27 de novembro de 2022

Roda de conversa no Solar debate preconceito religioso

Exu, orixá cultuado em religiões de matrizes africanas, é fortemente ligado à cultura negra do Brasil e à nossa história. Entretanto, apesar de ser considerado o responsável pela abertura de caminhos, essa divindade é estigmatizada como um ser assustador. Terça-feira, dia 29 de novembro, o Solar do Jambeiro recebe às 11h o "Encontro Mojubá - ressignificação e resgate" para debater esse preconceito.

 Com o objetivo de estimular e promover a difusão do direito à manifestação religiosa, a roda de conversa foca em evidenciar as tradições das religiões de matriz africana e sua importância cultural, legal e institucional.

Usando como foco a má interpretação de Exu, a roda resgata o verdadeiro significado por trás desse orixá que é confundido com o demônio da religião cristã. Regente da comunicação e dos movimentos, ele é descrito como “mensageiro entre o visível e o invisível" por Luiz Antonio Simas, escritor e pesquisador brasileiro.

"Encontro Mojubá" conta com a mediação de Sônia Ferreira Soares. Membro da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB-RJ, Soares também coordena o Grupo de Trabalho "Crimes de Ódio e Intolerância" da CDH da OAB-RJ e é conselheira titular do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Estado, representando a OAB-RJ.    


 Entre os participantes, foram selecionados cinco profissionais de diversas áreas:


Felipe Carvalho, subsecretário de Direitos Difusos e Enfrentamento à Intolerância Religiosa de Niterói, trabalha também como educador social em diversidade LGBTQUIA+ e é formado em Segurança Pública e Social pela UFF.

Mariana Rodrigues, procuradora da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, trabalha também como conselheira do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos.

Manu Brasil, mulher negra e militante, é produtora cultural, professora de capoeira, de danças afro e de danças populares. Além disso, Brasil é presidente e fundadora do movimento de mulheres iê, Vice presidente do projeto samba de compadre, fundadora do projeto Samba das Yabás, conselheira de cultura do Conselho Municipal de Niterói.

David Nascimento Bassous, conhecido no mundo da capoeira e entre os fazedores de cultura como Mestre Bujão, tem sua trajetória pautada pela formação acadêmica e pela cultura oral. É especialista em Acessibilidade Cultural pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em Ciência da Arte pela Universidade Federal Fluminense.

"Encontro Mojubá - Resignificação e resgate" é uma iniciativa do Ilê Asè Togum Alá – Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição, entidade sem fins lucrativos e coletivo cultural, fundada em 1970, no bairro Cubango, em Niterói, e conta com apoio da Secretaria Municipal das Culturas.

Serviço

Evento: Encontro Mojubá - ressignificação e resgate
Data: Terça-feira, 29 de novembro de 2022
Horário: 11h
Classificação indicativa: livre
Evento gratuito
Capacidade: 40 pessoas

29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff