1 de agosto de 2023

África Brasil: um dia Jorge Ben voou para toda a gente ver

O livro África Brasil: um dia Jorge Ben voou para toda a gente ver, de Kamille Viola, será lançado dia 2 de agosto, na Livraria da Travessa do Leblon

 

O terceiro título da “Coleção Discos da Música Brasileira“, organizado pelo crítico Lauro Lisboa Garcia, é dedicado ao disco África Brasil (1976), de Jorge Ben Jor. Sob o nome de “África Brasil: Um dia Jorge Ben voou para toda a gente ver” o livro, finalista do Prêmio Jabuti em 2021, foi escrito pela jornalista e pesquisadora musical Kamille Viola, que pesquisou a obra de Jorge Ben por mais de uma década para registrar o exemplar.


Dentre as entrevistas, a carioca conversou com músicos como Gilberto Gil, Marcelo D2, Lúcio Maia, Jorge Du Peixe, Dadi, Gustavo Schroeter, BNegão, produtores, pesquisadores e até o jogador de futebol Zico, homenageado na faixa “Camisa 10 da Gávea”, para reconstruir a história do artista, processo criativo e os bastidores da produção do álbum que uniu o funk, o samba, o rock e o soul. A obra chega depois de A tábua de esmeralda (1974) e Solta o pavão (1975) e é considerada uma das mais emblemáticas da discografia de Jorge Lima de Menezes.


Entre os artistas entrevistados pela autora está Mano Brown, líder do grupo Racionais MC’s e fã confesso, que resume a importância de Jorge Ben: “É um cara que, igual ao James Brown, Marvin Gaye, e esses artistas muito grandes com uma obra muito grande, de tempos em tempos eles vêm em você. A música volta. Eu ouvi o Jorge Ben em várias épocas da minha vida, várias épocas da carreira dele. Eu lembro de muitas fases. […] Nas rodas de samba, a gente cantava Jorge Ben. Quem soubesse cantar Jorge Ben num ritmo de samba ia bem (risos)”.


Entre colaborações, também, está a entrevista de Mano Brown.


“A gente mora num país negro onde a maioria dos artistas era branco. O Jorge Ben sempre foi inspirador. Em vários momentos. Nem sempre só para poder trabalhar, só para usar ou cantar. Para ouvir e para viver, que é a melhor coisa. Quando eu passei a fazer música, passou a fazer parte da minha música também. Isso aí ia ser óbvio. Influência direta. Porque a gente escreve rap em português. Não tivemos aquela escola, a gente não teve acesso ao que os negros americanos falavam, a gente não sabe o que eles falavam. A gente imagina o que eles falavam. Mas o Jorge Ben, eu sei exatamente do que ele tá falando”, conta Mano Brown, fã de Jorge, em entrevista à autora. 


25 de setembro de 2025
O Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, espaço educativo e cultural da Light em Rio Claro, será palco de um grande encontro cultural no sábado, 27 de setembro. O evento ‘Forró do Padroeiro’, gratuito e aberto ao público, começa às 16h e promete unir música, literatura, artes plásticas e contemplação do céu em uma programação diversificada. Programação • 16h – Café de boas-vindas • 16h30 – Abertura da exposição “Cores da Memória”, de Mariane Alves • 17h – Lançamento do livro “Tecidos de Memórias”, de Teresinha da Rocha Pereira, com apresentação de Saulo Soares • 18h – Declamação de literatura de cordel, com Mariane Alves • 18h15 – Show com o grupo Forró Rasta Sandália • 19h – Observação do céu com leitura de poemas • 19h30 – Show com o grupo Forró Rasta Sandália • 20h – Encerramento
25 de setembro de 2025
A Segunda Guerra Mundial é um dos capítulos da história mais bem documentados, com milhares de filmagens, mas sempre há algo a descobrir. Ainda mais com a perspectiva especial, como a apresentada em “Memórias da Segunda Guerra Mundial”, documentário inédito que estreia, com exclusividade, no Curta!, que traz raros registros caseiros do confronto e da vida cotidiana em meio ao caos! A produção integra a programação especial no canal e no streaming CurtaOn - Clube de Documentários que marca os 80 anos do fim da Segunda Guerra. O filme é produzido pela ZED e tem direção de Stéphane Miquel. As memórias esquecidas de vídeos caseiros são resgatadas no documentário a partir dos arquivos de cinegrafistas amadores na Normandia. O cotidiano na costa francesa é registrado antes e durante a Guerra, marcando um contraste claro entre os períodos. A partir dos olhos de cineastas como Robert Dasché, Pierre Le Bihan e Fernand Bignon, e das lentes de suas câmeras 8mm, somos apresentados aos sorrisos e a vida pacata da Normandia, tomada por banhistas no verão. Logo, as filmagens seriam mais discretas, capturando a tensão e aflição às vésperas do conflito que mudaria a vida dos cidadãos locais e de toda a Europa. “A guerra está de volta, porque um louco quis assim”, afirma um dos anúncios militares filmados colados na parede. O documentário mistura crônicas familiares à história com as raras imagens e contam, em silêncio, o desenrolar da guerra. O confronto não mudou apenas o passatempo dos cinegrafistas amadores que, a partir da ocupação nazista, foram proibidos de filmar, mas de toda a localidade. Cerca de 250 mil homens da região foram mobilizados para o conflito e quase 20 mil civis morreram. “Vamos vencer, pois somos mais fortes”, conclamava um cartaz. As gravações, agora clandestinas, mostram como o cenário e a vida mudaram. Da fresta de suas janelas, com coragem para registrar a história e denúncia da violência, os cinegrafistas revelam como pessoas comuns vivenciaram e sobreviveram à guerra e como elas conseguiam recriar momentos de felicidade em meio ao caos, escombros e olhares de medo. As filmagens incluem cenas do Dia D, que iria libertar a Normandia e a França dos nazistas. Eles gravam a esperança com a chegada dos Aliados e, à sua maneira, celebram e homenageiam memórias felizes. “Memórias da Segunda Guerra Mundial” é uma produção da ZED. O filme também pode ser visto no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro TV+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). A estreia é no dia temático Sextas de História e Sociedade, 26 de setembro, às 23h.