1 de julho de 2025

O espetáculo “Solidão de Caio F.” volta ao cartaz no Teatro Glauce Rocha

Com direção de Alexandre Mello, a obra homenageia o escritor Caio Fernando Abreu em uma reflexão sobre a solidão, a morte e a busca pelo amor nas metrópoles




A busca pelo amor verdadeiro nas grandes metrópoles e a poesia extraída da dor de se sentir só permeiam os textos do jornalista, dramaturgo e escritor gaúcho Caio Fernando Abreu(1948-1996), que deixou umaextensa obra, composta por contos, romances, novelas e peças teatrais.Com direção de Alexandre Mello e roteiro de Hilton Vasconcellos,o espetáculo “Solidão de Caio F.”põe um foco nesse recorte ao unir dois contos do autor sobre o tema (“Uma praiazinha de areia bem clara, ali, na beira do sanga”e “Dama da Noite”), além de cartas escritas entre 1987 e 1990.Depois de duas temporadas com elogios de público e críticos, a peça volta ao cartaz, dia 5 de julho, no Teatro Glauce Rocha, no Centro. Em cena, imagens que evocam uma época de homofobia explícita por conta da desinformação sobre a Aids e agrande dor existencial desta geração que viveu o golpe militar e a decadência das artes e da cultura no país. O projeto conta com apoio do Programa Funarte Aberta.


Na trama, um único homem, o escritor, desdobra-se em dois personagens, que estão em um mesmo ambiente, mas não se encontram, por pertencerem a contos diferentes. Os atores Hilton Vasconcellose Rick Yates são cérebro e coração do autor, num mesmo espaço-tempo,contracenando indiretamente. Quando um é autor, o outro é personagem e vice-versa. A encenação optou por explorar uma imagem bastante popular da famosa tela de Van Gogh, que retrata seu quarto, como suporte para a cena de Caio F. Os personagenshabitam esse mesmo quarto, onde suas memórias e impressões do mundo e da vida se expressam através das imagens daqueles tempos.


“Este monólogo-tributo foi escrito durante a pandemia, quando apalavra de Caio parecia “gritar pelos cantos’’. Suas crônicas e cartas nos anos 1990 denunciavam aignorância em torno de um vírus, também desconhecido, e desmascaravam a covardia dos que usavam a epidemia para impor o ódio e o preconceito. O universo de Caio é o mesmo dos que insistem em continuar, dos que tentam não sucumbir às mazelas diárias”, descreve Hilton Vasconcellos que, em 2012, ficou oito meses em cartaz na peça “Homens de Caio F.”, dirigida por Delson Antunes. “As palavras de Caio parecem ter sido feitas para as ações que nascem no coração. Tudo ali é à flor da pele e nos emociona. O que é descritivo nos seus textos é cinematográfico, gerando imagens que ativam todos os nossos sentidos. Minha paixão pela obra dele é de longa data”, acrescenta Rick Yates. 


Caio Fernando Abreu é um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos. Se estivesse vivo completaria 77 anos em 2025. Inovador, Caio F imprimia em seus contos uma narrativa cinematográfica, detalhada, delicada e ácida. O autor integra uma geração que vai dos hippies, passando pelos “punks” e “clubbers”,e acaba devorada pela Aids nos anos de 1980/90. Seus contos têm imagens potentes, são histórias cinematográficas da solidão de seus personagens na selva urbana. “Caio surge como autorsob a censura moralista da decadente ditadura militar no Brasil. Embarca numa espiral de afã por liberdade e justiça, amor livre e luta contra a homofobia, mas sua obra segue uma “via negativa”. Seus personagens são anti-heróis urbanos, “loosers”. A obra de Caio F. responde com sensibilidade à demanda de liberdade de seu tempo e continua atualíssima”, reforça Alexandre Mello



Serviço:


Espetáculo: Solidão de Caio F

Temporada: de 5 a 27 de julho

Teatro Glauce Rocha: Av. Rio Branco, 179 - Centro, Rio de Janeiro – RJ

Dias e horários: sextas e sábados, às 19h, e domingos, às 18h

Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada).

Lotação: 204 lugares

Duração: 55 minutos

Classificação: 12 anos

Venda de ingressos: No Sympla(https://www.sympla.com.br/produtor/solidaodecaiof) e na bilheteria do teatro. Horário de funcionamento: de quarta a domingo, das 14h às 19h.



15 de agosto de 2025
Nesta sexta-feira (15), a partir das 18h, o público de Niterói poderá prestigiar mais uma edição do projeto Arte na Rua, que desta vez recebe a talentosa cantora Ritah Mansur para uma apresentação especial na Rua Ator Paulo Gustavo, esquina com a Rua Lopes Trovão, em Icaraí. Com um repertório repleto de canções marcantes, interpretadas com sua voz potente e carisma único, Ritah promete encantar e emocionar quem passar pelo local, transformando o espaço urbano em um verdadeiro palco a céu aberto. O projeto Arte na Rua é uma iniciativa da Prefeitura de Niterói, por meio da Fundação de Arte de Niterói (FAN), que busca levar cultura, arte e entretenimento de qualidade para todos, democratizando o acesso e valorizando os artistas locais. A apresentação é gratuita e aberta ao público. Basta chegar e aproveitar um fim de tarde de boa música e convivência. Ritah Mansur é uma cantora e intérprete com expressiva trajetória no cenário musical de Niterói e Rio de Janeiro, especialmente na Música Popular Brasileira (MPB) com forte influência do jazz. Ela iniciou a carreira na Europa, apresentando-se por cerca de três anos em países como França, Suíça, Áustria, Itália, Dinamarca, Alemanha e Bélgica. A cantora atuou em centros culturais, casas de jazz e companhias folclóricas. De volta ao Brasil, se apresentou intensamente em Niterói e no Rio, levando sua voz a espaços como Mistura Fina, Casa de Cultura Laura Alvim, People, Bistrô do MAC, e outros. Serviço: Data: 15 de agosto (sexta-feira) Horário: 18h Local: Rua Ator Paulo Gustavo c/ Rua Lopes Trovão – Icaraí Entrada franca
14 de agosto de 2025
Como parte do projeto Contos na Varanda, o Centro Cultural Paschoal Carlos Magno recebe no sábado, 16 de agosto, às 11h, uma contação de história baseada no infantil 'Monstro Rosa'. A contação da história 'Monstro Rosa' é adaptada e narrada pela atriz Tati Quadros, com direção do artista visual Alessandro Boschini. 'Monstro Rosa' é o primeiro livro da premiada autora e ilustradora espanhola Olga de Dios. Seu trabalho consiste no tratamento lúdico e delicado de temas como a diversidade, a igualdade de gênero e a aceitação de identidades diferentes das normativas, o respeito ao meio ambiente, o consumo responsável e a livre divulgação da cultura. Num mundo monocromático, surge Monstro Rosa, uma figura única e vibrante que, ao buscar aceitação, revela a beleza das diferenças. Esta narrativa sensível explora temas de identidade e amizade, inspirando uma reflexão sobre a verdadeira essência da felicidade, só possível através de um mundo diverso. Serviço Contos Na Varanda: Monstro Rosa Data: Sábado, 16 de agosto de 2025 Horário: 11h Duração: 30min Classificação indicativa: Livre Entrada Gratuita  Local: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno - Varanda End: Campo de São Bento - Entrada pela Rua Lopes Trovão