13 de abril de 2025

Exposição sobre Paulo Gustavo estreia neste domingo no MAC

Rir é um ato de resistência. A famosa frase do ator, humorista, roteirista e diretor niteroiense Paulo Gustavo também é o nome da exposição que será aberta ao público neste domingo (13), no Museu de Arte Contemporânea (MAC). Organizada em cinco galerias, a exposição reúne registros da infância e juventude, materiais de acervo pessoal, figurinos originais de personagens marcantes, além de cenografias imersivas que convidam o visitante a reviver momentos inesquecíveis de sua carreira. Os ingressos custam R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia), com pagamento em dinheiro na bilheteria do museu. A entrada é gratuita nas quartas-feiras.



"Paulo Gustavo foi um verdadeiro ícone, não apenas para a arte brasileira, mas, especialmente, para Niterói, sua cidade natal. Sua alegria e seu talento iam muito além das telas e dos palcos, levando a essência da nossa cultura para todo o país. A falta que ele faz é imensurável, mas seu legado permanece vivo em nossos corações e na memória de todos que tiveram o privilégio de se inspirar em sua trajetória. Temos muito orgulho de tê-lo como filho desta terra — um exemplo de criatividade, generosidade e amor pela vida, que continuará a nos inspirar e a nos guiar”, destaca o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.





O idealizador do projeto, junto com a família, é o viúvo do ator Paulo Gustavo, Thales Bretas, que contou como está sendo a montagem da exposição:



“É muito emocionante estar realizando essa exposição. Era um projeto que eu tinha em mente desde que tudo aconteceu e me faltava força e coragem para tocar. Essa exibição traz um pouco mais da vida do Paulo, quem ele foi e o que ele representou. Foi importante começar por Niterói, cidade em que ele nasceu, que ele amava tanto e que, inclusive, retratava nos filmes.”


Segundo Thales, a emoção fez parte de todo o processo.


“Estou muito emocionado. É difícil e um pouco estranho ver todos os objetos aqui, porque tem muitas coisas da nossa vida pessoal... objetos que estavam na nossa casa, no nosso quarto, roupas de uso pessoal de vários momentos especiais. Então, assim, é difícil, mas, ao mesmo tempo, eu acho que vai acalentar muitas pessoas que precisam também viver essa saudade carinhosa e se aproximar um pouco mais desse cara que foi tão importante nas nossas vidas, que brilhou tanto por tão pouco tempo e que agora foi brilhar em outra dimensão”, descreveu Thales.



A exposição é dividida em cinco partes. A primeira conta, por meio de fotografias, uma linha do tempo da vida do ator, desde a sua infância. A segunda galeria remete a um universo lúdico, com instalações interativas e exibição de um telão com imagens e falas memoráveis de sua carreira. O terceiro espaço é destinado à moda, com uma mostra do que fazia “a cabeça” do Paulo Gustavo, que tinha a moda como uma forma de expressão e adorava muito brilho. A quarta parte da exposição é uma coleção de seu acervo pessoal de arte, com obras de artistas renomados, incluindo uma escultura que fica bem na entrada do MAC. O último espaço reúne uma seleção de cenas de suas atuações no cinema, televisão e teatro, além de trechos de entrevistas. É um espaço de imersão e aproximação com o público, em uma sala que traz uma atmosfera de cinema para o museu.


A presidente da Fundação de Arte de Niterói (FAN), Micaela Costa, ressalta que tem como missão fomentar a produção artística da cidade, valorizando e criando espaços para o talento de seus artistas, promovendo o cenário cultural. Para Micaela, Paulo Gustavo é um importante símbolo da vocação artística de Niterói, que se manifesta na irreverência, no humor e na coragem de sua obra. Além de sua genialidade, sua trajetória foi marcada pelo combate ao preconceito e pela defesa da diversidade, temas fundamentais para a arte e para a sociedade.


“Celebrar Paulo Gustavo em sua cidade natal, dentro de um equipamento público tão emblemático, é mais do que uma homenagem, é um ato de reconhecimento à sua grandiosidade e ao impacto que ele teve na cultura brasileira. Essa exposição não apenas revisita sua trajetória brilhante, como reforça o poder da arte como ferramenta de afeto e transformação social, proporcionando à cidade um mergulho na história de um dos maiores artistas do Brasil”, revelou Micaela. O trabalho contou com a curadoria de Nicolas Martin e com a co-curadoria de Juliana Cintra, amiga pessoal do ator.


“Eu aprendi com essa exposição que o Paulo Gustavo era um multiartista e multidisciplinar. Ele gostava não só de ser um ícone do mundo cômico, do teatro, do cinema, mas também era uma pessoa que gostava de colecionar artes. O público pode esperar muita emoção. Criamos um cinema no meio deste museu icônico, com um mini-filme que retrata os melhores momentos da televisão e do teatro. As pessoas vão mergulhar nessas memórias e se encantar”, destacou Nicolas Martin.


A exposição “Rir, um ato de resistência” faz parte da Lei de Incentivo à Cultura, com apresentação do Ministério da Cultura e do Grupo Bradesco Seguros, patrocínio da TV Globo e Multishow, e apoio da Prefeitura de Niterói, por meio da Fundação de Arte de Niterói (FAN) e do Museu de Arte Contemporânea, e da Galeria Silvia Cintra + Box 4, com realização da InterArt.

Serviço Exposição: Paulo Gustavo - "RIR, UM ATO DE RESISTÊNCIA"


Local: MAC - Museu de Arte Contemporânea de Niterói / Mezanino

Período: 13 de abril a 01 de junho de 2025

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h30)

Ingressos: venda somente com pagamento em dinheiro direto na bilheteria do MAC - R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia). Quartas-feiras gratuitas.

Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/n - Boa Viagem, Niterói – RJ

Classificação: Livre


18 de junho de 2025
A Sala José Cândido de Carvalho abre, com uma recepção para convidados na terça-feira, 17 de junho, a partir das 18h, a exposição Criaturas de Lucia Costa. Com curadoria de Desirée Monjardim, a mostra, que fica em cartaz até 15 de agosto, explora a inquietante estranheza perturbadora constituinte e escondida do eu através de formas retiradas de moldes de roupas. Carioca, mas niteroiense por adoção, Lucia Costa nasceu em 1961 e é artista visual multimídia há mais de 20 anos. É formada em Design de Interiores (2013) pela Arquitec Escola de Arte e Design de Campinas-SP e Estilismo (1996) pela Escola de Moda Cândido Mendes no Rio de Janeiro. A artista vem participando de exposições no Brasil e no exterior, com trabalhos em diversas coleções particulares. Participou na exposição coletiva na Pinacoteca de Luxemburgo como finalista do Luxembourg Art Prize 2018, recebeu Menção Honrosa no ART MATTERS 3 da Galerie Biesenbach em Colônia (Alemanha) e foi selecionada na 14 a Grande Exposição de Arte BUNKYO em São Paulo (Brasil). Em suas obras - sejam elas pinturas, desenhos, fotocolagens, esculturas em papel ou instalações - encontramos volumes, blocos de cor, geometrização de formas e visões espaciais particulares… em uma linguagem influenciada principalmente pelo Construtivismo. Na sua pesquisa artística explora as memórias, os afetos e as afinidades escondidas nas paisagens imaginárias criadas através de volumes de cor em diversos materiais e técnicas. A artista tem trabalhos em coleções particulares no Brasil e exterior, em cidades como Pavia (Itália), Luxemburgo, Barcelona, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Criaturas, por Cristiane Geraldelli Simulacro, avatar, alter ego. São muitas as possíveis vias pelas quais podemos chegar às Criaturas libertadas por Lucia Costa. Apresentando seres que flutuam entre o estranho e o familiar, o conceito de unheimlich de Freud - uma inquietante estranheza perturbadora constituinte e escondida do eu - parece aqui encontrar uma imagem e encarnar um corpo. Brincando com as sete cores do arco-íris essas Criaturas buscam uma identidade própria. Saem de brechas pictóricas para incorporar formas físicas, relações espirituais ou fantasmagóricas e, a princípio, desorientam qualquer tentativa natural de alteridade com o espectador. Suscitam porém uma identificação indireta através da operação pela qual foram criadas: formas retiradas de moldes de roupas, costuradas em modelagens e escalas alteradas, que ao invés de nos vestir, tornam-se a própria pele de cada novo ser-espelho. De maneira ainda mais pungente, a artista busca dar continuidade à dimensão da interioridade já existente em suas investigações pictóricas com a paisagem emocional. Como corpos deformes, estes dispositivos reflexivos explicitamente disponíveis para serem preenchidos de significados, 'vestem' outros corpos ou 'absorvem' outras identidades em suas mais adversas emoções. Cristiane Geraldelli é pesquisadora e orientadora em artes visuais Serviço Exposição 'Criaturas', de Lucia Costa Curadoria: Desirée Monjardim Assistente de curadoria: Lina Ponzi Abertura: 17 de junho de 2025, às 18h Visitação: até 15 de agosto de 2025 - 2ª a 6ª, das 9h às 17h Classificação indicativa: Livre Entrada Gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho Rua Presidente Pedreira, 98. Ingá, Niterói – RJ
16 de junho de 2025
A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura e Utopias, promove o segundo Festival de Cinema e Política, no Cine Henfil, no Centro. A programação, que acontecerá em dois fins de semana – entre os dias 19 e 29 de junho, terá debates sobre o tema com diversos convidados especiais para debater filmes que abordam diferentes perspectivas da política no audiovisual. A seleção da programação e dos convidados, capitaneada pelo secretário de Cultura e das Utopias, Sady Bianchin, busca valorizar acervos e histórias sobre movimentos políticos, ditaduras, lutas por liberdade e revolução. Antes de cada exibição, serão realizadas mesas de debate com cineastas e especialistas sobre os temas em pauta. Para Sady Bianchin, o 2º Festival de Cinema e Política reforça a missão do Cine Henfil que, por meio da arte e da cultura, torna acessível conhecimentos importantes para a população, em direção à transformação social. “O cinema vai além dos limites de contar histórias que a sociedade quer esquecer: o audiovisual como arte aliada à política ilumina o cotidiano da nossa realidade como uma fúria utópica revolucionária”, enfatiza Sady, que também é ator e diretor de teatro. Toda a programação do Cine Henfil é gratuita. Com o intuito de facilitar o acesso do público, há um sistema de bilheteria totalmente online e automatizado. Para garantir o ingresso, basta entrar no link www.cinehenfil.art.br, escolher o filme e reservar o assento. Filmes e debates A mesa de abertura do Festival será na quinta-feira (19/06), às 17h30, com o tema “Cinema e Política”, com as presenças de Sady Bianchin, do cartunista e diretor-executivo do CECIP, Claudius Ceccon, do coordenador de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Janelson Ferreira, e da cineasta Tetê Moraes. Em seguida será exibido ‘O Sonho de Rose’, premiado documentário da diretora, que narra a luta do MST pela reforma agrária e é um importante retrato da situação das famílias sem-terra nos anos 1980. Na sexta-feira (20), os diretores Léo Edde, Zeca Brito e Ana Abreu (também coordenadora de Audiovisual da Secretaria de Cultura e Utopias) e a produtora-executiva Mariana Marinho compõem a mesa “Política do Audiovisual Brasileiro”, que discutirá a democratização da produção audiovisual no país. Após o debate, o filme exibido será ‘Legalidade’, do gaúcho Zeca Brito. O longa, premiado internacionalmente, retrata momentos marcantes da campanha de Leonel Brizola em defesa da democracia em 1961. No sábado (21), o jornalista Cid Benjamin, a documentarista Susanna Lira e o diretor Guto Neto comandam a mesa “Arte contra a Barbárie”. Depois da discussão, é a vez da exibição de ‘Nada sobre meu pai’. O filme acompanha a busca da diretora pela história de seu pai, um jovem guerrilheiro equatoriano que lutou contra a ditadura no Brasil, e que ela não conheceu. Para fechar a primeira semana do festival, no domingo (22) a mesa “Cinema, Sociedade e Ideias” convida o público para debater sobre roteiros e produções de vanguarda, com a presença dos cineastas Neville D’Almeida e Ruy Guerra, e da coordenadora da Maricá Filmes, Ana Rosa Tendler. Em seguida, serão exibidos dois filmes de Neville: o curta ‘Primeiro Manifesto da Cultura Negra’ e o longa ‘Bye Bye Amazônia’. O evento será retomado na sexta-feira (27/06) com a mesa “Cinema, Religião e Política”, que terá as participações especiais de Frei Betto, do prefeito Washington Quaquá e do secretário de Assuntos Religiosos, Sergio Luiz de Sousa. Após o debate, será exibido o filme ‘Batismo de sangue’, dirigido por Helvécio Ratton, baseado no livro homônimo de Frei Betto, vencedor do prêmio Jabuti. No sábado (28), o tema da mesa será “Cinema e Memória Social”, com participações da documentarista Paula Sacchetta, da gerente de projetos da Secretaria de Cultura e das Utopias, Isis Macedo, da gerente da Incubadora de Inovação Social em Cultura, Mariana Figueiredo, e do professor e pesquisador Beto Novaes (UFRJ). O filme ‘Verdade 12.528’, dirigido por Sachetta, será exibido após a conversa. O documentário trata da importância da Comissão Nacional da Verdade, por meio de depoimentos de vítimas da repressão, ex-presos políticos e outras pessoas afetadas pela ditadura militar entre 1964 e 1985. O encerramento do Festival será no domingo (29/06) com a mesa “Cinema, Política e Contemporaneidade”, com as presenças ilustres da jornalista Hildegard Angel (filha da estilista Zuzu Angel), de Sérgio Rezende, diretor do filme ‘Zuzu Angel’ – cuja exibição fechará a programação -, e do professor Francisco Carlos Teixeira (UFRJ). Serviço: 2º Festival de Cinema e Política Data: De 19 a 29 de junho Local: Cine Henfil (Rua Alferes Gomes, 390 – Centro) Horário: Sempre a partir das 17h30 Programação: ● Quinta-feira, 19 de junho 17h30 – Abertura do evento com a Secretaria de Cultura e das Utopias de Maricá e o CECIP Mesa: “Cinema e Política” — com Sady Bianchin (mediador), Claudius Ceccon, Janelson Ferreira e Tetê Moraes 19h – Filme: O sonho de Rose (Tetê Moraes, 1997) ● Sexta-feira, 20 de junho 17h30 – Mesa: “Política do Audiovisual Brasileiro” — com Léo Edde, Zeca Brito, Mariana Marinho e Ana Abreu (mediadora) 19h – Filme: Legalidade (Zeca Brito, 2019) ● Sábado, 21 de junho 17h30 – Mesa: “Arte contra a Barbárie” — com Cid Benjamin, Lorena Leal (mediadora), Guto Neto e Susanna Lira 19h – Filme: Nada sobre meu pai (Susanna Lira, 2023) ● Domingo, 22 de junho 17h30 – Mesa: “Cinema, Sociedade e Ideias” — com Neville D’Almeida, Ruy Guerra e Ana Rosa Tendler (mediadora) 19h – Filmes: Primeiro Manifesto da Cultura Negra (1984) e Bye Bye Amazônia (2023), ambos de Neville D’Almeida ● Sexta-feira, 27 de junho 17h30 – Mesa: “Cinema, Religião e Política” — com Frei Betto, Marcela Giannini (mediadora), Sergio Luiz Souza, Sady Bianchin e Washington Quaquá 19h – Filme: Batismo de Sangue (Helvécio Ratton, 2007) ● Sábado, 28 de junho 17h30 – Mesa: “Cinema e Memória Social” — com Paula Sacchetta, Isis Macedo (mediadora), Mariana Figueiredo e Beto Novaes 19h – Filme: Verdade 12.528 (Paula Sacchetta, 2013)  ● Domingo, 29 de junho 17h30 – Mesa: “Cinema, Política e Contemporaneidade” — com Hildegard Angel, Francisco Carlos Teixeira e Sergio Rezende 19h – Filme: Zuzu Angel (Sérgio Rezende, 2006)