18 de julho de 2025

'Feitos um Para o Outro' entra em cartaz no Theatro Municipal de Niterói

A Sala do Artista Popular (SAP) do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan), no Museu de Folclore Edison Carneiro, no Catete, zona sul do Rio, vai abrigar até o dia 28 de setembro, a exposição Hãmxop tut xop - as mães das nossas coisas: artesanato em fibra de embaúba. As peças da mostra foram produzidas por mulheres da etnia Maxakali, a única a manter a própria língua em todo o estado de Minas Gerais. 


“A gente está trazendo memória viva. Para nós, é a nossa herança que a gente leva para alguns lugares. A herança para nossos filhos é a nossa cultura. O conhecimento e a sabedoria estão dentro da nossa memória. Não apagaram”, disse Sueli Maxakali, uma das líderes da etnia e professora de crianças e adultos maxakali, em entrevista à Agência Brasil.

Os Tikmũ’ũn, que é como se autodenomina o povo também conhecido como Maxakali, vivem nas aldeias Água Boa, Pradinho, Aldeia Verde, Cachoeirinha e Aldeia-Escola-Floresta, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais.


“Os Maxakali, apesar de estarem relativamente próximos dos grandes centros brasileiros, permaneceram muito ignorados, muito invisibilizados, pouco conhecidos também pelas suas diferenças culturais. Hoje, praticamente todo povo é monolíngue, fala pouquíssimo português. Isso é uma barreira também de comunicação com os não-indígenas”, contou à Agência Brasil, o antropólogo Roberto Romero, responsável pela pesquisa e pelo texto da exposição, que há 15 anos convive com os Tikmũ’ũn, que foram tema do mestrado e do doutorado que fez.



A matéria-prima dos seus trabalhos é a embaúba, árvore natural da Mata Atlântica, quase extinta na região em que eles habitam. Com a fibra da árvore produzem bolsas, colares, braceletes e pulseiras com características da etnia.


2 de setembro de 2025
A Prefeitura de Niterói, através do Programa Niterói Audiovisual (NAV), vai promover uma Oficina de Teatro gratuita com o ator, diretor e professor Christovam Neto, nos dias 09 e 10 de setembro. A atividade, com vagas limitadas, integra a série de oficinas do programa e será realizada no Solar Notre Rêve (antiga Casa Norival de Freitas), no Centro da cidade. As inscrições podem ser feitas no link https://shre.ink/OficinadeTeatroChristovamNeto. A iniciativa é desenvolvida em cooperação com a UNESCO e visa aprimorar habilidades e técnicas, fomentar a criatividade e valorizar o setor audiovisual da cidade. A escolha do Solar Notre Rêve para sediar as oficinas reforça a importância da valorização do patrimônio cultural de Niterói. A oficina busca integrar a arte cênica às práticas educativas, oferecendo formação e desenvolvimento em interpretação teatral. Serão exploradas diferentes técnicas e exercícios em duas sessões de capacitação de 4 horas diárias, com foco na experiência coletiva e integrada. As atividades abordarão exercícios vocais (respiração, dicção, ritmo), exercícios físicos (coordenação, resistência, movimento e dança) e exercícios de interpretação (atenção, empatia, expressão corporal, transformação de textos em cenas e exploração de tensão dramática). Haverá também discussões em grupo sobre os aprendizados. O objetivo é estimular a criatividade, promover a comunicação, a expressão e a autoconfiança dos participantes, alinhando-se às tendências contemporâneas das artes cênicas. Sobre o Niterói Audiovisual (NAV) - O NAV tem como pilares o fomento à produção, a valorização da memória audiovisual, a capacitação profissional, a inovação tecnológica e o fortalecimento da economia criativa e do turismo cultural. A proposta é transformar o setor audiovisual em motor de desenvolvimento sustentável, gerando impacto direto na economia, na cultura e na educação. Serviço: Oficina de Teatro com Christovam Neto Data: 09 e 10 de setembro de 2025 Horário: 14h às 18h Local: Sola Notre Rêve (antiga Casa Norival de Freitas) - Rua Maestro Felício Toledo, 474 - Centro, Niterói Valor: Gratuito
2 de setembro de 2025
O Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói) inaugura, neste sábado (6), a primeira exposição individual de Edo Costantini no Brasil. Com curadoria de Nicolas Martin Ferreira e texto crítico de Paulo Herkenhoff, a mostra reúne uma década de produção do artista, incluindo fotografias, vídeo, música e esculturas em bronze — estas últimas criadas em colaboração com a artista Delfina Braun e a arquiteta Delfina Muniz Barreto. A exposição traz cerca de 20 fotografias de grande formato, realizadas entre 2013 e 2025 nas florestas de Katonah-Bedford Hills, em Nova York, onde Edo vive e trabalha. Suas imagens etéreas exploram o sublime na natureza e refletem sobre o fluxo do tempo e a existência humana. Entre os destaques, estão a instalação de escultura sonora “Opium Whispers” e o filme “Last Survivors”, de 30 minutos, projetado em uma das paredes principais do museu. Produzido durante a pandemia, o longa é narrado pela atriz islandesa Hera Hilmar e combina roteiro de Costantini e Martín Hadis com trilha sonora original composta pelo artista em seu projeto musical The Orpheists. O trabalho propõe uma reflexão sobre resiliência, perda e transcendência. As esculturas em bronze apresentadas no MAC celebram a beleza e os ritmos da natureza. Inspiradas em cogumelos e no micélio — rede subterrânea vital para o equilíbrio dos ecossistemas —, as obras evocam tanto a força invisível da vida quanto metáforas de cura e renovação. Em paralelo à exposição, será lançado um catálogo bilíngue em capa dura, com 110 páginas, reproduções das obras e textos críticos de Ferreira, Herkenhoff e Barbara Golubicki, oferecendo múltiplas perspectivas sobre a trajetória de Costantini.