20 de julho de 2025

Exposição no Rio traz a cultura Maxakali pouco conhecida no país

A Sala do Artista Popular (SAP) do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan), no Museu de Folclore Edison Carneiro, no Catete, zona sul do Rio, vai abrigar até o dia 28 de setembro, a exposição Hãmxop tut xop - as mães das nossas coisas: artesanato em fibra de embaúba. As peças da mostra foram produzidas por mulheres da etnia Maxakali, a única a manter a própria língua em todo o estado de Minas Gerais. 


“A gente está trazendo memória viva. Para nós, é a nossa herança que a gente leva para alguns lugares. A herança para nossos filhos é a nossa cultura. O conhecimento e a sabedoria estão dentro da nossa memória. Não apagaram”, disse Sueli Maxakali, uma das líderes da etnia e professora de crianças e adultos maxakali, em entrevista à Agência Brasil.

Os Tikmũ’ũn, que é como se autodenomina o povo também conhecido como Maxakali, vivem nas aldeias Água Boa, Pradinho, Aldeia Verde, Cachoeirinha e Aldeia-Escola-Floresta, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais.


“Os Maxakali, apesar de estarem relativamente próximos dos grandes centros brasileiros, permaneceram muito ignorados, muito invisibilizados, pouco conhecidos também pelas suas diferenças culturais. Hoje, praticamente todo povo é monolíngue, fala pouquíssimo português. Isso é uma barreira também de comunicação com os não-indígenas”, contou à Agência Brasil, o antropólogo Roberto Romero, responsável pela pesquisa e pelo texto da exposição, que há 15 anos convive com os Tikmũ’ũn, que foram tema do mestrado e do doutorado que fez.



A matéria-prima dos seus trabalhos é a embaúba, árvore natural da Mata Atlântica, quase extinta na região em que eles habitam. Com a fibra da árvore produzem bolsas, colares, braceletes e pulseiras com características da etnia.


18 de outubro de 2025
A Secretaria Municipal de Cultura de Nova Friburgo abriu o credenciamento de artistas locais para participação em projetos, eventos e ações culturais promovidas pelo município. O edital é contínuo, ou seja, as inscrições permanecem abertas durante todo o ano e, mensalmente, será publicada uma nova lista de artistas credenciados. O objetivo é democratizar o acesso à programação cultural friburguense, valorizando diferentes linguagens e expressões artísticas. O edital contempla diversas categorias, como música ao vivo, teatro, dança, circo, literatura, arte urbana, artes visuais, entre outras.  Para participar, é obrigatório realizar o cadastro por meio do Credenciamento de Artistas. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site oficial da prefeitura (www.novafriburgo.rj.gov.br) ou na página da Secretaria de Cultura. Artistas que foram inabilitados em etapas anteriores ou tiveram dificuldades para concluir o processo contarão com apoio presencial. A Secretaria de Cultura realizará um mutirão de credenciamento, na semana que vem, entre os dias 20 e 24, das 9h às 16h, na sede da Secretaria de Cultura, na Rua Farinha Filho, 50. Os interessados devem levar toda a documentação necessária impressa ou em pen-drive. A equipe da Secretaria de Cultura estará disponível para orientar e garantir que os artistas consigam finalizar corretamente sua inscrição. A iniciativa busca ampliar a participação de profissionais do setor cultural nas ações públicas e fortalecer a valorização da produção artística local.
18 de outubro de 2025
Até o dia 30 de novembro de 2025, o MAC Niterói apresenta Cidades Flutuantes, uma obra monumental em realidade aumentada acompanhada de sua versão bordada, que terá sua estreia no Brasil. A exposição se desenvolve na Varanda do museu, oferecendo ao público uma exploração visual e auditiva de cidades imaginárias inspiradas em ecossistemas costeiros reais. A exposição faz parte da Temporada Cruzada França-Brasil organizada pelo Institut français. Uma visita guiada excepcional será oferecida pelas artistas franceses no dia 26 de novembro de 2025, às 17h. Cidades Flutuantes também será exibida de 18 de novembro de 2025 a 18 de maio de 2026 no Centro Cultural Vale Maranhão (São Luís) e no Museu Cais do Sertão (Recife) de 15 de dezembro a 15 de janeiro de 2026, Brasil. Entre as artes digitais e os gestos ancestrais Cidades Flutuantes reúne histórias inspiradas em soluções locais para a emergência climática. O trabalho combina animações de realidade aumentada, bordados e narrativas sonoras poéticas: haikus sonoros que evocam soluções ecológicas e diários em áudio que documentam a vida dos habitantes dessas cidades flutuantes imaginárias do futuro. Por meio dessa abordagem dupla - digital e têxtil - Cidades Flutuantes também questiona nossa relação com o tempo: o tempo acelerado das tecnologias imersivas dialoga com o tempo longo e meditativo do bordado tradicional. É uma tensão fértil que nos convida a desacelerar, contemplar e nos reconectar com a vida. O projeto está disponível em português, francês e inglês. Serviço Exposição "Cidades Flutuantes" Terça-feira a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h30) Aberto ao público de 6 de setembro a 30 de novembro de 2025 Visita guiada pelas artistas: 26 de novembro às 17h Local: MAC Niterói - Varanda End: Mirante da Boa Viagem, s/nº, Boa Viagem, Niterói, RJ Para mais informações: http://www.macniteroi.com.br