21 de setembro de 2023

Estudantes da Rede Municipal de Niterói lançam livro de crônicas

 “Para Tornar Crônico” reúne textos baseados em vivências e experiências dos jovens
 
Os alunos do 9º ano da Escola Municipal Maestro Heitor Villa-Lobos, na Ilha da Conceição, escreveram e ilustraram o seu próprio livro. “Para Tornar Crônico”, que reúne textos baseados em vivências e experiências dos jovens, foi lançado em uma noite especial no Auditório Darcy Ribeiro, na Secretaria Municipal de Educação (SME), com direito a autógrafos.
 
A ideia do livro nasceu através do trabalho realizado na Sala de Leitura Ativa da unidade. As professoras Évelyn de Sá (Língua Portuguesa), Karina Salles (Língua Inglesa) e a estagiária da escola Rafaela Ribeiro, começaram a estimular nos estudantes a leitura e a escrita como forma de ócio produtivo dentro da escola. Além delas, outras duas professoras da turma também foram importantes para o processo de produção do livro: Renata Soares e Renata Lauria.
 
A Subsecretária de Desenvolvimento Educacional, Ana Schilke, destacou que incentivar o hábito da leitura, o interesse pela escrita e pela cultura dentro das escolas é fundamental para o processo de formação e desenvolvimento das crianças e jovens.

 “O desenvolvimento da literatura se encaixa na proposta pedagógica que está sendo o foco da Educação Niterói neste momento, que é a alfabetização discursiva”, pontuou.
 
O livro começou a tomar forma quando uniu-se a vontade dos alunos de escrever as crônicas, um gênero textual breve e de simples assimilação, com o interesse pelas ilustrações. A organização dos textos ficou por conta da professora Evelyn e da estagiária Rafaela, com as ilustrações da estudante Luiza Borges. A diretora geral da unidade, Elizia de Paula, não poupou elogios ao projeto.
 
“Este é um projeto de grande valia, pois os estudantes puderam dar um testemunho do cotidiano deles. O lançamento do livro é uma forma de prestigiar esse aluno, além de ser um estímulo para que outras escolas procurem desenvolver a literatura”, declarou.
 
A obra, extremamente conectada com a vida dos jovens, virou realidade quando chegou até a Editora Provérbio, responsável pela publicação do livro. A editora se interessou pelo projeto e levou a obra até a Bienal do Livro 2023.
 
Orgulho – Se o “Para Tornar Crônico” tem um significado especial para todos os jovens que participaram do projeto, para a família de Samuel Brito, de 16 anos, o significado foi uma grande vitória para a sua formação. Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista Nível 2, o jovem encarou o livro como um desafio para o seu desenvolvimento pedagógico e teve uma crônica publicada, em conjunto com os seus colegas.
 
“Estou feliz com o texto que escrevi com a turma. Que esse livro possa trazer diversão para as pessoas sobre a vida. Eu escolhi escrever sobre um dia feliz. Em breve, escreverei um livro contando mais histórias”, prometeu.
 
A mãe do jovem, Letícia Brito, afirmou que ver o filho contando suas histórias é uma alegria muito grande: “Até seus cinco anos de idade, ele não falava. Depois disso, teve muita dificuldade de escrita. Hoje, o vendo conquistar essa vitória, juntamente com a escola e com seus amigos, é uma satisfação e uma alegria muito grande para mim, que sou mãe dele”, emocionou-se.
 
Mas ela não foi a única responsável orgulhosa presente no lançamento do livro. Antônio Guedes, pai da Amora Guedes, de 13 anos, também foi ao evento e deu seu depoimento.
 
“Estou extremamente feliz, mas não é exatamente uma surpresa. A Amora tem uma família que trabalha junto com a escola, e é isso que faz qualquer aluno se desenvolver. É um orgulho danado”, declarou.
 
Amora agradeceu ao incentivo dos profissionais da unidade, e contou como foi o seu processo inicial de escrita. 

“O projeto da crônica começou a partir de uma aula que a Rafaela nos deu. Ela explicou o que era o gênero textual crônica e deu a ideia de fazermos algumas. No início, eu não estava querendo fazer, tive um pouco de dificuldade de achar um tema. Mas quando decidi sobre o que escrever, o trabalho fluiu de maneira natural. Ao saber que íamos lançar um livro, fiquei muito ansiosa”, relatou.
 
Estiveram presentes no evento a Subsecretária de Desenvolvimento Educacional, Ana Schilke; a Coordenadora de 3º e 4º ciclos, Camila Alô; a Coordenadora de Educação e Cultura, Liliane Balonecker; e o vereador Jhonatan Anjos, que também é Presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Vereadores.

29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff