11 de março de 2025

Espetáculo amazonense “As Cores da América Latina” estreia no Sesc Copacabana

Depois de percorrer oito estados brasileiros e até alcançar voos internacionais, “As Cores da América Latina” chega ao Mezanino do Sesc Copacabana, trazendo teatro, dança e manifestações culturais populares do continente. Sob a direção de Fábio Moura e Talita Menezes, o espetáculo estreia na quinta (13) e segue em cartaz até o dia 23, com apresentações de quinta a domingo, sempre às 20h30. Ingressos R$8 (associado do Sesc), R$15 (meia-entrada), R$30 (inteira)

Consolidando-se como uma das produções mais expressivas da cena teatral brasileira, o espetáculo foi concebido em 2023, fortalecendo a linha de pesquisa cênica da Panorando Cia e Produtora, que investiga as interações entre referências corporais de manifestações culturais e a criação cênica. Fábio Moura comenta: “Durante o processo de criação, questionamos as possibilidades de gerar cenas a partir da cultura popular e refletimos sobre como o Brasil pouco dialoga com os demais países do nosso continente.”

Sendo assim, o espetáculo inspirou-se em três manifestações populares — Fiesta de la Tirana (Chile), Huaconada (Peru) e Cavalo-Marinho (Brasil) —, as unindo e explorando a relação entre o sagrado e o profano, traduzindo em cena a corporeidade dessas tradições por meio de uma estética vibrante. Seis máscaras de Fofão, personagem emblemático do Carnaval Maranhense, complementam a visualidade dos personagens, reforçando a celebração das culturas latino-americanas. “Ao aprofundar a pesquisa corporal, identificamos elementos comuns entre elas, o que enriqueceu nossa criação”, explica Moura.

“As Cores da América Latina” destaca-se por sua adaptabilidade, sendo apresentado em diversos ambientes, desde teatros tradicionais até terminais de ônibus, praças e parques. “A versatilidade e adaptabilidade são fundamentais para nós. Inspirados nas manifestações culturais que estudamos, entendemos que poderíamos alcançar diversos públicos e descentralizar nossas apresentações. O espetáculo vem da cultura popular e retorna como outro bem cultural para múltiplas camadas sociais”, ressalta o diretor.

O espetáculo também aborda o conceito de fronteiras como zonas de potência criativa. A obra transita entre linguagens cênicas, culturas diversas, idiomas e formas de coexistência, resultando em uma celebração do novo a partir de referências tradicionais. Essa abordagem reforça a identidade latina e promove um olhar atento e esperançoso sobre o multiculturalismo. “Nosso maior objetivo é celebrar o multiculturalismo da nossa região. O público pode esperar uma experiência pulsante, que convida à reflexão sobre nossa identidade latina. Para nós é de extrema importância levar o nome do Amazonas por tantos lugares, reafirmando a potência das nossas produções”, conclui Moura.

Este projeto é realizado através do Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, iniciativa do Sesc Rio que incentiva a produção artística e cultural em suas diversas manifestações.

SINOPSE:

O espetáculo possui como norte a corporeidade de três manifestações latinoamericas que são, a Fiesta de la Tirana (CHI), Huaconada (PER) e Cavalo-Marinho (BRA) em intersecção com a Dança e o Teatro. A visualidade da obra faz uso de cores vibrantes e seis máscaras de “Fofão” , personagem do Carnaval Maranhense (BRA), que completam a estética das personas. A obra apresenta a história do último Fofão como uma ode de alembramento à algumas tradições latinas.

SERVIÇO:

As Cores da América Latina

    Data: 13 a 23 de março (de quinta a domingo)
    Horário: 20h30
    Local: Sesc Copacabana (Mezanino)
    Ingressos: R$ 8 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira)
    Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ
    Informações: (21) 31805226
    Bilheteria – Horário de funcionamento:
    Terça a sexta – de 9h às 20h;
    Sábados, domingos e feriados – das 14h às 20h.
    Classificação indicativa: Livre

29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff