20 de abril de 2025

A Pequena Companhia de Teatro, do Maranhão, vai ocupar o CCBB RJ

Uma das maiores referências do teatro maranhense, a Pequena Companhia de Teatro chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro com uma série de atividades que documentam duas décadas de trajetória, marcada por uma obra reflexiva e comprometida com a democratização da cultura e o cuidado com o meio-ambiente. Fundado em 2005, o premiado grupo, composto pelos atores Cláudio Marconcine e Jorge Choairy, pelo encenador Marcelo Flecha e pela produtora Katia Lopes, vai ocupar o Teatro 3 do CCBB RJ, de 24 e abril a 9 de junho de 2025, com quatro espetáculos, uma mostra artística, debates e uma oficina. Todas as atrações são gratuitas. A temporada conta com patrocínio do Banco do Brasil.


A Ocupação da Pequena Companhia de Teatro vai reunir os espetáculos “Velhos caem do céu como canivetes”, a partir da obra de Gabriel García Márquez (de 24 de abril a 5 de maio); “Pai & Filho”, a partir da obra de Franz Kafka (de 8 a 19 de maio); “Ensaio sobre a memória”, a partir da obra de Jorge Luís Borges (de 22 de maio a 2 de junho); e “Desassossego”, a partir da obra de Fernando Pessoa (de 5 a 9 de junho). Haverá debates nos dias 03, 17 e 31/05 e 07/06, após as apresentações, e sessões Inclusivas (com intérprete de libras) nos dias 27/04, 11 e 25/05 e 8/06, aos domingos, às 18h.


 “É uma alegria poder trazer ao CCBB Rio uma companhia com a qualidade e representatividade da Pequena Companhia de Teatro. No ano em que o Rio recebe o título de Capital Mundial do Livro, temos buscado incluir na nossa programação projetos que se relacionem de alguma forma com a literatura. Os espetáculos selecionados para essa Ocupação, adaptados ou inspirados em grandes textos da literatura mundial, vêm se juntar à nossa contribuição para incentivar a leitura e conectar ainda mais os brasileiros com a arte literária”, comenta Caroena Neves, Gerente de Conteúdo do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro.


“Estamos com uma grande expectativa porque é a primeira vez em que temos a oportunidade de apresentar, no Rio de Janeiro, o trabalho do grupo de forma tão abrangente”, comemora Marcelo Flecha. “O nosso processo de criação sempre começa com um debate sobre o tema que a gente quer levar à cena. A partir daí, iniciamos uma pesquisa em textos dramatúrgicos e literários. Esses quatro espetáculos têm dramaturgias minhas que partem de outros textos e gêneros literários. Elas nascem de um método que chamamos de transposição de gênero, que inclusive é tema de oficinas que ministramos em várias cidades brasileiras. Entre os temas tratados nessas obras, estão as relações de poder a partir do núcleo familiar, o apagamento da memória, a fé, e o exílio”, detalha o diretor.


Além dos espetáculos, o CCBB RJ apresentará a Pequena Mostra de Teatro, uma exposição que vai retratar a trajetória, pesquisa e desenvolvimento do grupo teatral maranhense, em cartaz de 01 de maio a 9 de junho, de quarta a segunda, das 9h às 20h. A mostra vai reunir imagens, diários, iluminações, ilustrações e catálogos, que destacam o conceito de artesania e o compromisso com o teatro de grupo; as tecnologias desenvolvidas para reduzir os impactos ambientais; a construção de uma pesquisa de linguagem focada na dramaturgia do ator; e a visão do teatro como um potente instrumento de reflexão para além do entretenimento.


Os espetáculos da Pequena Companhia de Teatro são desenvolvidos para dispensar qualquer recurso técnico oferecido pelos espaços onde se apresentem: cenários, iluminação artesanal e sonoplastia estão inseridas nas encenações e são adaptáveis a qualquer tipo de espaço seja ele alternativo ou palco italiano. Esse processo será abordado na oficina “Artesanias iluminocenográficas: desenvolvendo tecnologia a partir da obsolescência”, que será ministrada nos dias 30/04, 14 e 28/05. “É a nossa maneira de, no campo estético, fazer uma crítica à obsolescência programada”, completa Marcelo Flecha.


 Serviço:



Gênero: Drama

Datas: 24, 25, 26, 27 e 28/04 e 1, 2, 3, 4 e 5/05

Dias: De quinta a segunda

Horário: quinta, sexta, sábado e segunda, às 19h, domingo, às 18h

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: 12 anos 


29 de maio de 2025
Com inscrições abertas até segunda-feira (02/06), o edital Prêmios Cultura Viva é uma oportunidade para fazedores de cultura impulsionarem seus projetos. Oferecida pela Prefeitura de Niterói, a iniciativa vai fomentar Pontos e Pontões de Cultura com R$ 760 mil. Ao todo, serão selecionados 40 projetos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela plataforma do Colab. O edital integra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB/MinC) e é conduzido pela Secretaria Municipal das Culturas (SMC). “Os Pontos e Pontões são uma parte essencial da nossa rede de cultura em Niterói. Através dos recursos da Lei Aldir Blanc, lançamos dois editais que somam mais de R$ 3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da produção cultural na cidade. Para a Prefeitura de Niterói, investir nesses espaços é um passo importante para impulsionar quem luta pela cultura na ponta, junto da população”, reforçou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O Edital Prêmios Cultura Viva vai reconhecer e premiar 40 iniciativas culturais de base comunitária desenvolvidas por pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou por coletivos culturais informais representados por pessoas físicas. Cada uma das 40 selecionadas receberá R$ 19 mil. O edital também estabelece cotas para garantir a diversidade entre os premiados, com vagas reservadas para pessoas negras, indígenas, com deficiência, mulheres e trans. Também parte das ações integradas à PNAB, a Prefeitura lança o Edital Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Serão destinados R$ 2.250.000,00 para apoiar 45 projetos culturais apresentados exclusivamente por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que estejam estabelecidas em Niterói e tenham finalidade artística e cultural. Ao todo, os dois editais somam R$ 3 milhões de investimento. “Os Pontos e Pontões de cultura da cidade são verdadeiros guardiões das culturas tradicionais e de base comunitária. Preservam a memória, a história e o fazer artístico de Niterói. Este edital dedicado a esses mestres e mestras é uma forma de garantir o direito à cultura àqueles que se dedicam em manter viva nossa herança cultural”, afirmou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano. As inscrições são realizadas por meio da plataforma Colab, ferramenta digital que conecta cidadãos e governos com foco em cidadania digital e governança colaborativa. O edital também será disponibilizado em Libras, garantindo acessibilidade nas informações. Para apoiar os proponentes no processo de inscrição, a Secretaria das Culturas promoverá atendimentos presenciais na quinta-feira (29), às 17h, no Espaço EcoCultural, na Região Oceânica, e no sábado (31), das 10h às 14h, na Casa Cultura é um Direito, no Ingá.
27 de maio de 2025
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de “Por que não nós?”. A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado.  “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo. A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia. Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis. O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo. SERVIÇO: “Por que não nós? Com Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo Dias 07 e 08 de junho, sábado e domingo, às 19h Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói - RJ Classificação Indicativa: 10 anos Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia) Vendas: http://www.guicheweb.com.br/centrodeartesuff