11 de maio de 2022

Municipal de Niterói apresenta a Cia de Ballet Dalal Achcar

O público verá uma produção inédita com dança contemporânea e técnica clássica, com trilha sonora especialmente selecionada


O Theatro Municipal de Niterói recebe, nos dias 13 e 14 de maio, a Cia de Ballet Dalal Achcar, com a montagem inédita e atemporal “Tal Vez”, do coreógrafo Alex Neoral e figurino de João Pimenta. Um encontro marcado por duas gerações distintas que se complementam, com a proposta de trazer à tona memórias afetivas, interpretadas por 18 bailarinos.

A convite de Dalal Achcar, Alex Neoral será o responsável pela coreografia de “Tal Vez”, especialmente criada para a Cia de Ballet Dalal Achcar. O espetáculo, apresentado pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com produção da Aventura, é composto por uma cia de ballet preparada, com 18 bailarinos de ponta, treinados pelo maitre de ballet e coreógrafo Eric Frederic. O público verá, em um ato, uma produção inédita com dança contemporânea e técnica clássica, com trilha sonora especialmente selecionada por Neoral, que traz memórias afetivas – lembranças, ambiências, arrepios, dramas e acolhimento – inspiradas por canções universais e inesquecíveis que embalam romantismo e bom humor.

Com figurinos de João Pimenta (Romeu & Julieta ao som de Marisa Monte), cenário de Natalia Lana (A Cor Púrpura) e canções inspiradas em trilhas de filmes de cineastas como o espanhol Pedro Almodóvar, o italiano Ettore Scola e o americano Woody Allen. 

 "Tal Vez", jogo de palavras que brinca com 'talvez' e 'aquela vez', dá nome à produção com coreografias baseadas em encontros marcados que geram desencontros e mostram como esses momentos da vida podem resultar em novas experiências. Além do conceito, as cenas são compostas também pelo movimento de desconstrução dos figurinos em camadas ao longo do espetáculo.

Com a parceria, Dalal tem o objetivo de trazer frescor e um ar mais plural para o mercado do ballet no Brasil. Ela ressalta ainda a importância do intercâmbio entre as companhias, muito comum na Europa. “É importante para firmar a força da dança. O coreógrafo precisa ser conhecido além da própria companhia. O processo de criação é uma troca. Venho acompanhando o trabalho do Alex na Focus há algum tempo e queremos renovar com um espetáculo muito dançante”, pontua Dalal Achcar.

Sobre a missão de coreografar para uma outra cia, Alex complementa: “Há muitos desafios em criar para um grupo que não seja o seu. Temos a questão de um tempo não muito longo para a criação, a diferença de estilos, técnicas usadas e o momento em que vou conhecendo as possibilidades dos artistas. Porém, a Cia se mostra muito aberta, interessada e disponível para novas linguagens”.


Sinopse


Em uma noite qualquer, pessoas se preparam para seus encontros marcados. A antecipação e a expectativa das emoções dessa noite transbordam nos passos, gestos e atitudes de preparação. A chegada e o reconhecimento do lugar acontecem de forma urgente. Precisam estar prontos.

Luzes, cheiros, atenção aos que chegam. A espera e os pensamentos misturados regados pela tensão do momento. O tempo passa e pouco a pouco.

Cada uma dessas pessoas se desconstruirá sob a clara visão de que os marcados não aparecerão. As sensações se misturam e regam seus corpos e movimentos em um misto de emoções contraditórias. A frustração manifestada por cada um, com formas e cores diferentes, e a impermanência se debatem.

As cores mudam e de repente as pessoas percebem umas às outras, descobrindo possibilidades infinitas ao seu redor. O espaço está cheio de afetos, do novo, de música.

Encontros, desencontros, novos encontros na dança da vida.


Sobre Dalal Achcar


Dalal é considerada a maior difusora e propagadora do balé clássico no Brasil. Levar o balé para o povo é um dos grandes prazeres da coreógrafa, que trouxe Margot Fonteyn e Rudolf Nureyev ao palco do Maracanãzinho em 1967. “Quando eu fazia galas, havia espetáculos para o povo no dia seguinte. No Teatro Municipal, durante a minha gestão, milhares de professores e estudantes da rede pública assistiram a concertos, dança e ópera. Esporte, música, dança, teatro e artes deveriam ser ensinados na escola. Acho fundamental complementar a educação com a arte e cultura”, conta DalalAchcar.

Com mais de meio século de trajetória artística, Dalal é a responsável pelo lançamento dos maiores bailarinos brasileiros no mercado nacional e internacional, entre eles: Marcelo Gomes - American Ballet Theatre New York – USA; Ana Botafogo – primeira bailarina do Theatro Municipal; Roberta Marques - Royal Ballet- Londres - Inglaterra; e por indicação e participação de Mariza Estrella do Centro de Dança Rio e diretora técnica da Cia, por Thiago Soares - Royal Ballet - Londres- Inglaterra; Irlan Santos- Boston Ballet – USA; Carollina Bastos - Ballet de Munich - Alemanha; Thamires Chuvas-SAN Francisco Ballet - California-USA, entre muitos outros.

Carioca, Dalal tem o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro marcado em sua carreira: foi diretora do Ballet e duas vezes presidente da Fundação Theatro Municipal. Além disso, conviveu e trabalhou com os maiores nomes da cultura brasileira, entre eles, Vinicius de Moraes e Manuel Bandeira, que escreveram um balé especialmente para a coreógrafa. Di Cavalcanti e Burle Marx fizeram cenários e figurinos de alguns de seus espetáculos. Tom Jobim compôs uma canção para ela, que continua inédita. Margot Fonteyn, falecida em 1991 e principal estrela do Royal Ballet, foi madrinha profissional de Dalal, que começou a dançar aos 15 anos. Aos 18, fundou a Associação de Ballet do Rio de Janeiro.

Dalal coreografou o ballet “O quebra nozes”, considerado pela revista NewsWeek a mais bela produção entre centenas de outras,e uma tradição anual de mais de 30 anos no Theatro Municipal, além de “A Floresta Amazônica”, um marco brasileiro criado para Margot Fonteyn, o ballet “ Dom Quixote”, com o qual recebeu o prêmio Ibéria e os Pas de deux com "Amor para Ann Marie de Angelo e o Joffrey Ballet” e ”SomethingSpecial” este para Natália Makarova e o American Ballet Theatre.


Sobre Alex Neoral

 

Professor, coreógrafo, bailarino de dança contemporânea, Alex Neoral iniciou os seus estudos em dança em 1994. Fundou, em 1997, a FOCUS Cia de Dança, onde iniciou suas primeiras pesquisas coreográficas, estreando o seu primeiro espetáculo, "Vértice", em 2000. Considerada uma das Cias mais atuantes do Brasil, a FOCUS Cia de Dança, sob a direção de Alex Neoral, foi agraciada, em 2016, com a Ordem do Mérito Cultural, considerado o prêmio mais importante do Ministério da Cultura. 


Alex tem seus trabalhos facilmente reconhecidos por um bom gosto musical, sofisticado, eclético e, principalmente, por tocar o público. Não será diferente em “Tal Vez”. Há uma mistura musical que vai de composições extremamente passionais a outras mais bem humoradas, músicas instrumentais, com letras em espanhol, inglês e português, mais especificamente um fado, por exemplo. “Me permiti esse leque amplo pois o trabalho se passa em um baile imaginário onde personagens se dirigem a esse lugar em busca de um encontro, que não acontece.Mas a partir daí relações surgem entre esses próprios personagens”, finaliza Alex.

 

Sobre o Instituto Cultural Vale

 

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa.

 


25 de setembro de 2025
O Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, espaço educativo e cultural da Light em Rio Claro, será palco de um grande encontro cultural no sábado, 27 de setembro. O evento ‘Forró do Padroeiro’, gratuito e aberto ao público, começa às 16h e promete unir música, literatura, artes plásticas e contemplação do céu em uma programação diversificada. Programação • 16h – Café de boas-vindas • 16h30 – Abertura da exposição “Cores da Memória”, de Mariane Alves • 17h – Lançamento do livro “Tecidos de Memórias”, de Teresinha da Rocha Pereira, com apresentação de Saulo Soares • 18h – Declamação de literatura de cordel, com Mariane Alves • 18h15 – Show com o grupo Forró Rasta Sandália • 19h – Observação do céu com leitura de poemas • 19h30 – Show com o grupo Forró Rasta Sandália • 20h – Encerramento
25 de setembro de 2025
A Segunda Guerra Mundial é um dos capítulos da história mais bem documentados, com milhares de filmagens, mas sempre há algo a descobrir. Ainda mais com a perspectiva especial, como a apresentada em “Memórias da Segunda Guerra Mundial”, documentário inédito que estreia, com exclusividade, no Curta!, que traz raros registros caseiros do confronto e da vida cotidiana em meio ao caos! A produção integra a programação especial no canal e no streaming CurtaOn - Clube de Documentários que marca os 80 anos do fim da Segunda Guerra. O filme é produzido pela ZED e tem direção de Stéphane Miquel. As memórias esquecidas de vídeos caseiros são resgatadas no documentário a partir dos arquivos de cinegrafistas amadores na Normandia. O cotidiano na costa francesa é registrado antes e durante a Guerra, marcando um contraste claro entre os períodos. A partir dos olhos de cineastas como Robert Dasché, Pierre Le Bihan e Fernand Bignon, e das lentes de suas câmeras 8mm, somos apresentados aos sorrisos e a vida pacata da Normandia, tomada por banhistas no verão. Logo, as filmagens seriam mais discretas, capturando a tensão e aflição às vésperas do conflito que mudaria a vida dos cidadãos locais e de toda a Europa. “A guerra está de volta, porque um louco quis assim”, afirma um dos anúncios militares filmados colados na parede. O documentário mistura crônicas familiares à história com as raras imagens e contam, em silêncio, o desenrolar da guerra. O confronto não mudou apenas o passatempo dos cinegrafistas amadores que, a partir da ocupação nazista, foram proibidos de filmar, mas de toda a localidade. Cerca de 250 mil homens da região foram mobilizados para o conflito e quase 20 mil civis morreram. “Vamos vencer, pois somos mais fortes”, conclamava um cartaz. As gravações, agora clandestinas, mostram como o cenário e a vida mudaram. Da fresta de suas janelas, com coragem para registrar a história e denúncia da violência, os cinegrafistas revelam como pessoas comuns vivenciaram e sobreviveram à guerra e como elas conseguiam recriar momentos de felicidade em meio ao caos, escombros e olhares de medo. As filmagens incluem cenas do Dia D, que iria libertar a Normandia e a França dos nazistas. Eles gravam a esperança com a chegada dos Aliados e, à sua maneira, celebram e homenageiam memórias felizes. “Memórias da Segunda Guerra Mundial” é uma produção da ZED. O filme também pode ser visto no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro TV+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). A estreia é no dia temático Sextas de História e Sociedade, 26 de setembro, às 23h.