24 de fevereiro de 2025

“Show do Gláucio apresenta o teatro aberto de Aderbal”


Devido ao grande sucesso, com apresentações sempre lotadas, o espetáculo “Show do Gláucio apresenta o teatro aberto de Aderbal” terá três sessões extras: dias 21, 27 e 28/02, às 18h. A temporada vai até 28/02, também com sessões de quarta a sexta-feira, às 20h.
Aderbal Freire-Filho (1941-2023) foi um diretor teatral por excelência. E não apenas pelos mais de 60 espetáculos encenados em quase cinco décadas de carreira. Era um
artista que falava sem ponto de corte, com gestos exuberantes, como se interpretasse cada uma de suas ideias. Esse doce e genial personagem está de volta na peça “Show do Gláucio apresenta o teatro aberto de Aderbal”.


Além de Aderbal, a montagem homenageia Gláucio Gill (1932-1965), na programação de reabertura do teatro que leva o nome do dramaturgo. Dirigido pelo ator e administrador Rafael Raposo, o Teatro Glaucio Gill é mantido pela Funarj, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, do Governo do Rio de Janeiro.


Com texto de Gillray Coutinho e direção de Leonardo Netto, o “Show do Gláucio apresenta o teatro aberto de Aderbal” leva à cena um fictício encontro entre Aderbal Freire-Filho e Gláucio Gill. O dramaturgo foi também o precursor dos talk shows no país, ao se tornar apresentador do programa “Show da Noite”, da TV Globo. Foi durante uma apresentação de seu programa, ao vivo, que Gláucio Gil sofreu um ataque cardíaco fatal, aos 32 anos. A peça se passa nesse ambiente, quando Gláucio recebe Aderbal para um inusitado e divertido programa de TV, com números musicais, brincadeiras e uma entrevista sobre a obra do diretor. No elenco, estão Ana Barroso, Carmen Frenzel, Cláudio Mendes, Marcello Escorel, Thiago Justino e Xando Graça.


“Aderbal foi um diretor fantástico, que já faz muita falta para o teatro brasileiro. Neste espetáculo, eu procurei reunir não só dados biográficos, mas recriar, um pouco, o personagem Aderbal. Nós levamos à cena também o jeito dele, a forma de se expressar, suas ideias sobre a vida e sobre o teatro, brincadeiras e piadas”, conta o autor Gillray Coutinho que conheceu o diretor aos 18 anos.


Cearense, Aderbal se mudou para o Rio de Janeiro em 1970. Trabalhou no Brasil, em outros países da América do Sul e na Europa. Dirigiu, entre muitos outros, os espetáculos “Apareceu a Margarida”, “O Tiro Que Mudou a História” e “Turandot ou Congresso dos Intelectuais”. Fundou um gênero teatro, o romance-em-cena (“A Mulher Carioca aos 22 Anos”, “O que Diz Molero” e “O púcaro búlgaro”) e criou grupos como o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, fundado em 1989 e sediado no próprio Teatro Glaucio Gill. Também esteve à frente da SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, em defesa da dramaturgia nacional. E Gláucio Gill, apesar da morte precoce, deixou grandes sucessos como “Toda Donzela Tem Um Pai que é Uma Fera” e “Procura-se uma Rosa”, que inspirou o filme italiano “Una Rosa per tutti”. Também atou em teatro e televisão e fundou o Teatro Santa Rosa no início dos anos 60.


“Aderbal e Gláucio eram de uma grande inquietação artística”, lembra o diretor Leonardo Netto, que trabalhou com Aderbal em seis espetáculos. “A ideia da peça é homenagear não só os dois, mas outros grandes inquietos e talentosos do nosso teatro que já se foram. Além deles, falamos de Camila Amado, Domingos Oliveira, Ney Latorraca… Então, é um espetáculo com um olhar muito carinhoso para nós, que fazemos teatro”, conclui.


O  Teatro Gláucio Gill reabre depois de um ano de obras de renovação na parte elétrica, hidráulica, reforma de mezanino, camarins, fachada, letreiro, banheiros e poltronas. “O teatro está com mais conforto e segurança, com novas cadeiras e fachada, além de assentos laterais modulares, que permite diferentes ocupações do espaço. Também teremos uma galeria de
arte e reabriremos o teatro que temos no andar de cima, que será um cabaré. Em 2023, antes da reforma, estávamos com uma taxa de ocupação do espaço de 93% de sua capacidade, e queremos garantir uma programação da maior qualidade para esse público”, celebra o diretor do teatro, Rafael Raposo.


Serviço:
• Temporada: de 5 a 28 de fevereiro de 2025
• Teatro Glaucio Gill: Praça Cardeal Arcoverde, s/nº Copacabana
• Dias e horários: quarta a sexta-feira, às 20h. Sessões extras: dias 21, 27 e 28/02, às 18h.
• Ingressos: R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia-entrada)
• Duração: 75 minutos
• Lotação: 100 pessoas
• Classificação Etária: 14 anos
• Venda de ingressos: IMPLY
• Horário da bilheteria: nos dias de apresentação, a partir das 15h. Sábados e domingos a partir das 14h


29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff