20 de outubro de 2023

Sala Cecília Meireles abre 100 vagas gratuitas para curso de capacitação online

A primeira edição do Programa de Inovação na Música de Concerto terá início em 24 de outubro. O curso é uma realização da Sala Cecília Meireles, com patrocínio da Petrobras, por meio das Leis de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Funarj. O apoio institucional é da União Brasileira de Compositores (UBC). Ao fim do curso, o aluno terá um panorama sobre a música de concerto no Brasil, das oportunidades de carreira e da estrutura de financiamento de orquestras, projetos sociais, turnês e de negócios envolvendo música clássica nas plataformas de streaming nas trilhas sonoras para o audiovisual.

 

O formato do Curso é Online (EAD) com 2 meses de duração: serão 20 aulas, sendo 10 aulas ao vivo pelo Zoom, aulas gravadas e 2 encontros presenciais; um Seminário Presencial no Rio de Janeiro (com transmissão online), realizado na Sala Guiomar Novaes / Sala Cecília Meireles.

Formulário de Inscrição (até 23/10)

https://forms.gle/Aw2Dv5YK7qsTD12t5

Mais informações no site da Sala: http://salaceciliameireles.rj.gov.br/

 

PROGRAMA


O programa abordará temas da indústria da música e do setor cultural e terá como tema central o segmento da música de concerto e administração de orquestras na era digital.

 

Serão 15 professores com trajetórias no setor da música, de compositores e regentes a gestores públicos, pesquisadores, executivos com experiência em gerenciamento de turnês e eventos internacionais e na indústria fonográfica. O currículo inclui informações e tendências sobre mercado fonográfico, gestão de casas de espetáculos, tecnologia e inovação, renovação de público para a música clássica, estudo de casos em orquestras e filarmônicas no mundo com modelos bem sucedidos de financiamento e renovação de plateia, projetos de impacto social, inovação no repertório e nas performances artísticas, sincronização com o audiovisual, entre outros.

 

Já estão confirmados os seguintes professores e palestrantes:

Felipe Prazeres (Regente da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro), Eulícia Esteves (Diretora de Música da FUNARTE), Steffen Dauelsberg (CEO da Dellarte Soluções Culturais), Mateus Simões (fundador da Nova Orquestra), Nikolay Sapoundjiev (Diretor Artistico da Orquestra Sinfônica Brasileira) , Sarah Higino, maestrina e pianista, Anahi Ravagnani (PhD em Audience Engagement in Classical Music pela Universidade de Leeds) ,Carlos Prazeres (Diretor e Regente da Orquestra Sinfônica da Bahia), Leonardo De Marchi (Doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ), Marco Antônio Junqueira (Sócio da Sagre Agência de Projetos Incentivados), Marcos Souza (Head de Comunicação, Marketing e Patrocínios da OPES), Bernardo Pauleira | Gerente de A&R na Warner Music) e Guilherme Flarys (Fundador da Gomus Music Branding) ,

 

18 de agosto de 2025
A Sala Nelson Pereira dos Santos recebe em seu palco, na quarta-feira, 20 de agosto, às 20h, o espetáculo "Aonde Está Você Agora?", de Regiana Antonini. O amor fraterno, os sonhos e a inocência da juventude são alguns dos temas abordados no texto. A montagem conta a história de dois meninos que constroem uma sólida amizade, apesar das diferenças socioeconômicas, mas que se separam na juventude, mantendo contato apenas através de pensamentos, lembranças e um Livro da Sorte. Inspirada na música 'Vento no Litoral', da Legião Urbana, a peça se passa em sete anos da vida desses dois amigos. Um deles, Pedro, fica em Vila Velha, no Espírito Santo, e Gabriel vai para Nova York. Como a ação acontece durante as décadas de 80/90, quando não havia Internet e as ligações internacionais não eram tão acessíveis, os dois se distanciam, mas não esquecem as aventuras da adolescência, mostradas em flashback durante o espetáculo.  Serviço Aonde Está Você Agora? Datas: Quarta-feira, 20 de agosto de 2025 Horários: 20hDuração: 60min Classificação indicativa: 12 anos Ingressos: R$50 (inteira) Vendas na Bilheteria da Sala ou no site Fever Local: Sala Nelson Pereira dos Santos End: Avenida Visconde do Rio Branco, nº 880, Niterói
18 de agosto de 2025
É sabido que o século XX foi um período de extremas mudanças para a humanidade. Desde impérios ruindo, revoluções políticas, duas guerras mundiais até as revoluções no âmbito artístico e cultural. A música de concerto jamais esteve inerte a estas rápidas mudanças da existência humana. Por não haver um consenso absoluto sobre a definição de “modernismo musical”, vamos considerar o período da década de 1890 até meados do século XX. Nessa efervescência criativa e estética, a música ocidental experimentava o “tonalismo expandido” de Richard Wagner em suas óperas e nas sinfonias de Gustav Mahler. Observou-se várias ampliações dessa estética musical na obra do austríaco Arnold Schoenberg (precursor do atonalismo e o dodecafonismo) e dos franceses Claude Debussy e Maurice Ravel que buscaram uma música mais voltada para a transmissão de sensações e memórias (assim como nas artes visuais com Manet, Monet, Van Gogh) do que com o rigor da técnica composicional contrapontística. Nesse período, o Brasil vivenciou uma busca por uma arte “eminentemente nacional” que fugisse das matrizes europeias. Hoje poderíamos intitular de “atitude decolonial” com a inserção de aspectos culturais dos povos originários e dos africanos escravizados nas criações artísticas deste período. A figura de Heitor Villa Lobos foi emblemática neste sentido. Após a sua participação na Semana de Arte Moderna em 1922, ele seguiu para a Paris para apresentar suas criações, ainda influenciadas pelas tendências da música europeia, embora já sinalizasse uma busca em retratar o Brasil através de suas várias raízes culturais resultantes da formação de sua população hibrida. Nesse sentido, o programa começa com uma obra de Stephan Koncz (n. 1984) intitulada A New Satiesfaction inspirada na Gymnopedie n.1 do compositor francês Erik Satie (1866-1935), composta e publicada em 1888. Esta obra é uma releitura de uma peça modernista com uma linguagem mais contemporânea, com elementos minimalistas que ambientam a famosa melodia da obra de Satie, escrita originalmente para piano. Seguimos com o Quarteto n.º1 de Heitor Villa-Lobos, composto em 1915 na cidade de Nova Friburgo. Esta obra foi concebida no formato de uma suíte com seis movimentos. O movimento final remete a um personagem icônico da tradição oral brasileira: o Saci Pererê. Villa-lobos sugere que esse movimento seja uma descrição sonora do Saci, pulando com uma perna só, com um cachimbo na boca e pegando as pessoas de surpresa com suas travessuras. Nesta obra, apesar da estrutura ser mais tradicional, observa-se já uma busca de sensações e impressões que podem ser semelhantes às sonoridades encontradas em algumas obras francesas do mesmo período. O programa encerra-se com o único quarteto composto por Maurice Ravel em 1903, quando tinha 28 anos. O Quarteto de cordas em Fá Maior foi estreado em Paris no ano seguinte, e segue como modelo o quarteto do seu conterrâneo, Claude Debussy, composto 10 anos antes. A peça foi dedicada ao prof. Gabriel Fauré, que inclusive nunca tinha escrito um quarteto de cordas, até receber a dedicatória do dileto aluno e, se encorajar a encarar o gênero. Debussy e Ravel sempre tiveram opiniões estético-musicais bem divergentes, mas curiosamente, Debussy escreveu uma carta para Ravel manifestando sua admiração pela obra. A peça segue a forma tradicional, com quatro movimentos. O primeiro movimento apresenta dois temas contrastantes. O primeiro tema é executado por todos os quatro instrumentos de maneira diluída. Já o segundo tema, é apresentado pelo primeiro violino e pela viola. O segundo movimento inova ao ser introduzido pelo quarteto, tocando todos juntos em pizzicato. O terceiro movimento é lento, introspectivo e o último é intenso e com um final apoteótico. Programa Stephan KONCZ (n. 1984) A New Satiesfaction para Quarteto de Cordas Inspirada na Gymnopedie nº. 1 de Erik Satie. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) Quarteto de cordas n° 1 I. Cantilena (Andante) II. Brincadeira (Allegretto scherzando) III. Canto lírico (Moderato) IV. Cançoneta (Andantino quasi allegretto) V. Melancolia (Lento) VI. Saltando como um Saci (Allegro) Maurice RAVEL (1875-1937) Quarteto de cordas em Fá Maior I. Allegro moderato – très doux II. Assez vif – très rythmé III. Très lent IV. Vif et agite Quarteto de Cordas da UFF Tomaz Soares, 1º violino Ubiratã Rodrigues, 2º violino Clara Santos, viola Glenda Carvalho, violoncelo ________________________________________ 19 de Agosto de 2025 Terça | 19h Teatro da UFF Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí – Niterói Ingressos: R$ 30 (inteira) – R$ 15 (meia) Canais de venda: Guichê Web e Bilheteria Classificação Indicativa: livre