29 de março de 2024

O Caminho de Volta – A Outra História do Rio de Janeiro

Com apresentações gratuitas, o espetáculo “O Caminho de Volta – A Outra História do Rio de Janeiro” vem sendo idealizado há seis anos, quando o diretor e ator Álamo Facó mergulha na pesquisa sobre sua ancestralidade e o início da cidade do Rio de Janeiro, desenterrando a versão não contada dessa história.


O ato cênico será apresentado no Parque do Flamengo, entre os dias 26 de março e 29 de maio, às terças e quartas , sempre às 20 horas.


Há seis anos, Álamo Facó mergulha em viagens em busca de sua ascendência, imergindo em vivências, lutas e manifestações. Quando Álamo chega à história da Baía de Kuanapara do século XVI, algo lhe deixa em choque: há muitos detalhes desse território e período, enterrados num proposital esquecimento.


A história do início do Rio de Janeiro é contada pela primeira vez por esse lado de cá da baía, o da taba Karioka, da Paliçada de Uruçumirim, onde nasceu a maior organização de combate à escravização indígena que já se teve notícia.


“O sentimento de disponibilidade para uma manifestação ancestral é enorme”, pontua.

“Queremos tentar elucidar o povo carioca e seus visitantes sobre como devemos olhar para o passado e enxergar como essa história foi propositalmente distorcida. A escravização indígina é pouquíssimo falada em centros de discussões, em congressos, universidades e é detalhada em cartas e livros. E desejamos enaltecer o povo tupinambá e sua importância histórica e na cotemporaneidade”, completa.


Uma história épica, de um povo enorme e presente em tudo que envolve a ideia de Brasil. Porém apagado intencionalmente. Dentro dessa perspectiva, Álamo entende que ao assistir a peça, o público terá a certeza de como as populações indígenas foram e são subjugadas e perseguidas na construção de um Brasil controverso. E acredita que o público sairá da experiência sendo capaz de contar essa história por essa nova e mais fiel versão dos fatos.


“Ainda há muito massacre, muito homicídio, muita morte, muito mercúrio no corpo de crianças. Mas é um momento onde vemos indígenas nas favelas, nos presídios, e vemos indígenas indicados ao Oscar, sendo chamados para falar na ONU, em conferências de lideranças mundiais e serem ouvidas por presidentes do mundo inteiro. Então, essa peça busca elucidar aqueles que não estão acompanhando esses fenômenos acontecerem e compreenderem o passado de forma mais coerente”, afirma o diretor e autor.


Para a realização do espetáculo, o diretor convidou um coletivo de artistas anti-coloniais, de maioria indígena. Junto a eles, Álamo conta a história da taba Karioka, do período de paz e fartura à luta que segue até os dias de hoje. Ele faz um comparativo com o período e os tempos atuais.


“Muita coisa se manteve, a forma que a gente lida com as festas, a forma que a gente lida com os adornos de Carnaval. E a forma que a milícia armada invade territórios indígenas hoje, é bem parecida com os ataques dos pêros do século XVI. Muita coisa se manteve de lá para cá e a gente muitas vezes não liga uma coisa à outra. A peça colabora para que esses pontos se liguem.”, analisa.


A peça é contemplada pelo Foca – Fomento da Cultura Carioca – com nota máxima, sendo classificada em primeiro lugar.


Chegando de forma confortável em estacionamento gratuito do parque, o público é levado a se acomodar em esteiras e redes para mergulhar na história do nascimento dessa cidade, agora contada pela primeira vez por personagens indígenas, mamelucos e alguns franceses, que lutaram do lado de cá da baía e criaram a maior organização de combate à escravização indígena que já se teve notícia, a Confederação dos Tamoio, numa peça sobre o amor por essas terras e a luta pela liberdade.



SERVIÇO:

  • De 26 março a 29 de Maio de 2024
  • Dias: terças e quartas
  • Horário do encontro: 19:30 . Início do espetáculo : 20:00 hrs
  • Local: Parque do Flamengo – Altura da Rua Oswaldo Cruz
  • Ponto de encontro: Cacto brasileirinho – em frente ao Restaurante Assador
  • Ponto de referência: ao lado do estacionamento do Restaurante Assador
  • Obs: Em caso de chuva não haverá espetáculo

 

11 de novembro de 2025
Procurando Araribóia é uma sátira desenvolvida em teatro de animação, que narra a jornada de um anti-herói indígena que nasce na baía de Guanabara durante um período de intensa mudança cultural, quando o contato com os portugueses se tornava cada vez mais habitual. Araribóia é expulso de sua terra pelos Tamoios e, em sua diáspora, acaba adotando o cristianismo através do convívio com os jesuítas. Determinado a retornar ao seu local de origem, ele se une aos portugueses na guerra de conquista. No entanto, ao final de sua vida, ele confronta a realidade de nunca ter sido verdadeiramente aceito pelos europeus, apesar de ter se distanciado de sua cultura original.  A peça questiona até que ponto é justificável o sacrifício de sua cultura para garantir a sua própria salvação. Procurando Araribóia é uma peça mordaz que busca resgatar a memória histórica e cultural do Brasil pré-colonial, ao mesmo tempo em que instiga o público a refletir sobre o choque cultural, o apagamento da identidade e a busca por aceitação em um mundo marcado pela violência e pelo preconceito. A obra propõe uma releitura da história da conquista da Baía de Guanabara, através de uma narrativa lúdica e satírica que questiona a história oficial e amplia o conhecimento sobre a cultura tupinambá. 14, 15 e 16 de Novembro de 2025 Sexta, Sábado e Domingo 19h Teatro da UFF Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí – Niterói Ingressos: R$ 40 (inteira) – R$ 20 (meia)
11 de novembro de 2025
Encerrando a temporada em sua cidade-sede, a Focus Cia de Dança apresenta Carlota – Focus Dança Piazzolla, com a participação dos músicos Alexandre Caldi (saxofone), Antonio Guerra (acordeon), Emília Valova (violoncelo), Maria Teresa Madeira (piano) e Nikolay Sapundjiev (violino). O espetáculo é uma homenagem à saudosa Carlota Portela, mestra e inspiração de gerações de artistas da dança. Em diálogo com a vibrante obra de Astor Piazzolla, a peça celebra a intensidade do movimento e da emoção, onde corpo e música se entrelaçam em um concerto de sensibilidade e vigor. Encerrando a temporada em sua cidade-sede, a Focus Cia de Dança apresenta Carlota – Focus Dança Piazzolla, com a participação dos músicos Alexandre Caldi (saxofone), Antonio Guerra (acordeon), Emília Valova (violoncelo), Maria Teresa Madeira (piano) e Nikolay Sapundjiev (violino). O espetáculo é uma homenagem à saudosa Carlota Portela, mestra e inspiração de gerações de artistas da dança. Em diálogo com a vibrante obra de Astor Piazzolla, a peça celebra a intensidade do movimento e da emoção, onde corpo e música se entrelaçam em um concerto de sensibilidade e vigor. Focus Cia de Dança Carlota - Focus Dança Piazzolla | en concierto Sala Cecília Meireles De 12 a 14 de novembro 19H