da cultura tradicional presentes nessas localidades. A mostra vai ocupar os muros e as fachadas da rua em que a sede da entidade fica situada. Um dos objetivos da exposição é colaborar com a preservação da memória coletiva, sua ancestralidade e importância. A programação tem início, no dia 30 de outubro, com um desfile dos integrantes da Escola Municipal Parque da Mangueira pelas ruas do bairro. Durante o trajeto, os participantes vão contando a história do local. Nesse mesmo dia, será realizado o “Tombamento Afetivo” do pé de manga, árvore símbolo do lugar e referência ao nome do bairro. No dia seguinte, 31 de outubro, acontece uma homenagem ao Mestre Cirandeiro. Haverá participações de cirandeiros e grupos de ciranda de Paraty. O ponto de encontro será na Praça da Paz, com cortejo até a Rua Prefeito Benedito Domingos Gama. Já no último dia, em 1º de novembro, acontece a abertura da Mostra Fotográfica “Territorialidades Daqui”. Em seguida, é a vez da comunidade caiçara do Saco do Mamanguá ministrar uma oficina de barreamento de uma casa (maquete) de estique. Oficinas de pipa e de rima também estão na agenda do evento. O encerramento acontece com uma ciranda e rima coletiva com os participantes da oficina.