8 de março de 2025

Artista russa Katerina Kovalena abre individual no dia 13 de março no Parque Glória Maria

Parte do projeto “Waiting Zone.Limbo” - que começou a ser desenvolvido em 2022 e passou por museus e galerias de Moscou, integrou a 60ª Bienal de Veneza e foi exibido na África (Senegal) -, a exposição da artista russa Katerina Kovalena, “in Limbo”, ocupará o Parque Glória Maria (antigo Parque das Ruínas), a partir do dia 13 de março. Katerina idealizou instalações de grandes proporções dedicadas ao tema “espera”, com novos significados adaptados à antiga mansão da mecenas da Belle Époque carioca Laurinda Santos Lobo, que costumava reunir intelectuais e artistas. Katerina dedicou alguns trabalhos recentes à individual: uma instalação confeccionada com tecido de paraquedas se inspirou na tradicional vestimenta das baianas, bem como a pintura em homenagem ao padroeiro da cidade, São Sebastião. Outras obras estabelecem a conexão entre a Europa e o Brasil, dialogando com a história do próprio casarão de Laurinda, que tanto contribuiu para estabelecer esses vínculos.

Também foram trazidos para a mostra trabalhos já apresentados no exterior, como outra obra feita com tecido de paraquedas medindo nove metros, inspirada no afresco de Giovanni Battista Tiepolo (onde os quatro continentes se unem), bem como parte da instalação “The Abduction of Europe”, um vestido de noiva com seis metros de comprimento.

“A história desta casa é como uma parábola: do esplendor e luxo, passando pelo declínio, pilhagem e desolação, até uma nova vida de um espaço cultural pós-civilização que continua a atrair pessoas. Apenas as paredes da casa de Laurinda, a "princesa dos mil vestidos", permanceram, mas guardam a memória dos eventos que aconteceram aqui. Essas testemunhas silenciosas dão a oportunidade de tocar o tempo e o espaço, com a energia especial do lugar”, afirma Katerina Kovalena.

“Vivemos um momento em que muitas pessoas são forçadas a deixar suas casas, lugares nativos, pisando no desconhecido; a imagem de uma construção em ruínas aguardando seu destino parece especialmente relevante para mim. O Limbo, o primeiro círculo do Inferno de Dante, não é um lugar de felicidade eterna, mas também não é um lugar de tormento eterno. O paraquedas neste projeto simboliza a imagem da esperança, a imagem de um céu ‘portátil’ que balança ao sabor do vento”, conclui.


Saiba mais sobre a artista

Nascida em Moscou, Katerina Kovaleva é uma reconhecida artista multidisciplinar russa. Graduada na Moscow Printing Academy em 1989, já participou de mais de 80 exposições coletivas e individuais desde 1986.   Trabalhou na área de design gráfico e de interiores, tendo concluído uma série de trabalhos em mosaico em Moscou, Nova York e Groningen, tendo criado um grande número de objetos escultóricos.

Em 2017, fez parte do “Antarctic Biennale Project”; seus trabalhos gráficos “The Antarctic Diary” foram exibidos na 57ª Bienal de Veneza. In 2018, uma grande retrospectiva chamada "Routes of Memory"foi realizada no “Moscow Museum of Modern Art”.

Ela é autora de projetos de arte e pesquisa dedicados especificamente à conexão entre história e personalidade, que foram exibidos com sucesso em museus de São Petersburgo e Moscou entre 2021 e 2023. Também participou na 60ª Bienal de Veneza em um programa paralelo, Personal structures by EEC in Palazzo Bembo.

Katerina Kovaleva participa regularmente de feiras de arte e suas obras integram coleções públicas e privadas na Rússia e no exterior.


Serviço

“in Limbo” - individual da artista russa Katerina Kovalena

Abertura: dia 13 de março, às 16h

Visitação: até 31 de maio de 2025

Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h

Local: Parque Glória Maria

Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa

Classificação livre

Entrada franca

29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff