10 de junho de 2025

Roberto Corrêa e Música Antiga da UFF se apresentam juntos em Niterói

O concerto propõe uma imersão sonora e poética no universo multifacetado do sertão do Brasil Central. A apresentação une a sonoridade de instrumentos musicais dos Sec. XV, XVI e XVII, como a flauta doce, a viola da gamba, o alaúde, a guitarra barroca, a voz e a percussão, com a expressividade das cordas de Roberto Corrêa, um dos maiores especialistas em viola caipira do Brasil. O concerto é entrelaçado por poesias que expressam a força viva da natureza.


O violeiro e pesquisador Roberto Corrêa e os integrantes do grupo Música Antiga da UFF vêm desenvolvendo uma sonoridade especial, a partir do repertório de Corrêa com arranjos criados especialmente por ele e por André Vidal para este trabalho com o Música Antiga da UFF, que completa 44 anos de existência.


Os instrumentos característicos da música ibérica medieval e renascentista (a viola da gamba, o alaúde, a vihuela, as flautas e diversos elementos percussivos) harmonizam-se com a viola caipira e com outros três tipos de instrumentos de cordas que representam regiões distintas do Brasil: a viola de cocho (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul); a viola de buriti (da região Norte); e a viola machete, do recôncavo baiano. Este encontro evoca a paisagem sonora do Brasil de dentro, com a força do cerrado, as águas, os aboios e os causos da vida rural nas gerais do sertão. Além das músicas instrumentais e cantadas, todas compostas por Roberto Corrêa, o espetáculo é pontilhado por alguns fragmentos de textos de Guimarães Rosa, Cora Coralina, Manoel de Barros e um poema do próprio Roberto Corrêa (Pacto).


ROBERTO CORRÊA se dedica ao estudo, à composição e ao ensino da viola há mais de 40 anos. Gravou vários álbuns de viola, já tocou em todo o Brasil e em diversas partes do mundo como Áustria, China e Moçambique. É músico, intérprete e tem seu trabalho ligado às tradições interioranas, mas também associado à contemporaneidade e à erudição. Chamado pelo crítico Tárik de Souza de “Guimarães Rosa encordoado”, o mineiro Roberto Corrêa é descendente de uma família de violeiros. Graduado em Física e Música pela Universidade de Brasília, tem doutorado em Artes pela ECA, Universidade de São Paulo, com a tese "Viola caipira: das práticas populares à escritura da arte”. Corrêa é um pesquisador incessante do instrumento, tendo dedicado sua vida ao estudo e à prática da viola. Lançou vinte discos e quatro livros dedicados ao instrumento.


Dia 14 de junho, sábado, às 19h


Teatro da UFF: R. Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói-RJ

INGRESSOS: R$ 30 | R$ 15 (meia)

Disponíveis na bilheteira do Centro de Artes UFF ou pelo site Guichê Web

http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff

12 de setembro de 2025
A Companhia de Ballet da Cidade de Niterói apresenta no Theatro Municipal de Niterói, de 12 a 14 de setembro, Palimpsesto, um espetáculo que se constrói como um corpo de memórias sobrepostas, onde cada coreografia funciona como uma camada sensível, inscrita no tempo e no espaço da dança. Inspirado no conceito de palimpsesto - manuscritos antigos reescritos sobre vestígios de textos anteriores - o espetáculo propõe um percurso coreográfico que revela o que permanece, o que ressurge e o que se transforma no movimento. Quatro criações inéditas e autorais, assinadas por bailarinos da própria Companhia, compõem essa cartografia poética do corpo em fluxo: • "Terceira Margem", de Robson Schmoeller, traça uma travessia entre o real e o imaginário, onde o corpo dança em suspensão, evocando o universo simbólico de Guimarães Rosa como um rio de sentidos em constante desvio. • "A.U.R.O.R.A", de Bruna Lopes, desvela o nascer de estados sensíveis e instintivos do feminino, como uma escrita luminosa que se reinventa a cada gesto. • "365/366", de Mirna Nijs, inscreve no corpo a resistência cotidiana. Dias que se repetem, mas nunca iguais - a dança como reescrita contínua do viver. • "Tempo, Corpo e Memória", de Gilson Paixão, convoca a ancestralidade como presença latente: aquilo que nos molda e permanece, mesmo quando reconfigurado pela dança. Mais do que a justaposição de obras, Palimpsesto é um território de escuta e presença, onde diferentes vozes, temporalidades e linguagens se sobrepõem sem se apagar. Cada criação carrega suas marcas e, ao mesmo tempo, dialoga com as outras, compondo uma experiência plural, orgânica e em constante reescrita. Com direção geral da Companhia de Ballet da Cidade de Niterói, o espetáculo reafirma o compromisso da CBCN com a dança contemporânea brasileira e com o incentivo à criação artística local, valorizando a potência do coletivo e a singularidade de cada artista. Serviço Companhia de Ballet da Cidade de Niterói | Palimpsesto Datas: De 12 a 14 de setembro de 2025 Horário: Sexta-feira, 19h; sábado e domingo, 18h Evento Gratuito | Retirada de 1 ingresso por pessoa na bilheteria, 1h antes do início do espetáculo, mediante a doação de itens de higiene pessoal Duração: 50 min Classificação indicativa: Livre Local: Theatro Municipal de Niterói End: Rua XV de Novembro, 35 - Centro, Niterói Site: www.tmjc.com.br
12 de setembro de 2025
A Tropa da Solidariedade, projeto social atuante no coração da Lapa, se prepara para um momento muito especial. Após muita luta e meses de obras, a sua sede será reinaugurada, totalmente reformada e com uma grande festa, marcando a retomada das suas atividades! Será no domingo, dia 14 de setembro, a partir das 14h, no Corredor Cultural Beco do Pantera, no Beco dos Carmelitas. A entrada é gratuita. A Tropa da Solidariedade atua no auxílio à população em situação de rua e famílias periféricas e na revitalização do Centro do Rio de Janeiro desde 2020. A iniciativa foi criada pelo rapper Shackal logo no começo da quarentena imposta pela pandemia de Covid-19, por conta do agravamento dos problemas enfrentados por quem vive em vulnerabilidade social na região. Desde então, a “Tropa” passou a ajudar as pessoas mais vulneráveis e à margem da sociedade com itens básicos de higiene e de alimentação, com alimentos orgânicos obtidos diretamente com pequenos agricultores fluminenses e, através de mutirões, juntam um grupo numeroso e diverso de voluntários para preparar refeições e distribuir aos moradores em situação de rua. O movimento, que já impactou mais de 20 mil famílias em mais de 50 ações. Serviço: Local: Beco dos Carmelitas - final da Feira da Glória, entre a Rua da Lapa e o Beco do Rato Data e hora: 14 de setembro, domingo, a partir das 14h Entrada: Gratuita