11 de março de 2024

Exposição "Léa Negra Atriz da Liberdade" Estreia em Niterói

No dia 12 de março tem início no Museu Janete Costa, em Niterói, a exposição 'Léa Negra Atriz da Liberdade'.


A mostra, que poderá ser vista até o mês de maio, apresenta

objetos pessoais, fotos, figurinos, móveis e lembranças de filmes e novelas estrelados por Léa Garcia, uma das maiores atrizes brasileiras de todos os tempos, falecida em 2023.


O curador da exposição é o artista plástico Joel Vieira, que exalta o poder que a atriz tinha para 'transformar realidades'.


"A arte e vida de Léa Garcia vem em contraponto aos espaços brancos perversos no mundo da arte. Mais que atriz, mais que artista, Léa Garcia é um grito, uma dança, uma cena, um olhar  focado no poder da arte em transformar realidades. A Lea não reproduziu o que era visível, ela mostrou a fala de Afro-sensibilidade  Cultural conceituada por Juli Costa. Fico muito honrado por fazer essa importante exposição", considera Joel.


Renata Maria, da empresa Mistic,  assina a produção executiva do projeto.


O ator e diretor Marcelo Garcia, filho de Léa, comemora mais uma homenagem à mãe.


"Durante esses seis meses que Dona Léa no deixou, já recebi inúmeras homenagens em seu nome, que começaram ainda no fatídico dia, no Festival de Gramado, onde tive a honra de levantar o Oscarito", lembra Marcelo, emocionado.


"A obra da minha mãe, o legado dela para a cultura brasileira é tão farto que eu sabia que precisaria mostrar tudo isso em uma exposição, mantendo assim viva sua história e memória. E ao conhecer o Joel  tive a certeza de que ele seria a pessoa mais acertada para me ajudar na montagem e curadoria desse ousado projeto".


ITENS DA EXPOSIÇÃO


Marcelo Garcia revela que entre os itens expostos estão um contrato com muncicipal de Niterói do ano de 1972; o convite para ir a Cannes; fotos originais e revistas do início de sua carreira e muitos prêmios que a atriz conquistou, como o próprio Oscarito.


Marcelo é fruto do segundo casamento de Léa, com  Armando de Aguiar. Lea teve ainda outros dois filhos do primeiro casamento com o dramaturgo Abdias Nascimento, Bida e Henrique Nascimento.


Marcelo Garcia nos últimos anos atuou como assessor pessoal da mãe, sendo responsável por manter o legado da atriz, já tendo inclusive inaugurado dois teatros com o nome de Lea Garcia.


 LIVRO E FILME


Atualmente, Marcelo está captando recursos para o lançamento de um livro biográfico e um filme sobre a trajetória da mãe.


"O que me move é justamente o que minha mãe dizia para aqueles que tem um sonho: não desistam", finaliza Marcelo.


 LÉA GARCIA


Léa Lucas Garcia de Aguiar nasceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de março de 1933 e faleceu em 15 de agosto de 2023, aos 90 anos.


Foi uma atriz brasileira  Internacionalmente conhecida e indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme "Orfeu Negro", vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.


Lea também ganhou prêmio de Melhor Atriz no Festival de Gramado, em 2004, com "As Filhas do Vento", e no Brazilian Film Festival of Toronto

2013, com "Acalanto".


Na televisão, Lea estrelou 56 obras (entre elas Escrava Isaura e Dona Beija), no cinema 50 filmes e no teatro participou de mais de 60 peças.



13 de novembro de 2025
A multiartista Quel sobe ao palco do Teatro Ruth de Souza, dia 21 de novembro apresentando o espetáculo musical, “Quem Dirá”, uma profunda imersão que celebra a riqueza e a diversidade da música brasileira a partir de uma poderosa perspectiva afro-brasileira. O show convida o público a uma jornada de autoconhecimento e espelhamento, onde a gramática dos tambores resgata a ancestralidade e costura por meio dos sons rituais, o encontro entre passado, presente e futuro. O show contará com as participações especiais de Luiza Loroza e Ana Bispo. Com repertório e arranjos percussivos marcantes, “Quem Dirá” consolida a identidade musical de Quel, que há mais de uma década desenvolve um trabalho focado na pluralidade estilística, na valorização da ancestralidade e na espiritualidade presente nas religiões de matriz africana. O show também conta com algumas canções covers. Uma jornada de ritmos e resistência O espetáculo é fruto de uma intensa pesquisa sobre ritmos e espiritualidades afro-diaspóricas. Sua poética é estruturada pela concepção circular do tempo – onde as dimensões temporais coexistem. A ancestralidade não apenas guia, ela também serve como estrutura para as escolhas musicais, cênicas e políticas do show com um repertório que aborda temas cruciais como identidade, afeto, território e resistência, dando voz a vivências e visões de mundo historicamente silenciadas. Segundo a artista, "‘Quem Dirá’ é um convite para olhar para dentro e se reconhecer na potência de uma história coletiva: “Esse é meu primeiro álbum. Ele traduz um determinado momento da minha vida e da coletividade (entre os anos de 2022/2023), em que eu buscava entender o meu corpo atual diante de um contexto ancestral e a minha trajetória até ali. Naquela época, eu comecei a frequentar umbanda e candomblé e a perceber onde as pessoas negras se situam nesse país, tanto no contexto atual quanto no histórico e cultural. Tive diferentes sensações e reflexões. Foi um momento muito sensível e acho que essa sensibilidade fica evidente nas músicas. Meu processo de composição costuma se dar pela escuta do que se passa dentro e ao redor de mim”. Experiência Sensorial e Compromisso com a Diversidade “Quem Dirá” propõe ao espectador uma experiência sensorial potente. A performance conta com arranjos percussivos detalhados, uma ambientação visual inspirada na simbologia de Zé Pilintra e sua cosmologia, onde a presença cênica evoca o ritual como linguagem primordial. Como detalha Quel: “Na construção de arranjos, tanto do álbum, quanto do show, sempre tivemos o cuidado de pensar como seria possível esse encontro do antigo com o atual. Então, a gente usa muita muita percussão, justamente fazendo referência à ancestralidade, que é afrobrasileira, junto com com músicas autorais de uma pessoa inserida no contexto atual. Eu escuto de tudo e acho que isso, inevitavelmente, influencia as composições. Temos as músicas autorais deste trabalho, outras de trabalhos anteriores e mais recentes, assim como alguns covers de músicas atualmente muito ouvidas e tocadas nos rolês e festas, que estão nos nossos ouvidos, assim como as músicas ancestrais”. Em um compromisso prático com a diversidade e inclusão e no enfrentamento às dificuldades enfrentadas no setor cultural, o projeto é realizado por uma equipe majoritariamente composta por mulheres, pessoas negras e LGBTQIAPN+. Quel leva para o palco, além da arte, a história e vivências e corpos que a sociedade insiste em querer invisibilizar, como ela explica a seguir: “É importante pensar para além da representatividade, eu tenho que ser coerente com o que eu estou dizendo, o que as pessoas ouvem e lêem o que falo. Sou uma mulher negra LGBT e sei o quanto é difícil pra gente ter oportunidade e espaço. Também sei que quando a gente agarra uma oportunidade, trabalha muito pra fazer acontecer. Então, trabalho com profissionais excelentes que entregam um trabalho excelente, porque é uma galera que acredita e se identifica com o que é dito no palco. Acho que isso faz com que o trabalho cresça muito, tanto em qualidade, quanto na coerência. Eu sinto o tempo todo o atravessamento político no meu corpo. Ninguém é descolado do mundo, então contar sobre a realidade social é também contar sobre si. Eu realmente vejo a arte como um instrumento de acesso às pessoas, para que se sintam ouvidas, para que se identifiquem” Completa a artista. SERVIÇO Show "Quem Dirá" – Cantora Quel Local: Teatro Ruth de Souza Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169 - Santa Teresa Data: 21 de novembro de 2025 Horário: 19h Ingressos: R$ 50 / R$ 25 Classificação: livre
13 de novembro de 2025
Antecipando as celebrações pela chegada do Natal, o West Shopping, em Campo Grande, recebe ao longo de cinco semanas, entre os meses de novembro e dezembro, sempre aos sábados, às 16h, uma programação especial gratuita com a apresentação de Corais Natalinos. Cada grupo promete encantar os clientes do West Shopping ao som de clássicas canções natalinas. Pelo palco montado na Praça de Alimentação do empreendimento vão passar os corais Sândalo (15/11), com um repertório contemporâneo, já se apresentou em vários estados brasileiros com concertos em espaços públicos, ações culturais e sociais, mantendo o propósito de levar uma mensagem de esperança através da música; 7 Maior (22/11), formado por pessoas de todas as idades, unidas pelo amor à música e pela fé, levando esperança, alegria e inspiração a todos por meio das vozes harmoniosas de seus componentes; Belmiro Antônio de Souza (29/11), com integrantes da Igreja Presbiteriana de Santa Cruz, atua há 113 anos levando a diversos palcos esperança e amor através de suas músicas; Verbo da Vida (06/12), um coral inclusivo formado por cerca de 40 integrantes de diferentes idades, de adolescentes a idosos acima de 70 anos, unidos pelo amor à música e pela mensagem de fé, com um repertório voltado ao gospel; e Coral de Campo Grande (13/11), sob a regência do maestro Fernando Lucena, reúne vozes de diversas igrejas evangélicas e é exemplo de união, comunhão e amor, tendo como suas principais marcas o estilo alegre e vibrante, onde cada nota e cada verso é um convite ao público à reflexão e ao agradecimento.  Serviço: Programação Corais Natalinos Dias: 15, 22 e 29 de novembro; 06 e 13 de dezembro de 2025 Horário: Às 16h Local: Praça de Alimentação do West Shopping Grátis