25 de abril de 2025

Globo 60 anos: livro revela bastidores da primeira sitcom brasileira

A dupla carismática de mecânicos Shazan e Xerife, interpretada respectivamente pelos atores Paulo José e Flavio Migliaccio, chegou às casas brasileiras em janeiro de 1972 pela novela O Primeiro Amor, de Walther Negrão. A popularidade garantiu que os dois ganhassem seu próprio programa: Shazan–Xerife & Cia., que consolidaria um lugar de honra na memória nacional. Primeira sitcom do país, essa história segue viva através do trabalho do pesquisador e escritor Saulo Adami, que reúne informações inéditas sobre o seriado na nova edição do livro Camicleta – Manual dos Proprietários.


Entre as novidades da publicação, estão uma entrevista exclusiva com o criador Walther Negrão e com Marco Antônio Candido, artista plástico filho do cenógrafo Stoessel Candido da Silva, responsável pelo visual das principais invenções da dupla: a bicicleta voadora e a Camicleta. Fotografias inéditas foram incluídas a partir dos acervos pessoais de Paulo José e outros membros da equipe, além de imagens do destino da Camicleta após o fim do programa. A obra ainda conta com relatos de bastidores de profissionais que trabalharam na produção, como o diretor Reynaldo Boury, o sonoplasta Carlos Santa Rita, a atriz Lúcia Alves, o roteirista Eduardo Borsato e os atores Claudio Ayres da Motta, Reynaldo Gonzaga e Fabio Massimo, e a decupagem de 16 episódios da série.


O material reunido é fruto de um processo de 10 anos de apuração de Saulo Adami. Após publicar seu primeiro livro sobre o assunto, Shazan–Xerife & Cia., em 2016, foi contatado por profissionais das produções de Negrão e reuniu mais informações para esta segunda obra, Camicleta – Manual dos Proprietários, em 2022. Apesar da dificuldade em localizar arquivos, o autor teve acesso a materiais indisponíveis até para a própria emissora do seriado. Para conclusão da nova edição, foi fundamental o acervo do pesquisador e doutor em teledramaturgia Mauro Alencar, que inclui episódios preservados do programa, além de imagens e documentos exclusivos.


Com seu motor revisado e pulsante, jogos de pneus recauchutados previamente aquecidos e prontos para retomar o caminho da alegria, Camicleta e eu completamos a nostálgica viagem pela infinita estrada de papel e tinta que pavimentamos desde Nova Esperança, jornada sacolejante e fumacenta que nos levou de volta ao universo ficcional mais apaixonante e aventureiro da teledramaturgia brasileira da década de 1970. (Camicleta – Manual dos Proprietários, p. 32)


Composto por elementos tão variados quanto os da Camicleta, o livro traz críticas da época, ilustrações e uma história em quadrinhos do premiado quadrinista Laudo Ferreira, costurados por um vocabulário repleto do “camicletês” falado no programa, que cunhou termos como “chabu”, “rebimboca da parafuseta” e o milagroso “chá de paripafora”. São comentados, ainda, a recepção e o legado da série, e como ela se insere na produção televisiva do país. Shazan–Xerife & Cia. é pioneira na conquista do público infantojuvenil e é o primeiro spin-off da televisão nacional.


Com 170 livros publicados, Saulo Adami é um pesquisador e editor que também se dedica à memória do cinema e da televisão, sendo autor de outros títulos sobre o universo audiovisual do Brasil e de outros países. Por meio de uma trajetória tão mirabolante quanto a dos atrapalhados inventores, Camicleta – Manual dos Proprietários é um prato cheio para os fãs e leitores ávidos por informações de bastidores. Bem-humorado e afetuoso, o lançamento é mais uma etapa da “memória possível” de Shazan–Xerife & Cia. e uma homenagem à inventividade da televisão brasileira, que completa 75 anos em 2025.


Sobre o autor: Escritor, pesquisador e editor, Saulo Adami nasceu em Brusque (SC) em 1965 e começou carreira na década de 1970. É autor de 170 livros lançados em português, inglês, espanhol e alemão, além de ter escrito, dirigido e produzido peças teatrais, programas de rádio e documentários para vídeo e cinema. Jornalista prático, por mais de 20 anos editou semanários e diários, colaborou com fanzines e revistas sobre cinema e televisão, incluindo Cinemin (RJ) e TV Séries (SP), e manteve um escritório de assessoria de comunicação social para sindicatos operários. Editou mais de 300 livros com os selos S&T e DOM. Desde 2011 mora em Curitiba (PR), onde criou e dirige o selo editorial Estrada de Papel há seis anos, ao lado de sua mulher, a psicóloga paranaense Jeanine Wandratsch Adami.


15 de setembro de 2025
O Brasil se despe de um de seus maiores gênios musicais. O compositor e multi-instrumentista Hermeto Pascoal – referência incontestável da música brasileira e mundial – faleceu aos 89 anos, deixando um legado que atravessa gerações e fronteiras. Diante da notícia, manifestações de pesar tomaram conta das redes sociais, vindas de artistas, autoridades e admiradores que reconhecem em Hermeto uma figura única, inclassificável e revolucionária.  Entre os artistas que homenagearam Hermeto, Caetano Veloso gravou um vídeo em sua conta do Instagram. No registro, lembrou de músicas dedicadas ao mestre e falou sobre sua convivência com ele: “Hermeto é grandeza da música no Brasil, um dos pontos mais altos da história da música no Brasil e que se expôs ao mundo com muita clareza e força. Eu o conheci e botei o nome dele em duas canções minhas, pelo menos, e tive discussão pública com ele. Mas o que importa é a grandeza musical dele”, afirmou Caetano, em tom respeitoso. A cantora Zélia Duncan chamou Hermeto de “mestre absoluto” e o definiu como “o filho preferido da deusa música”, em clara reverência à sua genialidade intuitiva e inventiva. Já a pianista e compositora Leila Pinheiro lembrou da música Chá de Panela, uma parceria com Aldir Blanc que homenageia Hermeto: “Essa canção é uma reverência à genialidade de Hermeto, que sempre nos mostrou como fazer da música uma extensão do próprio espírito.”
14 de setembro de 2025
O RIOgaleão mais uma vez estará presente em uma das principais feiras de arte da América Latina. Na 15ª edição da ArtRio, o espaço destinado ao aeroporto no evento vai reforçar o posicionamento do RIOgaleão como impulsionador da arte e do desenvolvimento do Rio de Janeiro. Entre os dias 10 e 14 de setembro, o estande do aeroporto no Pavilhão Mar será responsável por levar um conceito que conversa com a atuação do RIOgaleão Cargo, o terminal de cargas do aeroporto internacional. O espaço na ArtRio vai reunir uma ativação que será representada por elementos simbólicos do terminal de cargas. Em “Arte em movimento”, o objetivo é promover uma conexão direta com o público a partir de associações práticas e subjetivas. Durante a ativação, o cenário será tela para que, a cada dia, artistas convidados criem pinturas que traduzam o lifestyle carioca ao vivo durante o evento. Após a feira, as obras ficarão expostas no terminal de passageiros do RIOgaleão. Assinam as telas do live painting os artistas visuais Pedro Gomes, Guilherme Kid, Vera Schueler, Bruna Manarelli e Ian Salamente. A presença da marca RIOgaleão na ArtRio reforça seu papel como agente cultural ativo ao valorizar todas as etapas do processo artístico, mostrando que o aeroporto internacional contribui com a criação de uma jornada cultural completa. Além disso, o evento coloca o RIOgaleão como um modal articulador e facilitador para a cultura no Brasil por meio do transporte das obras de arte. “O RIOgaleão é porta de entrada para a arte e a cultura que fazem do Rio uma cidade única. A parceria com a ArtRio reforça nosso compromisso com a economia criativa e com o transporte seguro e eficiente dessas obras que encantam o mundo. Nossa intervenção no evento representa essa conexão viva entre o talento artístico e a Cidade Maravilhosa. Para nós, apoiar a cultura é também impulsionar o futuro do Rio”, destaca Uyara Assis, gerente de Marketing do RIOgaleão. A ArtRio conta a cada ano com mais de 100 colecionadores e curadores de todo o mundo. SERVIÇO RIOgaleão – ArtRio De 10 a 14/09/25 Dias 10, 11 e 12, das 13h às 20h, e dias 13 e 14, das 14h às 20h Mais informações em https://artrio.com/