29 de dezembro de 2024

Grupo de teatro “Tá na Rua” lançou site com memória dos 45 anos de trabalho



Tá Na Rua lançou no dia 14 de dezembro o site www.grupotanarua.com.br, contendo todas as imagens, textos, documentos, roteiros, vídeos e registros de espetáculos, curso e atividades culturais apresentados ao longo dessas quase cinco décadas. O lançamento foi realizado no tradicional espetáculo de fim de ano do grupo, apresentado há 44 anos nas praças e espaços públicos da cidade do Rio de Janeiro, o “Auto de Natal – o Auto do Renascimento” na Praça Cardeal Câmara, na Lapa. Com o propósito de promover um contato direto com a cidade e o cidadão, o evento abordou os ritos e significados em torno do Natal evidenciando bem o trabalho do grupo, com uma manifestação de arte pública, gratuita e aberta a todas as idades.


 Fundado pelo renomado diretor Amir Haddad, o Tá Na Rua se tornou Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro em 2011, contribuindo para a formação de um grande número de artistas e para o desenvolvimento cultural da cidade, abrindo caminho para o surgimento e a consolidação de diversos coletivos teatrais e tornando-se referência nacional no campo das artes, educação e cidadania. A criação do site faz parte do projeto “Tá Na Rua Tem História” que foi contemplado pelo edital Programa Funarte Retomada 2023 – Teatro, realizado pela Funarte / Ministério da Cultura /Governo Federal, projeto desenvolvido ao longo de todo o ano de 2024.


 Além da trajetória do Tá Na Rua, amantes do teatro e da cultura popular terão a oportunidade de conhecer detalhes da história de Amir Haddad, um dos maiores diretores e teatrólogos do Brasil com reconhecimento internacional. Com uma vida inteira dedicada às artes cênicas e ganhador de diversos prêmios da categoria, Amir brinca ao falar da importância de unir cultura e tecnologia. “Quem disse que eu me rendi à internet? Eu lido com o ser humano vivo, é teatro que eu faço! A internet é importante porque vai permitir que as pessoas tenham acesso a todo material acumulado ao longo de quase 45 anos de trabalho do ‘ Tá na Rua’. Nisso a internet ajuda muito”, afirma Haddad


 Com curadoria e coordenação de Ana Carneiro, (co-fundadora do Tá Na Rua), projeto visual de Leandro Felgueiras e apoio institucional da Cinemateca do MAM, o site é um espaço para pesquisas sobre teatro de rua e divulgação de produções artísticas, oficinas, cursos, palestras e demais atividades do Centro Cultural Casa Tá Na Rua. “Há um aspecto afetivo e emocional nessa construção por ver materializado um sonho que perpassa a longo tempo a trajetória do Tá na Rua. É uma satisfação como pesquisadora saber que, com o site, estamos criando um espaço virtual onde toda a história desse trabalho tão importante poderá ser lida por aqueles que se interessam em conhecer um pouco mais sobre o teatro brasileiro. Desde suas origens, o Tá na Rua se preocupou em documentar seu processo de trabalho, tanto por meio de anotações, como por imagens, que permitem hoje se conhecer a prática artística que, pouco a pouco, corporificou nossa linguagem”, relembra Ana Carneiro.


O site também oferece informações sobre os diversos setores que, estruturados legal e juridicamente pelo grupo para as artes, educação e cidadania, constituem as atividades desenvolvidas pelo Tá Na Rua (produção artística); pelo Centro Cultural Casa do Tá Na Rua; pela Escola Carioca do Espetáculo Brasileiro (espaço de passagens de saber e pesquisa teatral); pelo Fórum de Arte Pública (cidadania); pelo acervo Tá Na Rua (Centro de Memória e Documentação do grupo), onde se encontram todos os registros documentais; e, finalmente, pelo setor administrativo e de produção do grupo.




29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff