26 de novembro de 2022

“Cores da Paisagem – Nápoles-Rio no olhar de artistas italianos do século XIX”

Tendo como mote o bicentenário de nascimento de D. Teresa Cristina (1822-2022), a exposição “Cores da Paisagem – Nápoles-Rio no olhar de artistas italianos do século XIX”, uma iniciativa do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, abre para visitação no dia 23 de novembro, no Paço Imperial.



A mostra inédita – e sem itinerância prevista – pretende apresentar como Nápoles e Rio de Janeiro se encontraram na história da arte, através do olhar construído, pela criação artística, em torno da paisagem das duas cidades.


A exposição reúne quadros de vários pintores italianos estabelecidos no Brasil no século XIX, entre eles Luigi Stallone, que veio de Nápoles para ser professor de pintura da imperatriz d. Teresa Cristina, além de obras de Edoardo de Martino, também napolitano que, depois de fazer carreira no Rio de Janeiro, se tornou pintor da corte britânica da Rainha Vitória e fez sucesso com suas vistas noturnas, bem como de Nicolau Facchinetti, autor das mais celebradas vistas da Baía de Guanabara (ele teve intensa atuação como professor de pintura, com alunos como Maria Fornero, uma das poucas e destacadas mulheres pintoras do Brasil no século XIX). Os quadros de museus italianos reunidos representam as duas vertentes da pintura de paisagem napolitana e de grande repercussão naquele tempo, incluindo telas de Giacinto Gigante, um dos mestres da Escola de Posillipo, e de Marco de Gregorio, um dos nomes de destaque da Escola de Resina. Os dois grupos de pintores identificados com localidades da região napolitana são conhecidos por renovarem a pintura de paisagem no século XIX, a partir de um olhar que valoriza a experiência sensorial, explorando as variações da luz e das cores ao longo do dia e da noite, conferindo caráter subjetivo ao ambiente.


Essa renovação do olhar sobre a paisagem é contemporânea da invenção da fotografia. Assim, a exposição propõe ainda o diálogo entre a criação fotográfica de Camilo Vedani, o fotógrafo paisagista italiano que se estabeleceu no Rio de Janeiro, em 1859, e as imagens de Giorgio Sommer, que na mesma época se tornou o fotógrafo mais conhecido de Nápoles.


“A exposição traz um número significativo de pinturas e fotografias italianas nunca antes apresentadas entre nós, estabelecendo um diálogo entre a pintura de paisagem no Brasil do século XIX com a criação artística italiana da região siciliana de Nápoles da mesma época. Esse diálogo é sempre mencionado pela crítica de arte, mas poucas vezes aprofundado por falta de acesso às imagens artísticas. Por outro lado, a exposição destaca a importância do casamento de D. Pedro II com D. Teresa Cristina para a história da arte no Brasil”, afirma o curador, Paulo Knauss. 


Para a diretora do Instituto Italiano de Cultura, Livia Raponi, idealizadora do projeto e responsável pela concepção geral junto com Knauss, “a importância e o caráter inovador desta exposição residem não só no dado puramente artístico, na excelência das obras pictóricas, mas também na riqueza dos temas e linguagens abarcados, apresentando uma trama densa de relações culturais e antropológicas entre Nápoles e Rio, entre a Itália e o Brasil, que passa pela música, parte instigante do percurso expositivo, a arqueologia e a fotografia”.   


“Cores da Paisagem” é organizada em quatro módulos que exploram as cores da representação do dia e da noite, da terra e do mar, passando pelos matizes do preto e branco da fotografia, apresentando um conjunto com cerca de 50 pinturas italianas e brasileiras, datadas de 1844 a 1899, além de fotografias daquela época. Os quadros vêm dos acervos da Certosa e Museo di San Martino e do Museo di Capodimonte, ambos em Nápoles, Casa da Marquesa de Santos e Museu Antonio Parreiras (FUNARJ), Museu de Arte do Rio/MAR, Museu da República/Ibram, Museu Nacional de Belas Artes/Ibram, Casa Geyer/Museu Imperial/Ibram, Museu da Vida/Fiocruz, Museu Naval e Fundação Biblioteca Nacional. As fotografias pertencem à Coleção Speranza, acervo particular italiano, e à Coleção Gilberto Ferrez do Instituto Moreira Salles.


A exposição é uma realização do Instituto Italiano de Cultura com o Paço Imperial/IPHAN e conta com o apoio do Consulado Geral da Itália no Rio de Janeiro e da Generali. Sob a curadoria de Paulo Knauss e com curadoria adjunta para arte italiana de Fernanda Capobianco, a produção é de Artepadilla. 

 

“Cores da Paisagem – Nápoles-Rio no olhar de artistas italianos do século XIX”
Curadoria de Paulo Knauss, com curadoria adjunta de Fernanda Capobianco
Visitação: de 23 de novembro de 2022 a 12 de fevereiro de 2023
Entrada gratuita
Local: Paço Imperial
Endereço: Praça Quinze de Novembro, Centro – RJ
Funcionamento: de terça a domingo e feriados, das 12h às 18h

 



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29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff