17 de julho de 2025

“Encruzilhadas” celebra teatro de rua, política e delírio em únicas apresentações na Lapa

O espetáculo “Encruzilhadas ou Só o Zé expulsa o coisa ruim das pessoas” é mais do que uma peça — é um ritual cênico que celebra o legado de Zé Celso e do Teatro Oficina, reverberando brasilidade, política, espiritualidade e delírio nas ruas do Rio de Janeiro. Em únicas apresentações na Casa “Tá Na Rua”, na Lapa (RJ), entre os dias 1º e 3 de agosto. As sessões acontecem na sexta, às 19h, sábado às 16h e 19h, domingo às 16h e 18h.

 


Sinopse: Com irreverência tropicalista, corpo político e alma ritualística, a trupe Estilhaça ocupa a casa do grupo “Tá na Rua” para reverenciar o legado incendiário de José Celso Martinez Corrêa, o “Exu das artes cênicas”. A montagem é uma gira poética e anárquica que atravessa o teatro brasileiro, com fragmentos de delírio, espiritualidade e resistência. Nascido dos subúrbios cariocas, o espetáculo celebra a encruzilhada como espaço de invenção, memória e afirmação da cultura popular brasileira.

 


A ideia do espetáculo nasceu do desejo urgente de performar artistas brasileiros, especialmente após a partida recente de Zé Celso. “É uma maneira de torná-lo presente, vivo entre nós, ativo. Trazemos ele de volta numa gira cênica, festiva”, afirma Matheus Ranieri, diretor artístico do grupo.

 


A montagem propõe uma dramaturgia fragmentada — como o próprio Brasil —, baseada em obras icônicas do Oficina, como Roda Viva, O Rei da Vela e Cacilda Becker, entre outras. Cada eixo temático — político, espiritual, delirante — ajuda a construir uma experiência catártica que culmina numa grande farra popular.

 


A parceria com o “Tá na Rua” de Amir Haddad também tem um peso simbólico. A trupe suburbana ocupa pela primeira vez o Centro da cidade, em um espaço que é patrimônio imaterial do Rio de Janeiro. “Estarmos ali já é, por si só, uma vitória. É o nosso país em cena, é teatro como luta, é o sagrado e o profano se misturando”, diz Matheus.



O título “Encruzilhadas” remete à ideia de caminhos múltiplos, à pedagogia do entre-lugares e ao sincretismo que marca a cultura brasileira. O subtítulo — “Só o Zé expulsa o coisa ruim das pessoas” — ironiza as pichações religiosas de tom intolerante e afirma o poder transformador da arte e da cultura popular. Zé Celso, chamado pelo grupo de “o Exu das artes cênicas”, é celebrado como entidade libertadora e símbolo de reinvenção constante. 


Os ingressos, com valor único de R$30, estão a venda pelo https://www.sympla.com.br/evento/espetaculo-encruzilhadas-ou-so-o-ze-expulsa-o-coisa-ruim-das-pessoas/3016926?share_id=copiarlink 


Instagram oficial https://www.instagram.com/oficinaestilhaca/

 


Espetáculo “Encruzilhadas ou Só o Zé expulsa o coisa ruim das pessoas”


Únicas apresentações: 1, 2 e 3 de agosto


Local: Casa “Tá na Rua”


Endereço: Avenida Mem de Sá, 35, Lapa, Rio de Janeiro - RJ


Dias e horários: Sexta, às 19h, sábado às 16h e 19h, domingo às 16h e 18h


Duração: 85 minutos


Classificação: 16 anos


Ingressos (preço): R$30


Ingressos (venda - link)): https://www.sympla.com.br/evento/espetaculo-encruzilhadas-ou-so-o-ze-expulsa-o-coisa-ruim-das-pessoas/3016926?share_id=copiarlink

2 de setembro de 2025
A Prefeitura de Niterói, através do Programa Niterói Audiovisual (NAV), vai promover uma Oficina de Teatro gratuita com o ator, diretor e professor Christovam Neto, nos dias 09 e 10 de setembro. A atividade, com vagas limitadas, integra a série de oficinas do programa e será realizada no Solar Notre Rêve (antiga Casa Norival de Freitas), no Centro da cidade. As inscrições podem ser feitas no link https://shre.ink/OficinadeTeatroChristovamNeto. A iniciativa é desenvolvida em cooperação com a UNESCO e visa aprimorar habilidades e técnicas, fomentar a criatividade e valorizar o setor audiovisual da cidade. A escolha do Solar Notre Rêve para sediar as oficinas reforça a importância da valorização do patrimônio cultural de Niterói. A oficina busca integrar a arte cênica às práticas educativas, oferecendo formação e desenvolvimento em interpretação teatral. Serão exploradas diferentes técnicas e exercícios em duas sessões de capacitação de 4 horas diárias, com foco na experiência coletiva e integrada. As atividades abordarão exercícios vocais (respiração, dicção, ritmo), exercícios físicos (coordenação, resistência, movimento e dança) e exercícios de interpretação (atenção, empatia, expressão corporal, transformação de textos em cenas e exploração de tensão dramática). Haverá também discussões em grupo sobre os aprendizados. O objetivo é estimular a criatividade, promover a comunicação, a expressão e a autoconfiança dos participantes, alinhando-se às tendências contemporâneas das artes cênicas. Sobre o Niterói Audiovisual (NAV) - O NAV tem como pilares o fomento à produção, a valorização da memória audiovisual, a capacitação profissional, a inovação tecnológica e o fortalecimento da economia criativa e do turismo cultural. A proposta é transformar o setor audiovisual em motor de desenvolvimento sustentável, gerando impacto direto na economia, na cultura e na educação. Serviço: Oficina de Teatro com Christovam Neto Data: 09 e 10 de setembro de 2025 Horário: 14h às 18h Local: Sola Notre Rêve (antiga Casa Norival de Freitas) - Rua Maestro Felício Toledo, 474 - Centro, Niterói Valor: Gratuito
2 de setembro de 2025
O Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói) inaugura, neste sábado (6), a primeira exposição individual de Edo Costantini no Brasil. Com curadoria de Nicolas Martin Ferreira e texto crítico de Paulo Herkenhoff, a mostra reúne uma década de produção do artista, incluindo fotografias, vídeo, música e esculturas em bronze — estas últimas criadas em colaboração com a artista Delfina Braun e a arquiteta Delfina Muniz Barreto. A exposição traz cerca de 20 fotografias de grande formato, realizadas entre 2013 e 2025 nas florestas de Katonah-Bedford Hills, em Nova York, onde Edo vive e trabalha. Suas imagens etéreas exploram o sublime na natureza e refletem sobre o fluxo do tempo e a existência humana. Entre os destaques, estão a instalação de escultura sonora “Opium Whispers” e o filme “Last Survivors”, de 30 minutos, projetado em uma das paredes principais do museu. Produzido durante a pandemia, o longa é narrado pela atriz islandesa Hera Hilmar e combina roteiro de Costantini e Martín Hadis com trilha sonora original composta pelo artista em seu projeto musical The Orpheists. O trabalho propõe uma reflexão sobre resiliência, perda e transcendência. As esculturas em bronze apresentadas no MAC celebram a beleza e os ritmos da natureza. Inspiradas em cogumelos e no micélio — rede subterrânea vital para o equilíbrio dos ecossistemas —, as obras evocam tanto a força invisível da vida quanto metáforas de cura e renovação. Em paralelo à exposição, será lançado um catálogo bilíngue em capa dura, com 110 páginas, reproduções das obras e textos críticos de Ferreira, Herkenhoff e Barbara Golubicki, oferecendo múltiplas perspectivas sobre a trajetória de Costantini.