10 de junho de 2024

MAC Niterói aborda jornada pela busca ancestral dos Guarani

Esta série inédita mergulha nas raízes ancestrais do povo Guarani, através das lentes do fotógrafo Daniel Sul. A exposição fotográfica Yvy Marãey - A Terra sem Males estará em exibição de 08 de junho a 04 de agosto de 2024
 
"Yvy Marãey", que significa "busca pela terra sem mal", é o tema central da mostra, que aborda a cultura e mitologia do grupo Guarani Mbya, a partir de uma investigação visual voltada para a Aldeia Mata Verde Bonita. A curadoria é do direor do MAC, Victor de Wolf.
 
A mostra contará, em sua abertura, no sábado, 8 de junho, a partir das 10h, com uma singular programação. A partir das 11h, o Aldeamento do MAC com artesanato indígena e roda de conversa no mezanino; e, na praça do museu, apresentação do Coral Guarani da Aldeia Mata Verde Bonita, celebrando a tradição e a contemporaneidade da música indígena brasileira, às 12h30.
 
Os Guaranis, o maior povo indígena do Brasil e a maioria entre os indígenas aldeados no Rio de Janeiro, têm percorrido vastas distâncias em busca dessa utopia por mais de 2 mil anos. Esta busca é um traço distintivo de seu povo, marcada pela esperança e resiliência. Atualmente, muitas comunidades Guarani no Brasil têm lutado para recuperar pequenas parcelas de suas terras ancestrais, enfrentando terríveis consequências sociais devido à perda da maior parte de seu território.
 
A Aldeia Mata Verde Bonita, situada em Maricá, é o cenário e a inspiração para a criação da mostra. Sob a liderança da Cacica Jurema, filha de D. Lidia, essa comunidade de aproximadamente 200 moradores mantém viva a tradição e a cultura Guarani. Após perderem suas terras na cidade de Niterói, o grupo estabeleceu-se no bairro de São José, na cidade de Maricá, com apoio da prefeitura local e busca pela demarcação da terra que ocupam há mais de 10 anos.
 
Como uma iniciativa do instituto Terra Verde, a exposição busca trazer visibilidade e fortalecimento à diversidade cultural e à presença Guarani nas terras fluminenses, em resposta ao apagamento e silenciamento de sua cultura e história.
 
"Ao optar por dar visibilidade à questão indígena através das Artes Visuais, partimos do princípio de que as pessoas só respeitam, defendem e protegem o que conhecem. Partimos, também, da certeza de que uma exposição fotográfica, com conteúdo e qualidade técnica e artística, mostrando a realidade de indígenas que habitam as terras fluminenses, pode ter um grande alcance, fazendo com que um enorme número de pessoas passe a conhecer e a defender a cultura, o direito à terra e a vida desses povos", afirma Leonardo Brandão, presidente do Instituto Terra Verde.
 
A exposição conta com a participação da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, por meio da Lei Paulo Gustavo, além do apoio da Secretaria Municipal das Culturas, da Fundação de Arte e da Prefeitura de Niterói.
 
Sobre Aldeia Mata Verde Bonita - Há mais de 10 anos, a Aldeia Mata Verde Bonita (Tekoa Ka'Aguy Hovy Porã), do povo Guarani Mbya, está estabelecida no bairro de São José, na cidade de Maricá - RJ, em uma área de 93 hectares cedida pela Prefeitura da cidade em 2013. Desde então, a comunidade Guarani se organiza socialmente, construindo suas moradias, sua casa de rezo e seu cemitério. Ao longo desse período, várias crianças nasceram na aldeia que conta atualmente com cerca de 200 moradores. No entanto, a comunidade está constantemente ameaçada por interesses privados, especialmente devido à falta de titulação de sua terra. Essa situação já resultou em eventos preocupantes, como um incêndio criminoso ocorrido em fevereiro de 2019, que por pouco não atingiu algumas casas da aldeia. Esta situação é parte de um histórico de pressão enfrentada pelos indígenas, que em 2013 foram convidados a se mudarem para Maricá, após terem sido pressionados pela especulação imobiliária a deixarem a área onde viviam há sete anos, no valorizado bairro de Camboinhas, na cidade de Niterói.
 
Sobre o Instituto Terra Verde - O Instituto Terra Verde, uma organização social sem fins lucrativos sediada em Niterói/RJ, tem se dedicado nos últimos 6 anos ao desenvolvimento de projetos audiovisuais voltados para a cultura dos povos originários. Sua missão central é a defesa e promoção dos direitos dos povos originários, com especial ênfase de atuação no Rio de Janeiro e no Acre. Dentro de uma lógica de parceria e colaboração, o instituto assegura o protagonismo das comunidades e lideranças indígenas. Em parceria com a Associação da Aldeia Mata Verde Bonita e o Instituto Nhandereko, o Instituto Terra Verde está alinhando ações de comunicação e proteção e defesa de direitos em conjunto com as lideranças indígenas Guarani Mbya. 

 
Serviço
 
Exposição Yvy Marãey - A Terra sem Males 
Abertura com Coral Guarani da Aldeia Mata Verde Bonita 
Data: 08 de junho, sábado, a partir das 10h 
Entrada Gratuita
 
Visitação: De 08 de junho a 04 de agosto de 2024 
Horário: Terça a domingo, das 10h às 18h; Entrada até 17h30. (Incluindo feriados) 
Classificação indicativa: Livre 
Ingressos: R$16,00 inteira / R$8,00 meia

 

29 de junho de 2025
Neste domingo, 29/06, o Solar do Jambeiro se transformará novamente em um reino de magia, com contação de histórias, oficinas criativas, teatro e personagens encantados. Sinta um pouquinho da magia da segunda edição do Jambeiro Encantado, que segue acontecendo sempre no último domingo de cada mês no jardim do Solar do Jambeiro no Ingá em Niterói.  O Jambeiro Encantado tem muita música, teatro, oficinas ao ar livre e muitas outras atividades e atrações em uma manhã super especial. Leve um repelente e uma garrafinha de água para aproveitar ao máximo essa aventura e ajude o Banco Municipal Herbert de Souza trazendo 1kg de alimento não-perecível. JAMBEIRO ENCANTADO Domingo | 29/06 | 9h às 13h Classificação livre Evento Gratuito Solar do Jambeiro R. Presidente Domiciano, 195, Ingá, Niterói
26 de junho de 2025
 Pouca gente sabe que a construção da Ponte Rio-Niterói envolveu acordos internacionais, presença da realeza britânica e até inspirou sambas e canções românticas. É justamente essa narrativa multifacetada que o público poderá conhecer de perto na exposição Ponte Rio-Niterói: uma Ponte entre Histórias, em cartaz no Memorial Ponte Rio-Niterói, na Ilha da Conceição, em Niterói, e faz parte do acervo permanente do espaço que está aberto ao público gratuitamente. Resultado de uma profunda pesquisa histórica e curadoria em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), a mostra reúne documentos originais, objetos curiosos e conteúdo audiovisual, compondo um retrato completo da construção da Ponte que mudou o eixo urbano do estado do Rio de Janeiro. Um dos grandes destaques é a réplica de um documento inédito, resultado do acordo comercial assinado entre Brasil e Inglaterra para garantir o financiamento da obra. Com esse tratado, o governo brasileiro conseguiu o empréstimo necessário para iniciar os trabalhos. O documento é exibido ao lado de imagens históricas da visita da Rainha Elizabeth II ao Brasil, ocasião em que a pedra fundamental da Ponte foi inaugurada. A exposição também traz um acervo audiovisual composto por reportagens da época, vídeos originais e páginas de jornais e revistas dos anos 1960 e 1970. Esse material oferece um panorama não só técnico, mas também cultural, da repercussão da obra na sociedade brasileira. A Ponte também foi fonte de inspiração artística. A trilha sonora da mostra destaca músicas que homenagearam ou mencionaram o patrimônio histórico, como a composição de Pedro Marcílio, o Marcus Pitter, escrita em 1970, antes mesmo da inauguração, e que fala da distância entre dois apaixonados separados pela Baía de Guanabara. Artistas como Jorge Ben Jor, Tom Zé e Seu Jorge também aparecem na seleção musical. No campo dos objetos, há um conjunto de medalhas comemorativas cunhadas para marcar o avanço das etapas da construção, além de uma miniatura detalhada do DKW Candango, o primeiro carro a cruzar oficialmente a Ponte em 4 de março de 1974. O modelo, feito em metal, resina e plástico, exibe adesivos da Ecex (empresa responsável pela conclusão da obra) e do antigo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), e chama atenção pelo acabamento em tinta automotiva laranja. Cumprindo seu compromisso com a acessibilidade, o Memorial oferece uma maquete tátil da Ponte, além de recursos de áudio e vídeo adaptados para visitantes com deficiência visual e auditiva. Acervo digital disponível ao público Além da visita física, a exposição se estende ao ambiente digital. O site oficial do Memorial Ponte Rio-Niterói — www.memorialponterioniteroi.com.br — traz uma entrega inédita que reforça o valor histórico e educativo do projeto, disponibilizando material que anteriormente só poderia ser acessado mediante consulta. Na aba ACERVO, podem ser encontrados: Fotografias históricas da construção da Ponte (1969–1974); Plantas técnicas originais, organizadas por temas e etapas da obra; Uma compilação de estudos acadêmicos — teses, artigos, livros — produzidos ao longo das décadas sobre a Ponte, abrangendo áreas que vão da engenharia civil à literatura e ao direito. Todo o material foi coletado, digitalizado e estruturado pela equipe do projeto com o objetivo de preservar e democratizar o acesso ao conhecimento sobre um dos maiores símbolos da engenharia brasileira. Serviço Exposição: Ponte Rio-Niterói: uma Ponte entre Histórias Local: Memorial Ponte Rio-Niterói Endereço: Rua Mario Neves, 01 – Ilha da Conceição, Niterói, RJ Período: 16 de abril a 30 de julho Horário de visitação: Terça a sábado, das 9h às 12h e das 14h às 17h Entrada: Gratuita