3 de outubro de 2023

Niterói promove Festival de Escrita Antirracista

Projeto Raízes da Diversidade é desenvolvido pela Supir com crianças e adolescentes.

 

Niterói deu início às atividades do Festival de Escrita Antirracista na UMEI Bezerra de Menezes, no bairro Viradouro. O projeto Raízes da Diversidade, promovido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania por meio da Subsecretaria de Promoção da Igualdade Racial (Supir), tem como objetivo provocar o debate sobre a temática racial com crianças e adolescentes das redes municipal e estadual de educação. A atividade também aconteceu na escola estadual de ensino médio Guilherme Briggs, no mesmo bairro.

 

A secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Nadine Borges, destacou a relevância de trabalhar a temática do enfrentamento ao racismo.

 

"Estamos movidos por um projeto de educação antirracista em nossa cidade para que nossas crianças e adolescentes cresçam em um ambiente democrático em sua essência e que Niterói tenha o enfrentamento ao racismo como centro de sua política de desenvolvimento. O festival é mais um passo nessa caminhada de democratização dos saberes proporcionados pelos 20 anos da Lei 10.639, um marco na luta antirracista no Brasil", ressaltou Nadine Borges.

 

De acordo com a diretora da Subsecretaria de Promoção da Igualdade Racial, Michelle Guimarães, na semana passada foi realizada uma reunião com as professoras da UMEI Bezerra de Menezes para que elas possam trabalhar a temática em sala de aula.

 

“Tivemos um momento de formação com as professoras para abordar a questão do racismo estrutural e sobre práticas antirracistas na educação. A proposta desse festival é provocar, dentro de algumas instituições de educação, o debate sobre este tema tão importante. Selecionamos duas escolas: uma de Educação Infantil com crianças de cinco e seis anos, e outra de Ensino Médio, com adolescentes. Hoje desenvolvemos uma oficina de jongo com as crianças de forma a provocar reflexão e incentivá-las na produção artística”, explicou Michelle Guimarães.

 

A diretora-geral da UMEI Bezerra de Menezes, Valdete Barbosa Henrique Ferreira, conta que houve uma conversa com as equipes da Prefeitura e que a ideia das atividades partiu desse momento.

 

“Conversamos bastante sobre a importância de desenvolver ações pedagógicas sobre a educação antirracista. Então veio a oportunidade de a gente desenvolver o Festival da Escrita Antirracista para provocar reflexões e fomentar debates essenciais dentro da escola pública, sobretudo com as crianças, que são estimuladas a se expressarem através da arte, da expressão corporal, da dança e de desenhos. É importante destacar que ficamos muito felizes com a formação que foi dada para o Corpo Docente da escola”, afirmou Valdete Barbosa Henrique Ferreira.

 

A diretora da UMEI destacou ainda que a educação infantil é a base da educação e que a escola está sempre em busca de educar e inspirar essas crianças para que eles possam apreciar de uma forma mais profunda essa diversidade racial e também a pensar sempre em formas de incluir, para que vivam em uma sociedade igualitária.

 

No Colégio Estadual Guilherme Briggs, as atividades incluíram uma roda de jongo. Cerca de 70 estudantes, com idades entre 15 e 17 anos, estiveram presentes. Os alunos das duas escolas vão trabalhar o tema a partir de desenhos e outras manifestações culturais. A proposta é que, em novembro, esse projeto culmine em uma grande exposição com o material produzido pelas crianças e adolescentes. O projeto prevê a produção de um livro.

 

 

29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff