27 de outubro de 2023

Casa da Cultura de Paraty promove programação especial durante os cinco dias da Flip

O principal centro cultural da cidade de Paraty, a Casa da Cultura, onde foi realizada a primeira edição da Festa Literária Internacional de Paraty em 2003, vai receber, de 22 a 26 de novembro, durante a próxima Flip, uma programação literária especial, com curadoria da revista Quatro Cinco Um. A parceria permitirá a realização de nove debates com entrada gratuita, com alguns dos destaques da literatura brasileira ocupando o auditório da Casa da Cultura nas tardes de quinta a sábado.

Segundo Cristina Maseda, superintendente executiva da Casa da Cultura, “esta é uma importante e inovadora parceria para ampliar a atuação da instituição no diálogo entre suas formas de expressão tradicionais e contemporaneidade de onde vem toda a diversidade cultural de Paraty”.

O editor Paulo Werneck, diretor de redação da Quatro Cinco Um, afirma que a programação vai ter a pluralidade e a bibliodiversidade como nortes. “É uma honra poder realizar esses debates num espaço tão importante para a cidade e para a literatura brasileira. Vamos convidar autores queridos do público”, diz Werneck. Além da programação de debates, a Quatro Cinco Um vai publicar em Paraty, pela quarta vez, um almanaque impresso com distribuição gratuita que traz conteúdos sobre Paraty, sobre literatura, história e curiosidades. O jornal gratuito circula apenas em Paraty e nas lojas da Livraria da Travessa de todo o país.

Aberta em 1990, a Casa da Cultura funciona num casarão de 1754, no Centro Histórico de Paraty, a um quarteirão da praça da Matriz. Foi restaurada e reformada em 2004, pela Fundação Roberto Marinho e pela Prefeitura de Paraty. Desde 2004, a gestão é feita por meio da Associação Paraty Cultural. 

Além do auditório onde vai acontecer a programação literária durante a Flip, a Casa da Cultura tem espaços expositivos que atualmente abrigam a mostra Para uma história cultural de Paraty: 1945-2019, que focaliza oito décadas de transformação da cidade, do isolamento econômico que vai até os anos 1970 aos vibrantes dias de hoje. Paraty é reconhecida como o patrimônio histórico, cultural e natural da Unesco desde 2019 e sedia festivais como a Flip e o Paraty em Foco (fotografia). A exposição tem curadoria da equipe da Casa da Cultura e patrocínio da Petrobras, e fica em cartaz, com entrada gratuita, até 31 de março. 

A Casa da Cultura conta com o patrocínio do Grupo Globo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e as parcerias institucionais da Prefeitura de Paraty e da Fundação Roberto Marinho.

 

 

22 de maio de 2025
O filme "O Agente Secreto" estreou no último domingo, 18 de maio, no 78º Festival de filmes de Cannes, foi aplaudido por 13 minutos e está concorrendo ao Palma de Ouro, principal prêmio do evento. O longa é dirigido e roteirizado por Kleber Mendonça Filho, co-diretor de Bacurau e outros sucessos, e protagonizado por Wagner Moura. Para a apresentação no festival, a delegação brasileira incluiu atores, membros da equipe técnica e autoridades do MinC, como a ministra Margareth Menezes, reforçando a importância do apoio estatal à cultura e ao cinema nacional. A produção contou com financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), vinculado à Agência Nacional do Cinema (Ancine), com apoio do Ministério da Cultura (MinC). O FSA integra a chamada Lei do Audiovisual, um importante mecanismo de fomento que tem viabilizado grandes produções nacionais com reconhecimento internacional. Por meio desse incentivo, filmes de grande sucesso como Central do Brasil e O Auto da Compadecida também ganharam destaque e rodaram o mundo. Além disso, “O Agente Secreto” conta também com uma coprodução internacional envolvendo Brasil, Alemanha, França e Holanda e recebeu apoio de instituições culturais desses países. O FSA existe para fortalecer todo o setor de cinema e produção audiovisual no Brasil, desde a criação dos roteiros até a exibição dos filmes. O dinheiro usado para financiar os projetos vem de contribuições feitas por empresas do próprio mercado, como produtoras, emissoras de TV e operadoras de telecomunicações, como CONDECICE e FISTEL, por exemplo. Essas contribuições são obrigatórias por lei e ajudam a manter viva a produção cultural no país. “De forma resumida, a Lei do Audiovisual é uma forma de o governo apoiar a produção de filmes, séries e outros conteúdos no Brasil. As empresas que pagam impostos podem direcionar parte desse valor para projetos culturais, em vez de repassar tudo para o governo. Esse apoio ajuda a tirar do papel ideias que, de outra forma, talvez nunca fossem realizadas”, conta Vanessa Pires, CEO da Brada, maior e mais completa startup para buscar investimento de incentivo em impacto positivo. Além de permitir que ideias saiam do papel, os recursos da lei incentivam a profissionalização do setor, geram empregos, movimentam a economia criativa e fortalecem a imagem institucional das empresas que apoiam a cultura. “Os incentivos fiscais funcionam como um verdadeiro motor para o cinema brasileiro. É importante contar com parceiros mediadores que orientem empresas e produtores a entenderem como aproveitarem essas oportunidades, que vão muito além do financiamento e fortalecem a imagem institucional. Para o governo, é uma forma de apoiar não só a economia, mas a cultura e a identidade do país”, conclui Vanessa.
Por Mauricio Jose 22 de maio de 2025
A fotógrafa Giuliana Pacini apresenta, na exposição 'Ruínas e Lembranças: histórias da cidade de Niterói', um percurso sensível por espaços urbanos em estado de abandono. A mostra fica em cartaz no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, de 8 de maio a 8 de junho de 2025. Com curadoria de Alessandra Pacini, a exposição apresenta 35 imagens que costuram tempo, memória e perda, revelando cicatrizes quase apagadas da cidade sob o olhar delicado e político da artista. Giuliana compreende a fotografia como forma de expressão afetiva e crítica. Sem identificar os lugares retratados, a artista convida o público a reconhecer a cidade com seus próprios afetos e memórias. Suas imagens não restauram estruturas, mas reparam - no duplo sentido da palavra: olham atentamente e acolhem o que resiste. Nelas, o tempo não apaga, revela. 'Ruínas e Lembranças' propõe outra narrativa sobre Niterói, distante do discurso moderno e monumental. Uma cidade viva, marcada por ausências, onde a natureza reclama o que é seu e o abandono se transforma em vestígio, luto e beleza.  Serviço Exposição de fotos 'Ruínas e Lembranças: histórias da cidade de Niterói', de Giuliana Pacini Datas: De 08 de maio a 08 de junho de 2025 Horários de visitação: De terça a domingo, das 10 às 17h Entrada gratuita Classificação indicativa: Livre Local: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno - Galeria Quirino Campofiorito Campo de São Bento, entrada pelo Portão 2 - Lopes Trovão