29 de fevereiro de 2024

Ele tem borogodó!

Dono do fenômeno Paulinho Gogó, Maurício Manfrini estreia o inédito show 

“Só e Bem Acompanhado”, dia 02 de março, no, Teatro Miguel Falabella, no Norte Shopping

 

Não se iluda com a fala mansa e tranquila do exímio contador de histórias Maurício Manfrini. Por trás desse jeito cativante e que faz você achar que tem décadas de amizade com ele, tem um profissional da arte que não para de criar, produzir, se multiplicar. “Em time que está ganhando, não se mexe”, claro. Fato que não impede Manfrini de ousar e trazer novidades ao seu público. Dia 02 de março, sábado, às 20h, ele faz a estreia nacional de seu show inédito: “Só e Bem Acompanhado”, no Teatro Miguel Falabella, no Norte Shopping, no Rio de Janeiro. 

 

Foram oito anos em turnê pelo Brasil com o espetáculo “No Gogó do Paulinho”. Quando encerrou a longa temporada, Manfrini não pensou em descanso. Pegou o gancho de um filme seu - ainda inédito, para a Amazon - “Top Love - Só e Bem Acompanhado” - e criou a peça que pretende rodar o Brasil durante o ano. Tanto no cinema, quanto no teatro, Gogó vai ficar sozinho. Mas não pensem que o ator e humorista vai enveredar no estilo dramático. Depois de perder sua Nega Juju para outro, Gogó não passa muito tempo na solidão. Afinal, os muitos amigos que tem, não deixam isso acontecer.

 

“Adaptei a ideia do teatro para o cinema e não foi fácil. Ali, estou sozinho também. Mas muito bem acompanhado da plateia, de amigos, da equipe técnica”, explica. E já que “a amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir”, Manfrini segue por esse caminho. “Falo de coisas relacionadas às amizades do Paulinho. E como lida com situações que se depara nos dias atuais”. Dentre os muitos tipos do humor brasileiro, Paulinho Gogó é craque no que faz, afinal: “quem não tem dinheiro, conta história”. Algumas, podem beirar o absurdo, mas a leveza e a suavidade presentes nas colocações, fazem com que o riso saia fácil, sem precisar machucar ou ofender. “Vou tocar em assuntos que não se pode falar hoje em dia. Meu desafio é levar isso ao público de uma maneira divertida. Gogó vai descobrir que tem lugar de fala em diversos temas sensíveis. Ele é pobre, impotente, feio”, enumera Manfrini.

 

Se somados os anos de teatro amador, Manfrini acredita ter quase quatro décadas de carreira. O registro profissional foi em 1994. Ator, humorista, locutor, dublador, músico, cantor e compositor, esse multiartista carioca, na verdade, tinha o sonho de ser jogador de futebol. “Eu jogava bem”, afirma. Fez testes no Volta Redonda, Botafogo e no seu time de coração, o Flamengo, mas machucou o joelho e abandonou a ideia. Dali, começou o envolvimento com a música. Passeou no estilo galhofeiro dos Mamonas Assassinas, teve uma banda, a Todos Iguais, inspirada no grupo Nenhum de Nós, fez trilhas de peças infantis, vinhetas para o “Patrulha da Cidade”, programa histórico da carioca Rádio Tupi e, quando foi para a TV, compôs para seu personagem, Paulinho Tantan, na “Escolinha do Professor Raimundo”, da TV Globo. No SBT, onde esteve por 17 anos no elenco do humorístico “A Praça É Nossa”, estabeleceu a fama nacional de Paulinho Gogó. Manfrini foi o responsável pelos musicais de entrada de Gogó e de outros personagens que dividiam com Carlos Alberto de Nóbrega o banco de praça mais famoso do Brasil. Parou por aí? Claro que não. Maurício passou a fazer os arranjos instrumentais das novelas da emissora de Sílvio Santos. “Carrossel”, “Cúmplices de um Resgate” e “Poliana”, são algumas das tramas que contam com as criações do músico.

 

Quem pensa que sua primeira vez na TV foi com a saudosa turma da “Escolinha”, engana-se. Manfrini começou a lidar com as câmeras em um programa jornalístico, comandado por Wagner Montes. A partir daí, ele teve o prazer e a sorte de ter amizade com grandes nomes do humor brasileiro. Generosos e gigantes, cada um deles foi importante para a construção do artista múltiplo que consegue estar presente simultaneamente na TV, no teatro e no cinema. Tutuca, Ronald Golias, Chico Anysio, Moacyr Franco, Pedro Bismarck, Rogério Cardoso, Carlos Alberto de Nóbrega e Dicró - padrinho do bordão mais famoso de Paulinho Gogó: “Quem não tem dinheiro, conta história” - são nomes importantes na carreira de Manfrini e que fizeram a diferença na forma como ele desenvolve sua linguagem de humor. São ótimos momentos com esse timaço, que estão em sua memória.. "Perguntei ao Golias se era necessário um humorista ter vários personagens? Ele disse que não, que ele mesmo tinha cinco ou seis, mas que o ideal era ter, pelo menos, um tipo verdadeiro, que as pessoas olhem e acreditem que existe. E na cabeça do público, o Paulinho Gogó existe. Elas me param, perguntam dos filhos, da Juju…”, diverte-se.

 

Quem alertou que Manfrini deveria fazer cinema, foi Alexandre Frota, na época, seu colega de “Praça”. “Meu irmão, porque tu não faz um filme?”, conta Manfrini, imitando a voz de Frota. “Que filme?, perguntei. E ele: “Pô! Não é pornô, não! O povo gosta do Gogó, faz um filme dele”. Como um sinal, Maurício começou a sentir com mais frequência a chegada da sétima arte para completar sua vida profissional...De Belo Horizonte à Caxias do Sul, por onde apresentava seu show, ouvia do público: “Quando vai ter um filme do Gogó?”. Foi depois de uma apresentação, que ligou para o roteirista Paulo Cursino.


Descobriu que Cursino era seu fã e já queria levar Gogó para a tela grande há um ano. Desligou o telefone com um pedido para pensar em um roteiro. Pouco tempo depois, foi chamado para uma conversa, dessa vez, com Roberto Santucci, diretor, e André Carreira, produtor e sócio da Camisa Listrada, produtora responsável pelo filme. “Me mostraram um roteiro, gostei. Quiseram mudar o nome da Jupira, mulher do meu personagem. A Nega Juju é Jupira. Daí, me falaram que não era um filme do Gogó. Fiquei meio receoso, porque quem pedia o Gogó no cinema, também queria ver a Juju e, mesmo sem conhecer, eu só pensava em uma atriz possível para esse papel, a Cacau Protásio”, relembra. “Perguntei quem seria minha esposa e eles disseram que a pessoa já estava contratada. Quem era?” A própria, Cacau Protásio. “Ali bateu a nossa energia!” O filme? “Os Farofeiros”, de 2018. A continuação estreia também em março, no dia 07. Além do teatro e do cinema, é possível ver Maurício diariamente na TV. No Multishow, ele está nos humorísticos “Vai Que Cola” (exibido também na TV Globo), “Bar do Gogó” e “O Dono do Lar”. Para 2024, já estão confirmadas temporadas inéditas dos três programas. 


A única certeza que se tem ao estar com Maurício Manfrini em cena é a da boa gargalhada. Aquele momento de deixar os problemas lá fora e se entregar ao humor leve e gostoso, com ou sem cia na plateia.. Afinal, o Gogó está só no palco, mas bem acompanhado de uma boa plateia. E, para isso, conta com vocês!

 

Maurício Manfrini apresenta: “Só e Bem Acompanhado”

Teatro Miguel Falabella - Norte Shopping

Avenida Dom Helder Câmara, 5474 - Cachambi - Rio de Janeiro

De 02 de março à 28 de abril 

Sábados e Domingos, 20h

 

13 de junho de 2025
A Fundação de Arte de Niterói apresentou o projeto Memória Niterói, que tem como objetivo coletar e documentar a memória oral de personalidades e acontecimentos importantes na cultura niteroiense, abrindo caminho para novas gerações. Com direção de Alexandre Porto, o Memória Niterói é uma série leve e divertida, uma contação de histórias. Vamos receber artistas, produtores, gestores, historiadores e jornalistas, seus projetos e parceiros, seus desafios, conquistas e suores. Inspirado no 'Depoimentos para a Posteridade' do Museu da Imagem e do Som, o Memória Niterói quer homenagear niteroienses de nascimento e adoção, que de alguma forma contribuem para a construção do cenário artístico-cultural da Cidade Sorriso. Na primeira edição, ícones como os músicos Chico Batera, Ronaldo Bandolim e Paulinho Guitarra, se juntam à professora e historiadora Ismênia Martins e ao fotógrafo e jornalista Carlos Ruas. Eles contam fatos que viveram ao longo de décadas, consolidando Niterói como um polo de cultura e arte reconhecido nacional e internacionalmente. Fazer e promover arte é sempre um desafio num país com tantas carências socioeconômicas, mas Niterói sempre foi um celeiro e ainda hoje é uma das cidades que mais investe no setor. E isso é um motivo de orgulho. Preservar essa memória é um desafio e um legado que a Prefeitura Municipal e a FAN pretendem deixar para a sociedade. Os personagens Nascido em Madureira, em 1943, Francisco José Tavares de Souza ou Chico Batera é uma lenda da MPB. Baterista, percussionista e compositor, já tocou com alguns dos maiores artistas do mundo, como Sérgio Mendes, Tom Jobim, Hermeto Pascoal, Rosinha de Valença, Jorge Ben, Ella Fitzgerald, Cat Stevens, Frank Sinatra, Joni Mitchell, Elis Regina, Gal Costa, The Doors, Arthur Maia e Djavan. Com uma trajetória invejável e uma carreira internacional, este niteroiense por adoção tem 7 discos gravados, um livro de memórias e ainda muitas histórias para contar. Um dos maiores bandolinistas do Brasil, o petropolitano Ronaldo do Bandolim já tocou com grandes nomes da nossa música nacional, como Marisa Monte, Chico Buarque, Raphael Rabello, Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Jamelão, Ivan Lins, Ney Matogrosso, Cartola e Dino 7 Cordas. Radicado desde muito novo em Niterói, integrou o lendário Época de Ouro, conjunto criado por Jacob do Bandolim, e liderou os grupos Orquídea, Trio Madeira Brasil e Choro na Ribeira. Com o Época de Ouro chegou ao Free Jazz Festival, em 1985, e participando do projeto Brasil Musical, no mesmo ano. Nascido em 1954, o niteroiense Paulo Ricardo Rodrigues Alves, o Paulinho Guitarra, é um guitarrista conhecido pela época que tocou com a banda 'Vitória Régia', conjunto que acompanhava o cantor Tim Maia. Considerado o criador da guitarra funk brasileira, tocou com ainda com Cassiano, Hyldon, Carlos Dafé, Sandra de Sá, Gerson King Combo, Banda Black Rio, Celso Blues Boy, Cazuza e Marina Lima, além de integrar a banda niteroiense Alynaskyna. Lançou 5 álbuns solo, sendo o primeiro gravado em 1991 pelo selo Niterói Discos e os outros três pela "Very Cool Music", selo que ele mesmo criou. Professora Emérita da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde se graduou em História em 1967, a professora Ismênia Martins é doutora pela USP e tem pós-doutorado pela École des Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS), de Paris. Com atuação destacada e reconhecida nacionalmente no meio acadêmico, foi presidente da Fundação de Atividades Culturais de Niterói (FAC), atual FAN, de 1978 a 1980. Em sua gestão criou a Coordenação de Documentação e Pesquisa, atual DDP e comandou a compra do acervo fotográfico de Manoel da Paixão Coutinho da Fonseca, o Fonsequinha. Carioca da Lapa, com infância passada em Portugal, terra de seus pais, Carlos Ruas chegou a Niterói no início dos anos 1950 para exercer o ofício de fotógrafo num estúdio em Santa Rosa. Fotografou a cidade, suas paisagens e personagens, as festas nos clubes e os concursos de miss.
13 de junho de 2025
A Sala Quirino Campofiorito, do Centro Cultural Carlos Magno, recebe seu público para abertura, no sábado, 14 de junho, a partir das 09h, para a abertura da mostra "Boa lembrança...", mostra de Luiz Carlos de Carvalho, que conta com a curadoria de Luiz Sérgio de Oliveira. "Luiz Barba" volta como artista para o centro cultural que dirigiu em duas diferentes temporadas. À maneira do pintor, o gesto, por Luiz Sérgio de Oliveira Quantas vidas cabem em uma vida vivida? Quantas vidas somos capazes de viver? Quantas vezes pode um artista se reinventar, superando cápsulas que imobilizam sua obra e drenam a energia criativa desse artista? Independentemente da pertinência contida nessas indagações, elas logram respostas singulares na obra pictórica e nas reflexões de Luiz Carlos de Carvalho. Isso porque esse artista, nascido em Niterói, se deixa engajar, de modo intenso, com aquilo que seus desejos de pintura apontam, afirmando-se, acima de tudo, como pintor. Em diferentes suportes - tela, papel, corpo, os muros da cidade, com diferentes dispositivos que mediam a relação do pintor com as superfícies nas quais deita sua criatividade (pincéis, bastões, espátulas, réguas...), Luiz Carlos de Carvalho sabe onde sua pintura quer chegar. Articulando rigor e acaso, observação e juízo no fluxo da criação, o pintor pinta, à sua maneira, a geometria, a linha, o gesto, com eles criando um arabesco que assume sua marca, a marca de um pintor irrequieto. As cores que habitam essas pinturas raramente são aquelas que se oferecem íntegras nos tubos. Cores sofisticadas emergem de intrincadas baralhadas. Raramente essas cores rebuscadas são deitadas na superfície, seja ela qual for, obliterando as marcas do pintor. Ao contrário, essas superfícies são atacadas com traços e gestos que ostentam os vestígios do ato de pintar, seja em traços pequenos e curtos, ou em gestos largos e generosos, que reafirmam a singularidade da pintura e da criação. Esses mesmos traços que carreiam, entre contenções e sobriedades cromáticas, certo acento e afinidades com a tradição da geometria, expõem igualmente sua singularidade nas escrituras (muros, paredes, papéis, telas e corpos), antes que sua expansão em gestos largos invista contra a alvura da superfície do papel. Ao adentrarmos por esses emaranhados de linhas, gestos e geometria, é possível encontrar o pintor Luiz Carlos de Carvalho absorto pela tarefa nada simples de trazer para a pintura sua visão de mundo, em uma complexidade que não comporta simplificações. Para enfrentar esses desafios, Luiz Carlos de Carvalho não vacila e simplesmente pinta, com rigor e absoluta dedicação, deixando que a criação flua das pontas de seus dedos em direção à superfície a ser enfrentada e transformada pela pintura, entendida não como um ponto de chegada, mas como uma ponte para o mundo onde a vida é vivida. Sobre o artista: Luiz Carlos de Carvalho (Luiz Barba) nasce em Niterói em 1952. No ano de 1973, inicia seus estudos em Artes Visuais no MAM RJ; de 1978 a 1981, frequenta os cursos da Oficina de Gravura do Museu do Ingá, Niterói. Inicia a sua trajetória artística participando da XII Bienal de São Paulo em São Paulo (1973), Salão de Verão, MAM RJ (1975). Suas principais exposições individuais são: Gravuras e Desenhos, Galeria Funarte Macunaíma, RJ; Céu sobre Terra (pinturas), Museu do Ingá, RJ; Pinturas, Espaço Cultural Conselheiro Paschoal Cittadino RJ; Luiz Le Barba – à Gauche, Museu do Ingá, RJ. Desde então participa de diversas exposições coletivas de gravura no Brasil e exterior. As principais participações em mostras coletivas: 1979, LIS'79 -Lisbon International Exibition of Drawing, Portugal; III Salão Carioca de Arte, Palácio da Cultura, RJ; 1981; 3ª. Mostra de Desenho Brasileiro, PR (Convite especial de participação); 4ª. Mostra Anual de Gravura da Cidade de Curitiba, Curitiba (Indicação e prêmio) PR; 4º. Salão Nacional de Artes Plásticas, FUNARTE, RJ; 1982 ARTEDER'82: Mostra Internacional de Artes Gráficas, Bilbao, Espanha; 1983 Mail Art, Franklin Furnace, New York EUA; 2015 Dix au Cube à Paris, França; Intercâmbio Street Art Belleville / Niterói, Paris, França; 2019 Artistic in Residence Otawara, City Arts and Culture Research Institute, Otawara, Japão; 2020 SHOES BOX, Otawara City Arts and Culture Research Institute, Otawara, Japão; 2021 “Bate-Bola Epi Carnavalesca”, O lugar Arte Contemporânea Fábrica Bhering, RJ; 2022 SHOES BOX, Otawara City Arts and Culture Research Institute, Japão; Imaginário Periférico 20 Anos, Centro Cultural Capiberibe 27, RJ; Por Enquanto: Os Primeiros Quarenta Anos, Galeria de Arte Contemporânea UFF, Niterói R. À maneira do pintor, gesto – 50 Anos de Carreira, Museu do Ingá 2023. Serviço Exposição 'Boa Lembrança' Abertura: Sábado, 14 de junho, das 9h às 14h Visitação: De 14 de junho a 14 de julho de 2025 Horários: Horários: De segunda a sexta, das 10h às 17h; Sábado e domingo, das 09 às 14h; Classificação: Livre Local: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno - Sala Quirino Campofiorito End: Campo de São Bento, entrada pela rua Lopes Trovão