3 de outubro de 2024

Exposição “Histórias Particulares” terá abertura dia 10 de outubro na Galeria Patricia Costa

 

Desenhista, pintora, gravadora, performer, artista multimídia, Monica Barki compõe sua trajetória artística transitando entre as mais variadas técnicas, o que desempenha com reconhecida destreza. Em “Histórias Particulares”, mostra individual que será inaugurada no dia 10 de outubro na Galeria Patrícia Costa, ela revela uma nova faceta: a de escultora. Suas peças em cerâmica “poéticas e fabulares”, como descreve Vanda Klabin em seu texto curatorial, foram produzidas entre 2022/2024, apontando um caminho nunca antes enveredado pela artista ao longo da carreira iniciada no final da década de 1970. Pinturas em acrílica e óleo sobre tela complementam a seleção de obras em exposição.

Monica Barki teve seu primeiro contato com o barro em 1986, nas aulas de cerâmica com a artista Celeida Tostes, na EAV-Parque Lage. Inquieta e curiosa, décadas mais tarde, em 2020, Monica colocou literalmente a mão na massa (ou melhor, no barro).

“Tive vontade de mergulhar na fisicalidade da matéria, trabalhar com as duas mãos simultaneamente, espremendo o barro, me surpreendendo com o que surgia. Sem racionalizar, apenas sentindo o barro. Pouco a pouco ele foi, por si só, me mostrando um caminho. Aconteceu algo bem particular nesse processo. Trabalhando no ateliê com meus netos, eles foram me ensinando a beleza da simplicidade no fazer. As formas sinceras e expressivas das crianças me inundam de vitalidade para seguir minha pesquisa”.

“Germinações” - Explosão de uma grande peça origina série

Uma explosão dentro do forno de cerâmica quebrou integralmente a escultura “Mergulho Ornamental II”, de grandes proporções.

Resolvi catar todos os fragmentos e trazê-los para o ateliê. O meu desejo de reconstruir algo com aquela quantidade enorme de cacos era tamanho, que mal conseguia dormir. A minha inquietude ao querer colocar algo de pé era forte, mas a cada tentativa, os fragmentos desabavam das minhas mãos. No entanto, não me cansava e tentava de novo reerguê-los”, diz Monica.

 

Então, a partir da união de cacos e acrescentando outros materiais inusitados, que desenvolveu a série de esculturas “Germinações”, que será apresentada nesta individual. Os nomes das obras são instigantes, bem como a proposta de cada uma delas: “Desfile das atrevidas”, “Germinando falantes”, “Susie Von Juice (esperando Antônio)”, “No Vale das lágrimas”, “Fracturas cadenciadas”, “O Boa-vida”, “Snack”, “Nowhere man”, para exemplificar, tiveram incorporados elementos como meias de náilon, tecidos, rendas, espuma, pedras portuguesas, bobs e grampos de cabelo, seixos de rio... “Romance”, cerâmica esmaltada com borracha pigmentada, ganha ainda mais ludicidade girando sobre um disco motorizado.

 

Trecho extraído do texto da curadora e historiadora Vanda Klabin

As experimentações artísticas de Monica Barki emergem de um imaginário de universos pessoais, repletos de percepções alternativas que reconfiguram o nosso olhar ao invocar uma atmosfera onírica e evidenciar uma subjetividade que orbita em torno de significados múltiplos. Representam pluralidades poéticas e fabulares, dispostas em leituras distintas que parecem nortear o caráter diversificado de seu território visual.  Depois de um trabalho autoral ter se partido no forno de queima de cerâmica, Monica Barki passou a utilizar os resíduos para materializar as novas representações nos seus procedimentos artísticos. A artista expandiu os seus meios de expressão e seus tipos de suportes que agora gravitam em torno de rupturas de um mundo codificado, um verdadeiro labirinto. Os objetos adquirem uma outra identidade ao perder a sua própria história; são resíduos de algo que se partiu e agora se organizam pela junção de outros elementos como recurso compositivo — cacos de porcelana, pedras, conchas, bobs, grampos de cabelo, meias de náilon femininas, madeira, ferro ou objetos de sua vida cotidiana, como se fossem pedaços imediatos do mundo. Ao construir cenas que habitam o seu campo visual, Monica cria uma espécie de conjunto sólido com acumulações que produzem um estranhamento entre o eu e o outro, tais como a voracidade das bocas unificadas como um só corpo. Esses elementos vão se ordenando por meio de colagens, justaposições, relevos ou ‘assemblages’ e apontam novas sensibilidades estéticas para o entendimento do seu pensar, submetido a uma leitura de suas recordações subterrâneas que se tornaram o centro das narrativas de seu fazer artístico. Um universo enigmático e único.

 

Serviço

“Histórias Particulares” – Monica Barki expõe esculturas inéditas, além de pinturas

Curadoria: Vanda Klabin

Abertura: 10 de outubro, das 18h às 21h

Visitação: de 11 de outubro a 9 de novembro de 2024

Funcionamento: de segunda a sexta, das 11h às 19h; aos sábados, das 11h às 17h

Local: Galeria Patricia Costa

Endereço: Av. Atlântica, 4.240/lojas 224 e 225 – Copacabana – RJ

Telefone: (21) 2227-6929/(21) 98868-1993

Classificação livre

Entrada gratuita

 



12 de agosto de 2025
Após um fim de semana de muita emoção, o ator e cantor Daniel Del Sarto está de volta ao palco do Teatro Eduardo Kraichet com o espetáculo “Anos 80 – Uma Experiência PLOC”. As novas apresentações acontecem nos dias 15, 16 e 17.de agosto, prometendo repetir o sucesso e a energia contagiante que marcaram os primeiros dias.  O show é uma verdadeira viagem pela década de 1980, misturando humor, música ao vivo e projeções visuais que recriam o clima da época. Com uma banda afiada e um repertório recheado de clássicos, de trilhas de novelas ao pop rock internacional, passando pelo Cassino do Chacrinha, o rock nacional e até músicas infantis, o espetáculo celebra os ídolos e estilos que definiram uma geração. Serviço: Teatro Eduardo Kraichet Av. Roberto Silveira, 123 – Icaraí, Niterói – RJ Datas e Horários: – 15/08 (sexta-feira) – 21h – 16/08 (sábado) – 20h – 17/08 (domingo) – 20h Ingressos: https://olhaoingresso.com.br/anos80.html
12 de agosto de 2025
Reunião com dirigentes das agremiações apresenta propostas para melhorias na Passarela do Samba e fortalecimento da festa, que atraiu mais de 60 mil pessoas no último ano O secretário municipal de Governo, Paulo Bagueira, se reuniu na última quinta-feira (7) com dirigentes das escolas de samba de Niterói para ouvir as reivindicações das agremiações e apresentar os preparativos da Prefeitura para o Carnaval 2026. O encontro, realizado por iniciativa da União das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Niterói (UESBCN), presidida por Marcelo Serpa, contou também com a presença do presidente da Neltur, André Bento. Durante a reunião, foi informado que uma mensagem executiva do prefeito Rodrigo Neves será encaminhada à Câmara Municipal tratando do tema. Entre as propostas em estudo, está a implantação de uma Passarela do Samba em linha reta, o que eliminaria curvas que dificultam a evolução das escolas. Também está prevista a gravação de um CD com todos os sambas-enredos e a produção de uma revista a ser distribuída ao público, como ocorreu no último desfile. O Carnaval de Niterói acontece uma semana antes da data oficial, atraindo cada vez mais público. Em 2025, mais de 60 mil pessoas passaram pela Passarela do Samba no Caminho Niemeyer durante os dias de desfile. “Estamos dialogando com o mundo do samba para garantir que o Carnaval 2026 seja ainda mais bonito e organizado, preservando a tradição e promovendo melhorias na estrutura e no apoio às agremiações. Esse é um compromisso do prefeito Rodrigo Neves e de toda a nossa equipe para valorizar a cultura e o turismo da cidade”, afirmou Paulo Bagueira. O presidente da Neltur, André Bento, reforçou o compromisso da gestão com a festa popular. “O Carnaval é um patrimônio cultural de Niterói. Nosso objetivo é apoiar as escolas e blocos para que possamos oferecer um espetáculo cada vez mais grandioso e seguro para o público e para os participantes”, destacou. Para Marcelo Serpa, a reunião foi um passo importante para fortalecer a parceria entre a Prefeitura e as agremiações. “O diálogo aberto e a disposição para atender às demandas mostram que a cidade está empenhada em valorizar o samba e os sambistas. Isso é fundamental para que o Carnaval cresça com organização e respeito à nossa cultura”, disse. Além das reivindicações, os dirigentes aproveitaram a oportunidade para sugerir ações que possam melhorar ainda mais o Carnaval da cidade, fortalecendo o evento como uma das principais manifestações culturais e turísticas de Niterói.