13 de maio de 2022

"ANTENADOS": o sinistro instrumento soviético que caiu nas graças do rock

Com Jorjão Perlingeiro

                   


Inventado há mais de 100 anos, ele já foi usado pelo Led Zeppelin e Rolling Stones 

 

 

Quando um dos clássicos do Led Zeppelin, Whole Lotta Love, foi lançado, em 1969, os fãs foram pegos de surpresa ao ouvirem durante o solo de Jimmy Page algumas notas agudas aparentemente impossíveis de serem reproduzidas, mesmo pelas habilidosas mãos do guitarrista. Os sons desconexos, no entanto, combinavam perfeitamente com os gritos e gemidos de Robert Plant e criavam o ar fantasmagórico ideal que a música pedia. O mistério só foi desvendado alguns meses depois, quando a banda finalmente se apresentou ao vivo e, em meio a efeitos de fumaça e luzes, Page revelou que o som vinha de um objeto com duas antenas que captavam o movimento de suas mãos sem ser preciso tocar o aparelho fisicamente. Era o Teremin.

Inventado em 1920 pelo russo Lev SergeevichTermen, o teremin foi um dos primeiros instrumentos eletrônicos criados e, mesmo depois de 102 anos de sua invenção, ele ainda é bastante desconhecido para muita gente. Em 1938, Termen voltou para a Rússia em circunstâncias até hoje suspeitas e o instrumento caiu em desuso.

Apresentado por seu inventor em um tour pela Europa anos antes, o instrumento foi patenteado nos Estados Unidos, mas não chamou a atenção de quase ninguém. O funcionamento, no entanto, é relativamente simples. Basicamente são duas antenas que captam o movimento das mãos. Uma das antenas determina a frequência e outra a amplitude do som. Basta o músico aproximar ou afastar as mãos das antenas, e pronto.

 

Nos anos 1960, no auge da Guerra Fria, o teremin foi redescoberto pelo Ocidente, especialmente após o uso dele pelo Led Zeppelin. Desde então, o instrumento passou a ser usado para a produção de sons mais sinistros ou assustadores. Nos dias atuais, o músico Jack White se tornou um dos maiores entusiastas do aparelho. Ele o usou na música Little People, da sua antiga banda White Stripes, e também em seu mais recente lançamento solo, a música Fear of the Dawn.

Dentre as outras bandas que também já usaram o instrumento, estão nomes como Garbage, na música Cup of Coffee, o Rush, em BU2B e até os Rolling Stones, em 2000 Years From Home. No Brasil, os mineiros do Pato Fu também usaram o instrumento, na música Eu. Já a banda americana de surf-music Man or Astroman destrói o instrumento em seus shows ao vivo após um “duelo” com uma bobina de tesla.

15 de julho de 2025
Na quinta-feira, 17 de julho, às 19h30, a Orquestra Forte de Copacabana apresenta na Sala Nelson Pereira dos Santos, o projeto Vibrações Metropolitanas, iniciativa que promove intercâmbios entre grupos de educação musical da Região Metropolitana do Rio. Após passar por Duque de Caxias e Maricá, o projeto encerra suas ações de integração em Niterói, com uma apresentação especial na Sala localizada no bairro de São Domingos. A proposta valoriza a troca de experiências e saberes musicais entre jovens talentos, fortalecendo laços culturais e incentivando o desenvolvimento artístico regional. Serviço Orquestra Forte de Copacabana Datas: Quinta-feira, 17 de julho de 2025 Horários: 19h30 Duração: 70min Classificação indicativa: Livre Entrada franca (com distribuição de ingressos 2h antes do início do espetáculo)  Local: Theatro Municipal de Niterói End: Rua XV de Novembro, 35 - Centro Telefone de contato: (21) 3628-6908
15 de julho de 2025
Ao som de cantigas autorais em yoruba e bantu, sete bailarinas, seis músicos e um cenário que encanta os espectadores, o espetáculo de dança Manifesto Elekô, terá 3 apresentações, de 17 a 19 de julho, sempre às 19h, no Teatro Carlos Gomes. Contemplada no Edital Pró-Carioca Linguagens, a peça, com idealização e concepção de Fábio Batista e realização Cia Clanm de Danças Negras, conecta a orixá Obá, uma das mais fortes da mitologia afro-brasileira, às histórias das mulheres negras da atualidade. Os ingressos variam de R$ 10 a R$ 20. Serão destinados 20% dos ingressos para pessoas em situação de vulnerabilidade social, estudantes, professores, pessoas transgêneras e deficientes físicos. O projeto contará ainda com uma oficina de dança ministrada por Fabio Batistas e as artistas do espetáculo. Mais do que uma análise sobre como mulheres negras vêm se adaptando aos desafios diários, segundo o diretor geral do Manifesto Elekô, Fábio Batista, a peça pretende dar visibilidade aos espaços de destaque que elas vêm ocupando em diversos setores da sociedade. “Obá sai de um sofrimento extremo e chega ao generalato de um exército, ocupando o mais alto escalão da proteção das mulheres. Queremos mostrar que, assim como ela, suas contemporâneas também estão percorrendo esse caminho. A mensagem principal é que ainda que haja dor no processo, é preciso dar ênfase às conquistas e à resiliência”, analisa Fábio. Contrapartida social Após cada apresentação, a Cia Clanm de Danças Negras e o diretor realizarão uma homenagem a lideranças femininas negras e bate-papo com o público presente, além de oficinas de dança, ministradas por Fábio Batista e os artistas do espetáculo. Os interessados em participar devem acessar o formulário disponível no perfil do espetáculo no Instagram. SERVIÇO Espetáculo Manifesto Elekô De 17 a 19 de julho Horário: Quinta à sábado, às 19 h Ingressos: R$30 Inteira | R$15 Meia entrada (prevista em Lei), disponíveis no Sympla Local:Teatro Nelson Rodrigues (Av. República do Paraguai, 230 - Centro, Rio de Janeiro) O espetáculo terá interpretação em Libras. Classificação Indicativa: 14 anos