10 de março de 2025

Premiada peça infantojuvenil “Do que são feitas as estrelas?” estreia no Sesc Tijuca

A astrônoma e cientista britânica Cecilia Payne-Gaposchkin (1900-1979) se tornou conhecida por ter descoberto do que são feitas as estrelas. Na época, ela tinha apenas 25 anos e precisou enfrentar o ambiente machista que dominava a ciência e o ambiente acadêmico. Este é o ponto de partida do espetáculo infantojuvenil “Do que são feitas as estrelas?”, que estreia em 15 de março de 2025, no Sesc Tijuca. Inédita no Rio de Janeiro, a montagem paulistana tem idealização da atriz Luiza Moreira Salles, com direção de Kiko Marques e dramaturgia de Sofia Fransolin. O projeto foi contemplado pelo edital Sesc Pulsar 2024/2025.

No palco, Luiza Moreira Salles divide a cena com os atores Carolina Fabri e Diego Chilio. O espetáculo mescla a história real de Cecilia Payne-Gaposchkin com uma aventura espacial, trazendo o fascínio que os fenômenos celestes despertam nas crianças. De forma lúdica e poética, a peça fortalece a importância da curiosidade e incentiva crianças a serem autênticas e seguirem seus sonhos, desconstruindo a antiga ideia de que certas coisas não são para menina.

“Apesar da trajetória da Cecilia ter início em 1900, tão longe dos dias atuais, ainda dialoga com uma realidade de muitas mulheres que não tiveram a oportunidade de estudar”, diz Luiza. “As crianças ficam fascinadas com a história da astronomia e as curiosidades da época, como o fato de a Cecilia não ter recebido o diploma universitário por ser uma mulher.”

Em “Do que são feitas as estrelas?”, a vida de Cecilia Payne-Gaposchkin se transforma em uma aventura intergaláctica: a Guerreira Cecí é uma menina encafifada com o universo dos porquês. Ela deverá enfrentar intrigas e batalhas, trapaças e chantagens, tempestades e brigas com seres intergalácticos para se tornar uma exploradora cósmica e derrotar a ideia de que mulheres são inferiores. A narrativa acompanha o crescimento de Cecí até se tornar uma das astrônomas mais importantes da história.

“Queremos que todos os espectadores saiam do teatro vendo um universo que se move, gira e se projeta, sempre em movimento, sempre em transformação”, diz o diretor.

A peça estreou em agosto de 2022, no Sesc Belenzinho. A montagem ganhou os prêmios APCA 2023 (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Pecinha É a Vovozinha na categoria melhor direção. Desde a sua estreia, o espetáculo percorreu 18 cidades do Estado de São Paulo, tendo realizado 69 apresentações e alcançado um público de cerca de 17 mil pessoas.

Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp – Universidade Estadual de Campinas e pela Universidade de Évora (Portugal). Atriz, idealizadora e coordenadora geral da peça infantojuvenil “Do que são feitas as estrelas?”, vencedora do Prêmio APCA de melhor direção (Kiko Marques) e indicada a melhor atriz pelo crítico Dib Carneiro no Prêmio “Pecinha é a vovozinha”. Em 2019, integrou a equipe de criação, realizando assistência geral da peça “Stabat Mater”, de Janaina Leite; e atuou como atriz na peça “A Festa – estratégias musicais para sobreviver”, direção de Claudia Schapira e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos.

Ator, dramaturgo e diretor, cofundador da Velha Companhia. Formado pela Escola de Teatro Martins Penna. Já dirigiu e atuou em diversas montagens teatrais. Também atuou em importantes produções do cinema brasileiro, como nos filmes “Cidade de Deus” e “Carandiru”. Ganhou o Prêmio APCA de melhor diretor em 2016 com o espetáculo “Sínthia” e de melhor autor com a peça “Cais ou da Indiferença das embarcações”. Em 2023, recebeu o Prêmio APCA de melhor direção com as montagens “Do que são feitas as estrelas?” e “O monstro da porta da frente”.

Dramaturga e pesquisadora, formada pela UNICAMP (2017), mestra e atualmente doutoranda pela mesma instituição. Como dramaturga, escreveu “Barba azul” (2016), “A louva-a-Deus” (2019), “Enquanto ninguém vê” (2021) e “Se morri já não me lembro: um ensaio para recriar o mundo” (2022), além dos infantis “Lara e o pássaro” (2019), “Quem são elas?” (2020), “Do que são feitas as estrelas?” e “Travessia”, espetáculo circense em que além da dramaturgia também assina a direção.

FICHA TÉCNICA

Concepção: Luiza Moreira Salles
Direção: Kiko Marques
Elenco: Carolina Fabri, Diego Chilio e Luiza Moreira Salles
Stand-in: Sofia Fransolin e Rhena Faria
Dramaturgia: Sofia Fransolin
Direção de Movimento: Bruna Longo
Cenário: Zé Valdir
Trilha Sonora: Ernani Sanchez
Figurino e Visagismo: Victor Paula
Retroprojeção: Diego Chilio, Kiko Marques, Luiza Moreira Salles, Criss de Paulo (Ilustração)
Iluminação: Danielle Meireles
Operação de luz: Jéssica Catharine
Operação de som: Ernani Sanchez e Murilo Góes
Contrarregra: Eduardo Portella
Voz da criança: Iná Belintani Chilio
Direção de Produção: Luiza Moreira Salles
Produção Executiva: Náshara Silveira
Assistente de Produção: Giselli Ribeiro e Virginia Adler

Serviço:

“Do que são feitas as estrelas?”
Temporada de 15 de março a 13 de abril de 2025
. Sessões sábados e domingos, às 16h.
. Sessões sextas: 28/3, 4/4 e 11/4, às 11h e 15h.
Sessão com audiodescrição e Libras – 13 de abril, às 16h

Sesc Tijuca (Teatro I):
Rua Barão de Mesquita, 539, Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 4020-2101

29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff