4 de junho de 2025

Exposição "Santa Intimidade", no Museu Janete Costa de Arte Popular, explora as diversas manifestações do divino na cultura popular brasileira

O povo reinventa e humaniza o sagrado diariamente. Objetos, rituais, práticas cotidianas e artesanato inspiram a mostra "Santa Intimidade", no Museu Janete Costa de Arte Popular, no Ingá, em Niterói. O foco da mostra é explorar como a fé se manifesta de maneira íntima, pessoal e até rotineira. O espaço junta obras de 41 artistas do Brasil e evoca o imaginário popular materializado em 20 divindades, além de um espaço especial para Nossa Senhora. A exposição, oferecida pela Prefeitura de Niterói através da Fundação de Arte de Niterói (FAN), tem curadoria e expografia de Jorge Mendes.


“Arte e fé são duas paixões que costumamos ver juntas. No Brasil, um país cheio de crenças que são passadas há gerações, o sagrado se manifesta de maneiras muito particulares e essa é parte da sua beleza. A mostra ‘Santa Intimidade’ está linda! Fico feliz de ver uma manifestação cultural tão importante ganhando vida no Museu Janete Costa”, celebra o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.


Por meio da escolha de 17 santos populares, três figuras santificadas pela devoção popular — mas não reconhecidas pela Igreja — e uma sala especial dedicada à Nossa Senhora, a exposição celebra a força da fé popular e a capacidade do povo de personalizar o sagrado à sua maneira, tendo-o como companheiro constante na jornada do dia-a-dia.


“ ‘Santa Intimidade’ reforça o compromisso da Fundação de Arte de Niterói com a diversidade das manifestações culturais, uma vez que é uma oportunidade de, através da arte popular, exercitarmos um olhar amplo, que considera as diferenças culturais como um ganho do processo participativo das construções humanas. Afinal, a arte é, sobretudo, oportunidade de diálogo.”, reforçou a presidente da FAN, Micaela Costa.


Com curadoria e expografia de Jorge Mendes, a mostra explora e celebra a riqueza e a diversidade da devoção popular brasileira, evidenciando como a fé se manifesta através de objetos, rituais e práticas cotidianas e como o povo reinventa e humaniza o sagrado, transformando-o em um elemento constante e presente em suas vidas.


“O sagrado é uma experiência pessoal e subjetiva, que pode se manifestar de maneiras únicas e individuais. Cada pessoa tem sua própria forma de se conectar com o divino, seja através de devoções, romarias, procissões, novenas, da utilização de amuletos ou da participação em festas de padroeiros. Neste sentido, o sagrado é um espaço de liberdade e expressão, onde cada um pode encontrar seu próprio caminho para a espiritualidade” – explica Jorge Mendes, reforçando ainda que a fé não só move montanhas, mas também sobe morros, vaga por becos, deságua em mares, desemboca em rios, se encontram nas encruzilhadas e se manifesta nos corpos em festa.


O trajeto expositivo evidencia a devoção popular como um fenômeno complexo e multifacetado, com manifestações de fé expressas pela profunda conexão que as pessoas têm com a religiosidade e a espiritualidade, frequentemente marcadas por uma mistura de elementos culturais, históricos e emocionais.


“Inspirada na maneira como o povo reinventa o sagrado diariamente, a exposição “Santa Intimidade” explora a dimensão do encantamento da sociedade, onde a fé se manifesta em objetos, rituais e práticas que permeiam a vida cotidiana”, conclui Daniela Moraschini, diretora do museu.


SERVIÇO:



Exposição “Santa Intimidade”

Visitação: até 28 de setembro

Horário: Terça a domingo, de 10 às 17h

Entrada: Gratuita

Classificação: Livre

Local: Museu Janete Costa de Arte Popular

Endereço: R. Pres. Domiciano, 178 - São Domingos, Niterói

20 de outubro de 2025
Com direção de Cesar Augusto, a peça encerra trilogia sobre paternidade realizada pelo ator Pedro Monteiro, que vive o protagonista Naldo O espetáculo foi construído a partir da linguagem dos jogos eletrônicos, com participações em vídeo de Kelzy Ecard, Claudio Lins, Betina Viany, Rodrigo  França, Gabriela Estevão e Tamires Nascimento Não é de hoje que o conceito de família se expandiu, se diversificou, e suas múltiplas configurações estão presentes e felizes na sociedade. Mas quem foge do modelo considerado tradicional sempre encontra alguns (ou muitos) desafios. O autor e novelista Walcyr Carrasco escreveu o livro “Meus 2 Pais” para falar desses desafios e mostrar para crianças a importância de aceitar as diferenças. A obra ganhou adaptação integral para os palcos, em espetáculo realizado pelo ator Pedro Monteiro, com direção de Cesar Augusto. A bem-sucedida montagem está de volta para novas apresentações no Teatro Municipal Ziembinski nos dias 25 e 26 de outubro. A peça foi selecionada pelo edital Fluxos Fluminenses, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SECEC) do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc. O espetáculo conta a história de Naldo, menino de 9 anos, que tem que lidar com a separação dos pais. Quando a mãe precisa se mudar de cidade, ele passa a morar com o pai e seu amigo, Celso. Não demora muito, o garoto começa a sofrer bullying na escola e descobre que o pai é gay. Será que ele vai aceitar sua nova família? O projeto começou a ser desenvolvido antes da pandemia, quando o ator Pedro Monteiro, que vive o protagonista, leu o livro de Walcyr Carrasco e logo imaginou colocar esta história em cena. A peça, que estreou em 2023, encerra sua trilogia sobre paternidade, iniciada com o drama “Pão e Circo” (2021) e seguida pela comédia “Pai ilegal” (2022). “Assim que li o livro de Walcyr Carrasco me emocionei e pensei em uma adaptação para os palcos. Eu me interessei não só pela questão principal, que é a de como um garoto lida com a descoberta de um pai gay, mas também pelos temas paralelos: bullying na escola, a diversidade em ambientes familiares, a influência dos amigos e os conflitos internos de uma criança”, explica Pedro Monteiro. Pedro Monteiro estará sozinho no palco, mas contracenará com os atores Kelzy Ecard, Claudio Lins, Betina Viany, Rodrigo França, Gabriela Estevão e Tamires Nascimento, que aparecem em cenas virtuais. O espetáculo é dinâmico e foi todo foi construído como uma partida de videogame, em cenário criado por Beli Araújo, figurinos de Marcelo Olinto, trilha sonora original de André Poyart e iluminação de Ana Luzia de Simoni. “Nosso espetáculo usa a linguagem dos jogos eletrônicos para simular a cabeça criativa de uma criança”, explica o diretor Cesar Augusto. “Queremos tratar de um tema importante de maneira saborosa, com abstrações, onomatopeias e sensibilidade. Afinal, teatro também é jogar com a plateia”, completa. Sobre Cesar Augusto Cesar Augusto é membro fundador da Cia dos Atores, um dos mais renomados grupos de teatro do Brasil, no qual tem trabalhado há 35 anos como ator, diretor e, eventualmente, cenógrafo. Foi diretor artístico da ocupação CÂMBIO, nos teatros Gláucio Gill e Café Pequeno, ambas indicadas ao Prêmio APTR. Também esteve à frente, como curador de artes cênicas, do Instituto Galpão Gamboa. Com a Cia dos Atores, dirigiu e atuou em dezenas de espetáculos, entre eles “Melodrama”, “Ensaio.Hamlet”, “Insetos” e “Conselho de Classe” e “Julius Caesar – Vidas Paralelas”. Como diretor, conduziu dezenas de produções teatrais e shows. Dirigiu “A Tropa”, com Otávio Augusto, e “Cerca Viva”, texto de Rafael Souza-Ribeiro. Em 2016, recebeu o prêmio APTR, categoria Especial, pela multiplicidade de ações artísticas. SERVIÇO: “Meus 2 pais” Apresentações:25 e 26 de outubro Teatro Municipal Ziembinski: Av. Heitor Beltrão, s/nº, Rio de Janeiro. Dias e horários: sábados e domingos, às 16h Ingresso: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) Lotação: 130 pessoas Telefone: 21 3234 2003 Vendas de ingressos: https://ingressosriocultura.com.br/riocultura/events/48478?sessionView=LI ST
20 de outubro de 2025
A primeira edição do “Visões do Mar: Festival Internacional de Documentários de Niterói”, que acontece entre os dias 18 e 23 de novembro de 2025, divulgou sua lista de 40 filmes selecionados que vão ocupar oito cinemas e espaços culturais em diferentes pontos da cidade de Niterói. A programação completa, com datas, horários e locais de exibição, está disponível no site oficial: https://visoesdomar.com Os espaços onde haverá a exibição gratuita do Festival Internacional de Documentários de Niterói são a sala Nelson Pereira dos Santos, CineArte UFF, Macquinho Cultural, o Quilombo do Grotão, o Museu de Arqueologia de Itaipu, a Casa Doc, o Ecomuseu Sueli Pontes, e a colônia de pescadores da Prainha de Piratininga. O festival recebeu mais de 250 inscrições vindas de 16 países diferentes, confirmando a potência do cinema documental como ferramenta de reflexão, denúncia e transformação e a diversidade dos realizadores selecionados reflete a força das lutas e narrativas que atravessam o mar: 52% dos filmes foram dirigidos por mulheres, 8% por pessoas LGBTQIA+, 30% por diretores negros e 5% por diretores indígenas. Para o Secretário de Economia Criativa e Ações Estratégicas de Niterói, André Diniz, “É uma enorme satisfação ver o Festival Visões do Mar trazendo essa inovação tão necessária para Niterói, conectando o compromisso ambiental com os oceanos a um verdadeiro acesso democrático ao cinema. Iniciativas como essa fortalecem a nossa economia criativa e mostram que Niterói está realmente olhando para o futuro, integrando cultura, sustentabilidade e inclusão, além de mobilizar a cidade dentro de uma perspectiva internacional, para debater e defender os mares, que são fundamentais para a nossa vida e para nossa cidade", destacou. Programação terá o oceano no centro da discussão e transmissão online para todo Brasil  Os filmes escolhidos estarão distribuídos em mostras temáticas que colocam o oceano no centro das histórias. O mar e o maretório como bioma; o mar como espaço sagrado; como provedor da segurança alimentar; como espaço de superação e cura; como espaço de memória; e o mar como espaço de ciência e educação. Além disso, haverá uma sessão online especial que permitirá que o público de qualquer lugar do Brasil também acompanhe parte da programação através da plataforma Bombozila.com - produtora idealizadora e realizadora do festival. “A cidade de Niterói, marcada por seu litoral e suas comunidades costeiras, é o porto perfeito para a chegada de tantas histórias de luta e preservação dos oceanos em diferentes lugares do mundo, de diversas cidades brasileiras”, destacou Ellen Francisco, produtora executiva do Festival. O festival conta com o apoio institucional da Niterói Film Commission (NFC), responsável por facilitar e fomentar produções audiovisuais na cidade, e com o suporte do NAV – Programa Niterói Audiovisual, política pública permanente da Prefeitura de Niterói voltada ao fortalecimento da cadeia criativa e produtiva do setor. Criado pela SECAE, o Programa reúne uma série de ações integradas de formação, capacitação, fomento e promoção do audiovisual. O programa apoia produções independentes, estimula a geração de emprego e renda, e consolida Niterói como um dos principais polos de produção audiovisual do país. A presença do NAV no Festival Visões do Mar reforça a vocação de Niterói como uma cidade criativa, sustentável e inovadora, que aposta na cultura e na economia do conhecimento como motores de desenvolvimento social e econômico. A 1ª edição do “Visões do Mar: Festival Internacional de Documentários de Niterói”, é apresentada pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc e conta ainda com o patrocínio da Secretaria Municipal das Culturas e da Secretaria de Economia Criativa e Ações Estratégicas da cidade de Niterói. Serviço “Visões do Mar: Festival Internacional de Documentários de Niterói” Datas: 18 à 23 de Novembro de 2025 Niterói, RJ. Toda programação é gratuita. Sedes: sala Nelson Pereira dos Santos, CineArte UFF, Macquinho Cultural, o Quilombo do Grotão, o Museu de Arqueologia de Itaipu, a Casa Doc, Ecomuseu Sueli Pontes, e a Prainha de Piratininga Instagram: @festivalvisoesdomar