11 de setembro de 2022

Pedro I no Paço Imperial

Dentro das comemorações do Bicentenário da Independência, o Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial, no Rio de Janeiro, abriu suas portas na última quinta (8) para um encontro do público com o primeiro imperador do Brasil.



Dirigido por Daniel Herz, que assina também o texto junto com os atores João Campany e Roberta Brisson, o monólogo Pedro I pretende questionar valores e atitudes de um dos grandes nomes da história do Brasil, o Imperador Dom Pedro I.

Os ingressos para a peça são gratuitos, mediante retirada de senhas, com classificação a partir de 12 anos de idade, para menores acompanhados dos pais ou responsáveis. As sessões acontecem às quintas e sextas-feiras, às 17h30, e aos sábados e domingos, às 16h.


O texto mistura elementos históricos e fictícios para perguntar ao público se o legado do Primeiro Império é positivo ou não. “Pedro I volta 200 anos depois e tem o delírio de querer reconquistar o poder e voltar a ser imperador do Brasil, em 2022. No mesmo corpo do imperador, o público percebe que tem um ator chamado João, que vai começar a ter um embate com Pedro sobre questões que a gente acha interessante discutir”, disse Daniel Herz.


O ator João Campany, idealizador do projeto, vive os dois personagens, que se alternam a partir de um minucioso trabalho de voz e corpo: o primeiro imperador do país e um ator dos tempos atuais, que leva Pedro I a repensar valores, como a relação do machismo, do racismo e a relação dele com as mulheres.


O objetivo do ator João é que Pedro I refaça a declaração da Independência, “porque ele tem uma mãe que morreu e era uma mulher trans que o adotou. Então, ele quer que o imperador refaça a declaração da Independência para que incorpore as lutas dos direitos identitários”, explicou Herz. O embate de ideias leva o público a repensar os atos que moldaram a sociedade brasileira a partir do 7 de setembro de 1822.


Um só corpo


Ao indagar quem está chefiando a Corte atualmente, Pedro I é informado que não há mais Corte e que é de Brasília que o governo atual comanda, mas Pedro entende se tratar de uma mulher chamada Brasília. “Vira uma coisa interessante, porque você tem duas pessoas que pensam a vida completamente diferente e isso tudo no corpo de um ator só, porque é um monólogo. Você tem a presença constante desses dois personagens no corpo só de um ator”, reforçou o diretor. O público é questionado e pode ser convidado a participar da peça em vários momentos.


João Campany destacou que liberdade é diferente de independência. “Dom Pedro proclamou a independência de um país em relação a outro, que o colonizava. Mas será que, com isso, ele realmente garantiu a liberdade das várias etnias que povoam o Brasil?”, indagou.


A também coautora da peça, Roberta Brisson, afirmou que, fazendo uma reflexão sobre esse período histórico, os três autores procuraram entender de onde vêm “muitas questões que se apresentam até hoje pra nós, como o racismo e a misoginia, por exemplo. A ideia de relembrar para não repetir os erros do passado se une à necessidade de lutar, diariamente, por uma sociedade mais igualitária”, salientou Roberta.


Daniel Herz acrescentou que, a partir da provocação feita com base em pensamentos tão diferentes, a ideia é levar à cena reflexões para a construção de um Brasil melhor.

O espetáculo tem apoio institucional do governo do estado do Rio de Janeiro. A peça ficará em cartaz, inicialmente, até 1º de outubro próximo.



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29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff