4 de outubro de 2024

Caixa Cultural Rio de Janeiro apresenta o espetáculo “Língua”, que une artistas surdos e ouvintes

A proposta, pioneira e inclusiva, é levar ao palco uma história bilíngue e bicultural para refletir exatamente sobre os impasses da comunicação.


A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta o espetáculo teatral “Língua”, que leva à cena uma trama criada em português e em Libras para refletir sobre os impasses de comunicação universais. Com direção de Vinicius Arneiro e interlocução de Catherine Moreira, a peça nasce do projeto pioneiro de unir artistas surdos e ouvintes em uma história bilíngue e bicultural. As apresentações serão nos dias 03 a 06 de outubro, no Teatro Nelson Rodrigues, de quinta-feira a sábado, às 19h, e no domingo às 18h.



Em “Língua”, o desejo de dizer alguma coisa e a impossibilidade de ser compreendido, não importa em que idioma, são as questões centrais da história. A trama se passa durante uma comemoração de aniversário e envolve as relações familiares e de amizade de um taxista surdo.



Vinicius explica que, apesar da presença de um ator surdo, a peça não foca na surdez, mas sim na complexidade das relações humanas. “A gente tem o desejo de trazer mais surdos para o teatro. Nós, ouvintes, nos habituamos a fazer sessões com traduções em Libras, mas sabemos que essas apresentações acabam esvaziadas de um público surdo porque não são peças pensadas para eles. Claro que são iniciativas



importantes, mas estamos em busca de uma maior integração. Em ‘Língua’, fizemos uma criação artística efetivamente pensando nos dois idiomas”, completa.



A trama se desenrola quando uma mãe prepara a festa de aniversário para seu filho surdo que cresceu rodeado de pessoas ouvintes. O encontro, que reúne um pequeno grupo de amigos do rapaz, revela não só afetos, mas também dilemas e a diferença cultural entre eles. Como lidar com a distância entre aquilo que se sente e a tentativa de dizê-lo?



O projeto visa integrar surdos e ouvintes no teatro, diferenciando-se das tradicionais interpretações de Libras. Com Lorraine Mayer como intérprete de Libras durante todo o processo de ensaios, foi possível a comunicação eficiente com o ator Ricardo Boaretto, que vive o protagonista surdo. A criação incluiu a perspectiva surda de forma autêntica, desafiando estereótipos e buscando maior inclusão nas artes.



Serviço:


[TEATRO] Espetáculo “Língua”"



Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro Nelson Rodrigues: Av. República do Paraguai, 230, Centro



Data: de 03 a 06 de outubro (de quinta-feira a domingo)



Horário: quinta-feira a sábado, às 19h, e domingo às 18h



Duração: 70 minutos



Ingressos: R$ 40 (inteira plateia) | R$20 (inteira balcão) | R$ 20 (meia plateia) | R$ 10 (meia balcão) disponível no link Link e na bilheteria do teatro.





12 de novembro de 2025
Suzy Brasil e seu criador Marcelo Souza estão de volta com um novo espetáculo, trazendo alguns personagens inéditos e outros já conhecidos do público tanto no humorístico LOL – Se rir já era, da Amazon Prime, no qual Suzy foi vice-campeã da terceira temporada do programa em 2023, como também da internet. “Uma Noite Horripilante” estreia no Teatro Claro Mais RJ, em Copacabana, no dia 20 de novembro, quinta-feira, às 20h. O projeto é novo, mas a parceria não. Diogo Camargos, Claudio Tizo e Jonatan Fonseca, seus parceiros desde Bye Bye Bangu (2021), pelo qual ganhou o Prêmio PRIO do Humor 2023 de melhor performance no Rio de Janeiro, e no seu show atual Made in Brasil que roda o País desde o ano passado com casas lotadas, estão juntos nesta nova empreitada. Com uma narrativa dinâmica e rápidas trocas de roupa, o público se surpreende e se diverte com Suzy Brasil, a criação mais famosa de Marcelo Souza, que nesta montagem interpreta seis personagens para contar a história de Branca de neve (só para adultos) e a sua saga para conseguir um beijo de um hétero verdadeiro. O espetáculo começa com a velha contadora de histórias, que após contar suas histórias macabras, resolve aplacar os ânimos da plateia contando a história de uma linda princesa. Personagem já conhecido do público, a Branca de Neve alcoolizada de Marcelo Souza agora ganha novos contornos nesta peça, ao entrar num mundo encantado cuja guardiã é a grande Naja QUE PICA, personagem também já conhecida do público através do humorístico LOL da Amazon Prime. Outros personagens que compões a peça é a pastora Gimilde, um disfarce da maléfica madrasta e Ivo Ativo, o príncipe encantado que se recusa a dar um beijo em Branca para despertá-la, além da própria Branca de Neve zumbi que, mesmo sem o beijo, desperta trezentos anos depois, uma mistura de princesa e garota do exorcista, outro personagem de Suzy no LOL. Este é um espetáculo para todos os tipos de público — especialmente para quem aprecia humor, sátiras e contos de fadas. A nova produção apresenta uma proposta totalmente diferente de tudo o que os fãs de Suzy Brasil e Marcelo Souza já viram até hoje. SERVIÇO: Local: Teatro Claro Mais RJ - Rua Siqueira Campos, 143 – Loja 58 – Copacabana Dia e horário: dia 20 de novembro, quinta-feira, às 20h Ingressos: Plateia e Frisa – R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia) Balcão 1 – R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia) Balcão 2 – R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia) Link de vendas: https://uhuu.com/evento/rj/rio-de-janeiro/suzy-brasil-em-uma-noite-horripilante-15127
12 de novembro de 2025
O Museu Histórico Nacional, em reforma desde dezembro do ano passado, reabre em parte na próxima quinta-feira (13) com a exposição Para além da escravidão: construindo a liberdade negra no mundo. A curadoria é compartilhada com museus dos Estados Unidos, África do Sul, Senegal, Inglaterra e Bélgica. “Todo mundo participou da concepção e da circulação dos objetos que estarão expostos”, explicou à Agência Brasil a historiadora e curadora brasileira da exposição, professora Keila Grinberg.“É uma exposição sobre escravidão atlântica, global. Ela mostra primeiro como a escravidão é um fenômeno global e como ela envolveu todos os países do mundo Atlântico nos séculos 15 a 19, mas também mostra que a escravidão está muito ligada no momento presente. Daí o nome Para além da escravidão, pensando as conexões com o presente”, destacou Keila. Como a mostra não se prende só ao passado, mas repercute também no presente, uma das coisas que o público vai aprender é que as consequências da escravidão existem em vários lugares ao mesmo tempo, segundo a curadora. Keila ressalta que houve resistência à escravidão e ao colonialismo em vários países. “E essas formas de resistência têm conexão umas com as outras”. De acordo com a curadora, o subtítulo “construindo a liberdade negra no mundo” deixa isso bem claro ao reunir peças religiosas, peças de música, como um atabaque do Haiti, por exemplo. A exposição destaca também as questões contemporâneas. “Por exemplo, tem uma parte, no final, que tem discussão sobre reparação, sobre justiça ambiental e efeitos raciais. Tem uma parte que fala de violência policial, e por aí vai”. A conclusão, analisou a historiadora, é que a escravidão, como existiu no passado, não existe mais. Mas as consequências, na forma do racismo, principalmente, continuam existindo. “Eu acho que o grande lance é perceber as estruturas e, também, a luta contra elas. A ideia da exposição, apesar dela ser dura, é que a pessoa sai de lá empoderada com as possibilidades que as várias formas das experiências humanas contra o racismo trazem, embora não se possa falar de esperança no Rio de Janeiro, hoje em dia”. A ideia, de acordo com a curadora, é mostrar o alcance dos problemas e a possibilidade de mudanças. A estreia global da mostra ocorreu em dezembro de 2024, no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, em Washington, nos Estados Unidos.  A mostra reúne cerca de 100 objetos, 250 imagens e dez filmes, divididos em seis seções. Do Museu Histórico Nacional, a mostra seguirá para a Cidade do Cabo, na África do Sul; Dakar, no Senegal; e para Liverpool, na Inglaterra.