29 de agosto de 2024

“O Cravo e a Rosa”, de Walcyr Carrasco, ganha adaptação inédita para o teatro

Com direção de Pedro Vasconcelos e protagonizado por Isabella Santoni e Dudu Azevedo, “O Cravo e a Rosa – O Espetáculo” estreia temporada nacional no Teatro Prio, no Rio de Janeiro

 

Uma das novelas mais amadas e marcantes da teledramaturgia brasileira, “O Cravo e a Rosa”, de Walcyr Carrasco, ganha adaptação inédita para o teatro. Com direção de Pedro Vasconcelos e direção de produção de Marcelo Faria, “O Cravo e a Rosa – O Espetáculo” faz sua estreia nacional no Teatro Prio, no Jockey Club da Gávea, em temporada de 06 de setembro a 27 de outubro, com sessões nas sextas e sábados às 20h e domingos, às 19h. Os ingressos estão disponíveis pela plataforma Sympla.

 

Se na televisão o casal protagonista foi interpretado por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis, nos palcos, Catarina e Petruchio ganharão vida com Isabella Santoni e Dudu Azevedo. O elenco também conta com João Camargo (como Batista), Catarina de Carvalho (como Bianca), Rosana Dias (como Mimosa), Marcello Gonçalves (como Seu Calixto), Carlos Félix (como Seu Etevaldo Praxedes, o cobrador) e John Garita (como Seu Venceslau Torres).

 

A montagem é apresentada e patrocinada pela Brasilcap, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com realização da FV Produções e associação ao Grupo Globo. Após a temporada carioca, a peça passará por São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba.

 

A história

 

Ambientada na São Paulo do final da década de 1920, “O Cravo e a Rosa” conta a história do relacionamento tumultuado de Petruchio, um rude fazendeiro em dificuldades financeiras, e Catarina, uma temperamental jovem rica e feminista, conhecida pelo apelido de “fera” por afugentar seus pretendentes. Com o desenrolar de uma trama hilária e emocionante, ele precisa conquistá-la para pegar seu dote e pagar suas dívidas. No entanto, entre tapas e beijos, ambos se apaixonam perdidamente.

 

A obra é inspirada em “A Megera Domada”, uma das peças mais famosas do dramaturgo inglês William Shakespeare, e transporta o público para uma época em meio a questões importantes como o voto feminino e a igualdade de gênero, tema esse ainda relevante para o nosso país. 

 

- O amor que nasce das diferenças, da aceitação do outro com suas características diversas, as dores humanas retidas em nossos corações que fazem a gente cair em ciladas emocionais e comportamentais. Vem daí o humor de Catarina e Petruchio. Comportamentos que sublimam nossa individualidade e causam conflitos de relações. A obra é leve, divertida, porém profunda na questão dos relacionamentos. Eu estou muito feliz por juntar em um único projeto duas das minhas grandes paixões profissionais: a novela e o teatro – conta o diretor Pedro Vasconcelos.

 

Fenômeno na telinha

 

Exibida de 2000 a 2001 com grande sucesso de audiência pela TV Globo, a novela é uma das mais reprisadas, seja pela emissora como pelo Canal Viva, conquistando diferentes gerações ao longo das últimas duas décadas, chegando inclusive a Portugal. Para se ter uma ideia do quanto ela foi arrebatadora, um único episódio chegou reunir mais de 50 milhões de espectadores simultaneamente. A produção também marcou a estreia de Walcyr Carrasco na Globo. 

 

Walcyr Carrasco 

 

Nascido no interior de São Paulo em 01 de dezembro de 1951, formou-se em jornalismo pela Universidade de São Paulo e atuou em vários órgãos importantes de imprensa. É autor de livros, peças de teatro, além de novelas e séries de televisão, a maior parte delas exibida pela Rede Globo. Recebeu o prêmio Jabuti pela tradução e adaptação de “Romeu e Julieta” para jovens. No teatro, ganhou o Prêmio Shell por “Êxtase”. Na televisão, entre muitos prêmios, destaca-se o Emmy, maior conquista do segmento no mundo, por “Verdades Secretas”, além de ser o autor de “O Cravo e a Rosa”, uma das novelas mais reprisadas da TV.

 

Equipe

 

Isabella Santoni

 

Iniciou a carreira de atriz em 2013, quando foi a protagonista Bel no longa-metragem “Visceral”. Em 2014, participou da série “As Canalhas” e protagonizou “Malhação Sonhos”, vivendo a lutadora Karina. Em 2016, interpretou Isabel, na minissérie “Ligações Perigosas”. Estreou no horário nobre como Leticia na novela “A Lei do Amor”, e fez a peça “5ª Júlia”. Em 2018, voltou ao cinema como Rita em “Missão Cupido”, além de fazer a novela “Orgulho e Paixão” como Charlotte. Já em 22 fez a série “A Divisão”, do Globoplay, e “Dom”, da Amazon Prime Video.

 

- Temos um grande sucesso da televisão nas mãos, uma história que está na memória do público com muito carinho. É uma grande responsabilidade e oportunidade. Não pensei duas vezes em aceitar dar vida a Catarina Batista, que é uma personagem que mexe comigo. Primeiro, por ser inspirada na "Megera Domada", mesmo arquétipo da Karina que fiz em "Malhação Sonhos". Depois, por ser uma mulher à frente de seu tempo, ousada e fora dos ditos “padrões”. Estou completando 10 anos de carreira neste ano e voltar aos palcos, ainda mais com essa personagem, é me reconectar com o início de tudo – destaca a atriz. 

 

Dudu Azevedo

 

Fez sua estreia aos 14 anos em um dos clássicos da TV dos anos 90: o seriado “Confissões de Adolescente”, dirigido pelo cineasta Daniel Filho. Dez anos depois, fez “Cazuza - O Tempo não Para”, protagoniza o filme “Odiquê?” e o longa “Pode Crer!”, se tornando um dos atores mais talentosos de sua geração. Após participar de diversas novelas e do seriado “JK”, debuta no horário nobre da Globo em 2008, na novela Duas Caras. Em 2011, protagoniza um dos episódios da série “Amor em Quatro Atos”. Já em 2016, assina um contrato com a TV Record e atua em “Os Dez Mandamentos” e “Jesus”, personagem marcante na sua carreira.

 

- Fazer no teatro um clássico da TV é desafiador e é também um precioso exercício de refinamento de boas escolhas. Está sendo novo, emocionante e surpreendente, como se fosse a primeira vez. Petruchio é um personagem saboroso e catártico, rico em muitos sentidos e um prato cheio para saborear com calma. Esse convite veio de amigos que eu amo, respeito e com quem quero estar junto. Encontro feliz! E fazer teatro é mágico. O palco é o lugar onde está a verdadeira essência do nosso trabalho, onde tudo se fundamenta – revela o ator.

 

Pedro Vasconcelos

 

Começou a carreira como ator ainda na adolescência na novela Top Model (1989), na TV Globo. Na sequência, tornou-se figura marcante em várias produções da emissora, como Riacho Doce (1990), Vamp (1991), Fera Ferida (1993), A Próxima Vítima (1995) e Malhação (protagonista na temporada de 1997). Passou a se dedicar à direção a partir dos anos 2000, colecionando uma galeria de grandes sucessos, como Sítio do Picapau Amarelo, Alma Gêmea (2005), A Favorita (2008), Paraíso (2009), Escrito nas Estrelas (2010), Morde & Assopra (2011), Amor Eterno Amor (2012), A Teia (2014), Império (2014), Além do Tempo (2015), A Força do Querer (2017) e Espelho da Vida (2018). Além dos projetos na TV, também fez trabalhos como ator e diretor no cinema e no teatro, conquistando o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Espetáculo e Direção com “Dona Flor e seus Dois Maridos”. 

 

Marcelo Faria

 

Ator e produtor. Entre novelas, filmes e peças de teatro, coleciona mais de 40 trabalhos. Desde 1993, também está à frente da sua produtora, a FV Produções Artísticas, ao lado do amigo diretor Pedro Vasconcelos. De lá para cá, foram mais de 10 espetáculos produzidos, levando mais de 1 milhão de espectadores para o teatro, além do longa-metragem "Dona Flor e seus Dois Maridos”. O ator também se consolida como um grande produtor cultural no mercado brasileiro.

 

Serviço:

   

Temporada: de 06 de setembro a 27 de outubro 

Local: Teatro Prio - Jockey Club Brasileiro - Av. Bartolomeu Mitre, 1110 - Gávea, Rio de Janeiro - RJ 

Sessões: sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h

Ingressos: R$ 120,00 (inteira) // R$ 60,00 (meia-entrada)

Vendas e mais informações: https://bileto.sympla.com.br/event/97424/d/273611/s/1868494

Duração: 110 min

Gênero: comédia

Classificação: livre

Rede social: https://www.instagram.com/ocravoearosaumespetaculo/ 


 


29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff