Bisa Bia, Bisa Bel em Niterói
Também nos dias 23 e 24, às 16h, o sucesso de público e crítica Bisa Bia, Bisa Bel comemora no Teatro da UFF o décimo ano de carreira, desde a sua estreia em 2014, e os sete prêmios recebidos, incluindo o de “melhor espetáculo do ano”, nas duas principais premiações da cidade em sua temporada inicial. A curta temporada faz parte do lançamento do projeto “Circulação Estadual - NOSSA VOZ!” que levará a várias cidades do estado do Rio espetáculos que abordam como temas como questões de gênero, homofobia, racismo; envolvendo os Direitos Humanos, e visando reforçar a necessidade de darmos voz a grupos que são discriminados historicamente, projeto idealizado pelo produtor e ator Alexandre Mofati. O espetáculo se apresenta pela primeira vez na cidade de Niterói, cidade natal da diretora e adaptadora da montagem, Joana Lebreiro, vencedora de Melhor texto adaptado pelas premiações CBTIJ e Zilka Sallaberry, além de Melhor direção pelo CBTIJ.
O espetáculo tem como ponto de partida um grupo de cinco crianças, que juntas, leem o clássico de Ana Maria Machado. A partir daí, o livro ganha vida no palco através de canções e jogos, onde os amigos brincam e interpretam os personagens. Em Bisa Bia, Bisa Bel, a autora nos conduz pela história da menina Isabel que, no convívio imaginário com sua bisavó e sua bisneta, vai aprendendo a conviver consigo mesma, em sua travessia para a puberdade. Ela encontra o retrato de sua bisavó, Beatriz, e começa a ouvir a voz de Bisa Bia que a acompanha sempre dando conselhos, com suas opiniões sobre as atitudes de uma mocinha bonita e “bem-comportada”, além de aguçar sua curiosidade pelas coisas de antigamente.
Em contraponto, surge a voz de sua futura bisneta Beta, ainda não nascida, com a visão de uma mulher do futuro e independente. Na fantasia de Isabel, essas vozes se confrontam e a menina mergulha na memória de sua família, buscando sua identidade, e acaba descobrindo por si mesma que as três – Isabel, Bisa Bia e Neta Beta – juntas são invencíveis. Com uma mistura do real com o imaginário, a narrativa aborda questões como memória e identidade, revelando diferentes concepções sobre o papel da mulher ao longo da História.
“Esse livro marcou a minha infância. Ele conta uma história emocionante com humor, poesia e lirismo. Quando pensei em adaptá-lo para o teatro, não queria que a montagem fosse uma tradução literal do livro, mas uma verdadeira brincadeira em cima do palco. Meu objetivo é despertar nas crianças e nos pais o desejo de ler o livro depois de sair do teatro”, explica a diretora e adaptadora Joana Lebreiro.
"Quando escrevi Bisa Bia, Bisa Bel estava com muita saudade das minhas avós. Vontade de falar sobre elas com meus dois filhos. Não imaginava que pouco depois ia ter uma filha e essa linhagem feminina ainda ia ficar mais significativa para mim e que este livro fosse ganhar tantos prêmios e tocar tanto os leitores", conclui a autora Ana Maria Machado.
Ingressos disponíveis para venda no Guichê Web: www.guicheweb.com.br/pesquisa/centrodeartesuff ou na Bilheteria no Teatro da UFF – todos os dias, de 14 às 21h.

