16 de março de 2024

Espetáculo "AOS SÁBADOS" estreia no Teatro Fashion Mall

Uma abordagem sobre o Alzheimer, o amor e as riquezas do cotidiano em família

 

 Um dos textos vencedores do I Concurso de Dramaturgia Flávio Migliaccio em 2020, a peça “Aos sábados”, de Adyr de Paula, volta aos palcos no dia 5 de abril no Teatro Fashion Mall, em São Conrado. O autor se inspirou na história de sua mãe, uma mulher batalhadora que criou quatro filhos com seu trabalho de costureira e aos 60 anos foi diagnosticada com Alzheimer. Segundo ele, “a criação da peça, uma obra de ficção baseada em alguns fatos reais, foi um processo terapêutico, uma forma de celebrar o amor e fazer uma justa homenagem”.


Atualmente como diretor de uma escola de educação infantil, Adyr conta que desde jovem sempre pensou em escrever um espetáculo teatral. ‘Aos sábados’ é sua primeira peça e essa oportunidade veio através do Concurso de Dramaturgia Flávio Migliaccio. O espetáculo fez grande sucesso em apresentações na cidade ano passado e tem estreia no dia 5 de abril, às 20h, na sala 1 do Teatro Fashion Mall. A nova temporada ficará em cartaz do dia 6 ao dia 28 de abril, sempre aos sábados e domingos, às 19h, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura/Lei Rouanet – n° 8.313.


A peça “Aos sábados” conta a história de Jandira e suas duas filhas, Regina e Malu ao longo de três décadas. A peça é dividida em três atos e mostra o amor entre as personagens que vivem alegrias e dores, e os altos e baixos da relação familiar. Os encontros divertidos que elas têm todos os sábados passam a ter novos tons quando o Alzheimer acomete Jandira. Mas com ternura, esperança e improvável otimismo, essas mulheres juntas enfrentam a doença de maneira surpreendente.


O Alzheimer e sua marca na história familiar são tratados com leveza e sensibilidade, mostrando que com amor e coragem, as adversidades podem ser enfrentadas e que acolher é a melhor forma de suportar a ausência de consciência do parente que está doente.


“Essa é uma peça para fazer pensar e trazer reflexões sobre a nossa pequeneza diante do tempo que passa tão rápido e leva embora os nossos entes queridos. Uma história sobre a saudade que fica mesmo em vida, quando vemos a memória se esvaindo. Não é uma história só sobre a doença, é sobre as riquezas de nosso cotidiano familiar que às vezes não damos valor e não prestamos atenção. Escolhi o nome “Aos sábados” porque era o dia da semana que ia visitar minha mãe e essas visitas hoje são lindas lembranças”, explica o autor Adyr de Paula.


Com direção de Danilo Salomão a peça tem no elenco as atrizes Luiza Lewicki, Nedira Campos e Nina da Costa Reis e participação de Sophia Fried e Pedro Baião.


Serviço:

Espetáculo Aos sábados

Local: Teatro Fashion Mall, sala 1 (Estrada da Gávea, 899 – São Conrado – Rio de Janeiro)

Pré-estreia: 05 de abril às 20h.

Temporada: De 6 a 28 de abril

Horário: Sábados e domingos às 19h

Ingresso: R$ 90 inteira / R$ 45 meia-entrada

Ingresso a preço popular R$ 35,00

Classificação: 12 anos.

Duração: 1h35min

Lotação: 435

Vendas: Sympla 

 

12 de novembro de 2025
Suzy Brasil e seu criador Marcelo Souza estão de volta com um novo espetáculo, trazendo alguns personagens inéditos e outros já conhecidos do público tanto no humorístico LOL – Se rir já era, da Amazon Prime, no qual Suzy foi vice-campeã da terceira temporada do programa em 2023, como também da internet. “Uma Noite Horripilante” estreia no Teatro Claro Mais RJ, em Copacabana, no dia 20 de novembro, quinta-feira, às 20h. O projeto é novo, mas a parceria não. Diogo Camargos, Claudio Tizo e Jonatan Fonseca, seus parceiros desde Bye Bye Bangu (2021), pelo qual ganhou o Prêmio PRIO do Humor 2023 de melhor performance no Rio de Janeiro, e no seu show atual Made in Brasil que roda o País desde o ano passado com casas lotadas, estão juntos nesta nova empreitada. Com uma narrativa dinâmica e rápidas trocas de roupa, o público se surpreende e se diverte com Suzy Brasil, a criação mais famosa de Marcelo Souza, que nesta montagem interpreta seis personagens para contar a história de Branca de neve (só para adultos) e a sua saga para conseguir um beijo de um hétero verdadeiro. O espetáculo começa com a velha contadora de histórias, que após contar suas histórias macabras, resolve aplacar os ânimos da plateia contando a história de uma linda princesa. Personagem já conhecido do público, a Branca de Neve alcoolizada de Marcelo Souza agora ganha novos contornos nesta peça, ao entrar num mundo encantado cuja guardiã é a grande Naja QUE PICA, personagem também já conhecida do público através do humorístico LOL da Amazon Prime. Outros personagens que compões a peça é a pastora Gimilde, um disfarce da maléfica madrasta e Ivo Ativo, o príncipe encantado que se recusa a dar um beijo em Branca para despertá-la, além da própria Branca de Neve zumbi que, mesmo sem o beijo, desperta trezentos anos depois, uma mistura de princesa e garota do exorcista, outro personagem de Suzy no LOL. Este é um espetáculo para todos os tipos de público — especialmente para quem aprecia humor, sátiras e contos de fadas. A nova produção apresenta uma proposta totalmente diferente de tudo o que os fãs de Suzy Brasil e Marcelo Souza já viram até hoje. SERVIÇO: Local: Teatro Claro Mais RJ - Rua Siqueira Campos, 143 – Loja 58 – Copacabana Dia e horário: dia 20 de novembro, quinta-feira, às 20h Ingressos: Plateia e Frisa – R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia) Balcão 1 – R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia) Balcão 2 – R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia) Link de vendas: https://uhuu.com/evento/rj/rio-de-janeiro/suzy-brasil-em-uma-noite-horripilante-15127
12 de novembro de 2025
O Museu Histórico Nacional, em reforma desde dezembro do ano passado, reabre em parte na próxima quinta-feira (13) com a exposição Para além da escravidão: construindo a liberdade negra no mundo. A curadoria é compartilhada com museus dos Estados Unidos, África do Sul, Senegal, Inglaterra e Bélgica. “Todo mundo participou da concepção e da circulação dos objetos que estarão expostos”, explicou à Agência Brasil a historiadora e curadora brasileira da exposição, professora Keila Grinberg.“É uma exposição sobre escravidão atlântica, global. Ela mostra primeiro como a escravidão é um fenômeno global e como ela envolveu todos os países do mundo Atlântico nos séculos 15 a 19, mas também mostra que a escravidão está muito ligada no momento presente. Daí o nome Para além da escravidão, pensando as conexões com o presente”, destacou Keila. Como a mostra não se prende só ao passado, mas repercute também no presente, uma das coisas que o público vai aprender é que as consequências da escravidão existem em vários lugares ao mesmo tempo, segundo a curadora. Keila ressalta que houve resistência à escravidão e ao colonialismo em vários países. “E essas formas de resistência têm conexão umas com as outras”. De acordo com a curadora, o subtítulo “construindo a liberdade negra no mundo” deixa isso bem claro ao reunir peças religiosas, peças de música, como um atabaque do Haiti, por exemplo. A exposição destaca também as questões contemporâneas. “Por exemplo, tem uma parte, no final, que tem discussão sobre reparação, sobre justiça ambiental e efeitos raciais. Tem uma parte que fala de violência policial, e por aí vai”. A conclusão, analisou a historiadora, é que a escravidão, como existiu no passado, não existe mais. Mas as consequências, na forma do racismo, principalmente, continuam existindo. “Eu acho que o grande lance é perceber as estruturas e, também, a luta contra elas. A ideia da exposição, apesar dela ser dura, é que a pessoa sai de lá empoderada com as possibilidades que as várias formas das experiências humanas contra o racismo trazem, embora não se possa falar de esperança no Rio de Janeiro, hoje em dia”. A ideia, de acordo com a curadora, é mostrar o alcance dos problemas e a possibilidade de mudanças. A estreia global da mostra ocorreu em dezembro de 2024, no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, em Washington, nos Estados Unidos.  A mostra reúne cerca de 100 objetos, 250 imagens e dez filmes, divididos em seis seções. Do Museu Histórico Nacional, a mostra seguirá para a Cidade do Cabo, na África do Sul; Dakar, no Senegal; e para Liverpool, na Inglaterra.